quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Relíquias de Galileo Galilei

Partes do corpo de Galileo Galilei expostas no Museu Galilei, em Florença
Fonte: Aventuras na História
Galileo Galilei nasceu em Pisa na Itália, a 15 de fevereiro de 1564.

Foi um físico, matemático, astrónomo e fílosofo.

Foi uma personalidade fundamental na revolução científica. Desenvolveu os primeiros estudos sistemáticos do movimento uniformemente acelerado e do movimento do pêndulo. Descobriu a lei dos corpos e enunciou o princípio da inércia e o conceito de referencial inercial, ideias precursosas da mecânica newtoniana.

Melhorou significativamente o telescópio refratoe e com ele descobriu as manchas solares, as montanhas da Lua, as fases de Vénus, quatro satélites de Júpiter, os anéis de Saturno, as estrelas da Via Láctea. Estas descobertas contribuíram decisivamente na defesa do heliocentrismo.

Galileo desenvolveu ainda vários instrumentos como a balança hidrostática, um tipo de compasso geométrico que permitia medir ângulos e áreas, o termómetro de Galileo e o precursor do relógio de pêndulo.

Pelas suas descobertas científicas, tornou-se um inimigo da Igreja, principalmente após divulgar a sua teoria de que a Terra girava em torno do Sol e não o inverso, contrariando os ensinamentos cristãos.

A Igreja forçou-o a renunciar o que tinha descoberto. Galileo foi obrigado a cumprir prisão domiciliar até ao dia da sua morte. A sua obra foi colocada no Índex de Livros Proibidos, uma lista feita pela Igreja Católica que revelava as obras que seriam proibidas.

Faleceu em Florença a 8 de janeiro de 1642. 

Foi julgado como herege durante o período da Inquisição e por isso não teve um funeral digno. Como consequência, partes do seu corpo foram expostas num museu com o seu nome, na cidade de Florença.

Cerca de 50 anos depois, com as comprovações de Isaac Newton através da Lei Universal da Gravidade e das Leis do Movimento, de que a teoria de Galileo estaria realmente certa, a Igreja reconheceu o erro e retirou a obra de Galileo do Index em 1718.

Foi só em 1737 que a Igreja Católica permitiu que o corpo de Galileo fosse exumado do pequeno túmulo sem identificação no qual estava, para ser enterrado apropriadamente na Basílica de Santa Croce.

Entretanto, durante o seu enterro, alguns dos seus admiradores decidiram manter algumas partes do seu corpo como relíquias.

Foram retirados três dedos, um dente e uma vértebra.

Os admiradores também gostavam de ter retirado o seu crânio por considerarem o osso protetor de um cérebro brilhante, mas acabaram por não o fazer. 

Essas partes acabaram por ser reverenciadas como se fossem os restos mortais de um santo.

A sua vértebra foi parar na Universidade de Pádua, onde esteve vários anos. Já as outras partes acabaram por ser guardadas por colecionadores até que se lhes perdeu o rasto em 1905.

Em 2009, mais de um século depois, as partes do corpo de Galileo perdidas surgiram curiosamente durante um leilão, armazenados num vaso de vidro do séc. XVIII, que estavam dentro de uma caixa de madeira com o rosto do cientista.

Os itens foram comprados por um colecionador de arte de Florença, de nome Alberto Bruschi, junto com a sua filha.

Depois de saberem das circunstâncias do enterro do Galileo, de identificarem o seu rosto na caixa, decidiram levar os itens às autoridades.

Foram feitas pesquisas mais detalhadas e comprovaram a autenticidade dos itens, que foram então levados para o Museu Galilei, em Florença, e foram expostas aos visitantes.


Fonte: Aventuras na História

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

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