domingo, 4 de novembro de 2018

D. Maria I, Rainha de Portugal

D. Maria I, Rainha de Portugal
D. Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana de Bragança, nasceu a 17 de dezembro de 1734, no Paço da Ribeira, em Lisboa.

Filha mais velha do Rei D. José I de Portugal e de D. Mariana Vitória de Bourbon.
Pais de D. Maria I: D. José I e D. Mariana Vitória, Reis de Portugal
Casou-se com o seu tio, Pedro de Bragança, o que assegurou a continuidade da dinastia da Casa de Bragança. O casamento foi realizado na Real Barraca da Ajuda a 6 de junho de 1760.
D. Pedro III, Rei de Portugal
Do casamento nasceram sete filhos: D. José (1761), D. João (1762), D. João (1763), D. João (1767), D. Maria Ana Vitória (1768), D. Maria Clementina (1774) e D. Maria Isabel (1776).

O seu primeiro ato como Rainha, iniciando um período que ficou conhecido como a Viradeira, foi a demissão e exílio da Corte do Marquês de Pombal, a quem nunca perdoaria a forma brutal como tratou a família Távora, durante o Processo dos Távoras.

Amante da paz, dedicava-se a obras sociais, concedeu asilo a numerosos aristocratas franceses fugidos ao terror da Revolução Francesa.

Era, no entanto, dada à melancolia e fervor religioso de natureza tão impressionável que quando ladrões entraram numa igreja e espalharam hóstias pelo chão, decretou nove dias de luto, adiou os negócios públicos e acompanhou a pé, com uma vela, a procissão de penitência que percorreu Lisboa.

O seu reinado foi de grande atividade legislativa, comercial e diplomática, na qual se pode destacar o tratado de comércio que assinou com a Prússia em 1789.

Desenvolveu a cultura e as ciências, com o envio de missões científicas a Angola, Brasil, Cabo Verde e Moçambique, e a fundação de várias instituições, entre elas a Academia Real das Ciências de Lisboa e a Real Biblioteca Pública da Corte.

No âmbito da assistência, fundou a Casa Pia de Lisboa. Fundou ainda a Academia Real de Marinha para formação de oficiais da Armada.

A 5 de janeiro de 1785 promulgou um alvará impondo pesadas restrições à atividade industrial no Brasil.

Ficou mentalmente instável, então desde 10 de fevereiro de 1792 foi obrigada a aceitar que o filho tomasse conta dos assuntos de Estado. Obcecada com as penas eternas que o pai estaria sofrendo no inferno, por ter permitido ao Marquês de Pombal perseguir os jesuítas, o via como "um monte de carvão calcinado".

Para tratá-la veio de Londres o Dr. Willis, psiquiatra e médico real do Rei Jorge III, enlouquecido em 1788, mas de nada adiantaram os seus remédios.

Em 1799, a sua instabilidade mental se agravou com os lutos pelo seu marido, D. Pedro, em 1786, e seu filho, o príncipe herdeiro D. José, morto aos 27 anos, em 1788, a marcha da Revolução Francesa e execução do Rei Luís XVI da França na guilhotina. Então o filho e herdeiro João assumiu a Regência como D. João VI de Portugal.

A família real portuguesa muda-se para o Brasil devido ao receio de ser deposta, à semelhança do que ocorreram nos países recentemente invadidos pelas tropas francesas. A família fugiu a 13 de novembro de 1807.

Incapacitada, D. Maria viveu no Brasil por oito anos, sempre em estado infeliz. Morreu no Convento do Carmo, no Rio de Janeiro, no Brasil, a 20 de março de 1816, aos 81 anos de idade.

Após as cerimónias fúnebres, o seu corpo foi sepultado no Convento da Ajuda, no Rio de Janeiro. Com a sua morte, o seu filho, o Príncipe Regente João foi aclamado Rei de Portugal, Brasil e Algarves.

Em 1821, após o retorno da família real para Portugal, os seus restos mortais foram transladados para Lisboa e sepultado num Mausoléu na Basílica da Estrela, igreja que ela tinha mandado erguer.
Assinatura de D. Maria I, Rainha de Portugal


MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim

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