O fim da Segunda Guerra Mundial estava a chegar e, com isso, a derrota da Alemanha mostrava-se clara.
Com a aproximação do Exército Vermelho e o medo das represálias da União Soviética, os nazis começaram a incentivar a um modo controverso de não viverem a derrota.
"É apenas (uma fração) de segundo. Então, é redimido de tudo e encontra a tranquilidade e paz eterna", disse Hitler, numa conferência a 30 de agosto de 1944.
O suicídio seria considerado por eles, assim, uma forma menos dolorosa de poder. O medo do que viria a seguir teve um papel enorme naquele momento.
O próprio Hitler tirou a sua vida, ingerindo uma cápsula de cianeto e, por precaução, deu um tiro na sua própria cabeça. A sua mulher, Eva Braun, também morreu da mesma forma, num bunker subterrâneo abaixo da Chancelaria do Reich, a 30 de abril de 1945.
Eva Braun e Adolf Hitler Fonte: Wikipédia |
Mas não foram os únicos importantes nomes do nazismo que meteram fim às próprias vidas. Joseph Goebbels, ministro da Propaganda, além de suicidar-se, matou os seis filhos com veneno, a sua mulher também se suicidou.
Joseph Goebbels e os filhos Fonte: Sentinela Lacerdista |
No entanto, o mais terrível é que isto não ficou apenas pelos líderes e militares. Os civis também sentiram a necessidade de acabar com as suas vidas. A propaganda nazi foi um fator decisivo nessas circunstâncias.
Historiadores calculam que, nos últimos meses da Segunda Guerra, cerca de 10 mil e 100 mil pessoas tiraram as suas vidas por motivos relacionados ao nazismo.
Segundo o historiador Florian Huber, os rios alemães tornaram-se cemitérios a céu aberto. "As testemunhas lembram-se de pessoas penduradas em árvores por toda a parte", comenta.
O caso mais grave dos suicídios coletivos aconteceu na cidade de Demmin, no nordeste da Alemanha. Na época, a região tinha aproximadamente 15 mil habitantes. Entre 700 a mil cidadãos tomaram a decisão de juntar-se à loucura, coletiva, do Führer. Este foi o maior suicídio em massa que já aconteceu na história do país.
Além de tirarem a própria vida, os alemães levavam consigo também os seus filhos.
Barbel Schreiner conta que, na época com apenas seis anos, a sua mãe fazia parte do grupo que compactuava com a ideia de suicídio coletivo. Atualmente, Barbel afirma que só sobreviveu porque o seu irmão disse "mãe, nós não, não é?", o que fez com que a mulher desistisse. "Ainda me lembro da água avermelhada pelo sangue. Sem essas palavras, tenho a certeza que a minha mãe nos teria afogado aos dois", relembra.
Barbel Schreiner com a mãe e com o irmão Fonte: Aventuras na História |
Os métodos de suicídio usados pela população alemã eram principalmente o afogamento, ingestão de cápsulas de cianeto e o enforcamento.
Os britânicos encontraram um cartão-postal escrito em alemão que seria um "manual" onde ensinava como enforcar-se com uma quantidade mínima de dor.
Fonte: Aventuras na História
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