domingo, 18 de setembro de 2022

Caso da Família Martínez

Família Martínez enquanto ficaram no hospital
Fonte: Aventuras na História

O casal, Andrés Martínez del Águila e Antonia Pérez, vivia em Murcia, Espanha, com os seus dez filhos pequenos, em meados dos anos 1960.

Grávida de mais uma criança, Antonia sentia-se grata pela família que construiu, mas dedicava pouco tempo aos seus filhos, assim como ao marido, já que ambos tinham de trabalhar  para alimentar e sustentar tantos filhos.

Em dezembro de 1965, uma série de mortes fez com que a família aparecesse em diversos jornais da região. De repente, o casal começou a perder os seus filhos mais novos, um de cada vez.

Tudo começou a 4 de dezembro, quando María del Carmen, de 11 meses, parou de respirar. Como a bebé não tinha demonstrado qualquer sinal de uma doença preexistente, o médico declarou-a vítima de meningite.

A família ficou abalada. Antónia imaginava que aquela seria a maior dor que sentiria em toda a sua vida.

Cinco dias depois da morte de María, outro filho do casal teve que ser levado para o hospital. Da mesma forma que a irmã, Mariano, que tinha só dois anos, também faleceu em circunstâncias misteriosas para os médicos.

No dia 14 de dezembro, cinco dias depois da Morte de Mariano, a Fuensanta, de 4 anos também morre. Devastados e cada vez mais preocupados, Antonia e Andrés vão até ao hospital mais próximo e explicam a bizarra situação.

Os primeiros três filhos da família Martínez a morrerem
Fonte: Mega Curioso

O casal juntamente com os sete filhos sobreviventes ficam internados na instituição. A ideia era observar se mais alguém da família demonstrava sinais de alguma infeção, ou de alguma doença fatal, que estaria a matar as crianças da família.

Para os especialistas, aquele era um dos casos mais assustadores e misteriosos que a cidade já viu. Três crianças da mesma família morreram de causas desconhecidas num período de dez dias.

Com a família numa espécie de quarentena, especulou-se que as crianças mortas fossem alérgicas a um mesmo componente, ou que todas tivessem sofrido alguma intoxicação. Ainda assim, os médicos foram até ao bairro onde a família morava.

Supondo que as crianças tenham sido infetadas por algum vírus, era necessário avaliar a possibilidade de que outras pessoas estivessem doentes também. Felizmente, nenhum indício de qualquer doença foi encontrado nos vizinhos.

Aos sete meses de gravidez, Antonia e a sua família voltam para casa, já que o tempo no hospital foi inconclusivo. A família queria passar o natal com tranquilidade e esperavam que o luto passasse.

No dia 4 de janeiro de 1966, as perdas voltaram. Andrés, de cinco anos, morre. E a família volta ao hospital.

Na instituição, passaram a viver num quarto separados de outros doentes, com apenas cinco camas. Neste momento, Antonia, Andrés e os seus seis filhos vivos torciam para que a família não tivesse que passar por mais perdas.

Depois da morte da quarta criança, os médicos decidiram reunir amostras de todas as vítimas para comparar a causa das suas mortes. Foi então que a maior das surpresas atingiu a vida da família e gerou uma comoção nacional.

Segundo os exames toxicológicos, os quatro filhos do casal morreram de envenenamento. As crianças teriam consumido uma grande quantidade de inseticida e pílulas para polir metais, num ato claramente criminoso.

Após severas investigações e a prisão preventiva dos pais, descobriu-se que, na verdade, a autora por trás de todas aquelas mortes era Piedad, uma das filhas do casal de 12 anos.

Piedad Martínez durante o internamento no hospital, aos 12 anos
Fonte: Aventuras na História

De acordo com um dos investigadores, foi um fotógrafo que reparou na total apatia e frieza de Piedad diante da situação. A polícia foi informada sobre a suspeita e, a princípio, repudiou a suposição, mas depois passou a considerá-la. Começaram a dar crédito à possibilidade depois que descobriram que a menina era quem cuidava dos irmãos todos os dias, sendo inclusivo a responsável pela alimentação deles.

Após horas de depoimento, Piedad confessou os crimes com calma. Revelou que a sua motivação foi o cansaço: "Queria brincar com os meus amigos e não podia". 

Piedad foi diagnosticada com psicopatia infantil, a menina ainda acusou a sua mãe de comandar os assassinatos, mas todas as mentiras foram descobertas em menos de dois meses.

Por ser menor, Piedad foi internada num hospital psiquiátrico de Las Oblatas.



Fonte: Aventuras na História | Mega Curioso


MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

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