domingo, 26 de janeiro de 2020

O Aperto de Mão a um Doente com SIDA

Princesa Diana com o doente com HIV que aceitou recebê-la
Fonte: Insider
Na década de 80, o medo à volta do HIV - SIDA estava no auge. A chamada "epidemia gay" por grande parte da imprensa, pouco se sabia sobre a sua forma de transmissão ou como a prevenir, e a expectativa de vida de pacientes seropositivos era de poucos meses.

Muitos acreditavam que a doença podia ser transmitida por qualquer tipo de contacto físico, atitude que condenava os portadores da doença ao isolamento.

Em abril de 1987, a então princesa de Gales, a Princesa Diana, inaugurou a primeira clínica do Reino Unido dedicada exclusivamente ao tratamento do HIV - SIDA.

Durante os dias seguintes a imprensa questionava-se: "Será que Diana usaria luvas para se proteger dos pacientes?"

A questão foi logo respondida, quando Diana chegou sem luvas. Mas quando lá chegou os doentes tinham-se escondido todos, pois não gostavam da maneira como a imprensa tratavam a doença e queriam manter-se anónimos, até que um deles concordou encontrar-se com a princesa Diana.

O enfermeiro John O'Reilly, que trabalhava na clínica disse em depoimento ao canal britânico BBC: "Acho que nem foi tão difícil convencê-lo, porque ele já estava muito próximo da morte".

As câmaras capturaram o encontro entre a princesa e o paciente, que só permitiu ser fotografado de costas.

A princesa declarou: "O HIV não faz com que seja um risco encontrar pessoas. Pode-se apertar as suas mãos e abraçá-las, e eles precisam muito de um abraço".

Nos anos seguintes, Diana marcou presença em eventos ligados a esta causa. Ian Green, CEO da fundação Terence Higgins, dedicada à luta contra o HIV, lembra-se: "Ela (Diana) foi a primeira pessoa importante que estava disposta a apertar as mãos e tocar em pessoas com HIV, algo que era considerado arriscado na época. Esse gesto público desafiou a noção de que o HIV era transmitido pelo toque. A princesa Diana utilizou o seu estatuto para ajudar o máximo as pessoas que viviam com HIV e a nossa instituição. Às vezes ela aparecia nas nossas clínicas sem o acompanhamento da imprensa, apenas para passar algum tempo com as pessoas que estavam doentes."


Fonte: Razões para acreditar

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

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