Vera Salvequart |
Nasceu a 26 de setembro de 1919, na Checoslováquia, mas mudou-se ainda nova para a Alemanha.
Foi presa em 1941 por ter um relacionamento com um judeu e se recusar a divulgar o seu paradeiro para a Gestapo.
Depois trabalhou 10 meses no campo de concentração de Flossenbürg e, em 1942 foi novamente presa por ter outro relacionamento com um homem judeu e esteve presa durante dois anos.
A 6 de dezembro de 1944, foi presa, acusada de ajudar cinco oficiais detidos a escapar e foi enviada para Ravensbrück, que se tinha tornado num campo de extermínio para as mulheres prisioneiras naquele momento da guerra.
Devido à escassez de pessoal a SS frequentemente usava prisioneiros alemães para supervisionar outros presos, e Vera estava entre os escolhidos para servir, provavelmente devido ao treinamento de pré-guerra como enfermeira.
Vera serviu na ala médica do campo como enfermeira durante a sua estadia e supervisionou o gaseamento de milhares de mulheres.
O trabalho de Vera era preencher certificados de morte dos prisioneiros e inspecionar os seus cadáveres para retirar os dentes de ouro, que eram retirados para financiar os gastos da guerra.
Em fevereiro de 1945, Vera passou a ter um papel mais ativo nos assassinatos, passou a envenenar os doentes na ala médica para evitar o esforço de transportá-los para as câmaras de gás.
Quando Ravensbrück foi libertado pela União Soviética em abril de 1945, Vera foi capturada, bem como os outros que tinham lá trabalhado, e presos para serem julgados.
No julgamento, Vera informou:
"Lembro-me de que os doentes não tinham confiança no começo porque achavam que eu tinha participado nos assassinatos em massa. Devo dizer que no seu lugar eu teria tido a mesma impressão."
Julgamento de Vera Salvequart |
Em sua própria defesa, Vera afirmou que agiu de forma benevolente em relação aos prisioneiros e descreveu como salvou algumas mulheres e filhos da morte, substituindo o seu número de identificação. Afirmou ter mantido um bebé escondido e ter trazido comida e leite. Por suspeita de insubordinação, afirmou, que a SS a ameaçou que a enviariam-na para as câmaras de gás.
Vera afirmou que tinha tido um amante que era um espião britânico. Apelou por clemência, no entanto a clemência foi negada e, a 26 de junho de 1947, foi enforcada por Albert Pierrepoint na forca na prisão de Hamelin, na Alemanha, tinha 27 anos de idade.
Pouco depois, o seu corpo foi enterrado com os de outros criminosos de guerra executados no cemitério de Wehl, em Hameln.
MZ
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