sábado, 2 de julho de 2016

A Aventura de Christopher McCandless

Christopher McCandless

Christopher nasceu em El Segundo (EUA) a 12 de fevereiro de 1968.

Foi um viajante que morreu perto do Parque Nacional Denali depois de caminhar sozinho na selva do Alasca com pouca comida e equipamento.

Desde da sua infância os seus professores notaram que Christopher era muito enérgico, que adorava desporto. Conforme cresceu, uniu esse gosto ao intenso idealismo e resistência física.

Christopher formou-se no W.T. Woodson High School em 1986 e na Emory University em 1990, especializando-se em História e Antropologia.

Após acabar o curso na Universidade de Atlanta, em 1990, Christopher doou os seus 24 mil dólares que tinha na sua conta bancária a instituições de caridade e desapareceu sem avisar a família.

No entanto, já não era a primeira vez que Chris decidia fazer uma viagem pelos vários estados americanos, sozinho, dependendo da natureza e do que encontrava pelo caminho.

Porém desta vez seria diferente. A sua raiva contra a civilização em que vivia, quanto às mentalidades e materialismos da época, foi fundamental para a sua decisão. A partir daquele dia, nunca mais regressou a casa.

Devido a um problema com o seu carro (Datsun amarelo), Christopher foi obrigado a abandoná-lo junto ao lago Meade, em Detrital Wash, mas isto não impediu-o de continuar.

Encarou a situação como um sinal do destino, abandonou junto ao carro grande parte dos seus pertences e queimando todo o dinheiro que trazia consigo (cerca de 123 dólares).

Christopher partiu o pé em direção ao Oeste, adotando um novo estilo de vida, no qual era livre e assumia o nome de Alexander Supertramp.

Foi à boleia até a Fairbanks, no Alasca, fazendo amigos e conhecendo lugares magníficos pelo caminho,

Entre as suas aventuras destacam-se uma descida do rio Colorado em canoa.

Os seus pais ainda tentaram encontrá-lo, mas em vão. Apenas a sua irmã Carine recebia uma carta de vez em quando, e mesmo ela não sabia a sua localização.

Anos se passaram, Chris continuava sozinho, algures na América, até chegar finalmente ao destino pretendido: o Stampede Trail.

Por onde passou, Chris alterou as vidas das pessoas que o conheceram. A sua personalidade forte, muito inteligente e simpática.

Foi de boleia até ao Parque Nacional Denali, através do Stampede Trail, um caminho que levava ao interior do Alasca.

A única comida que levava era um saco com 5kg de arroz e o seu equipamento era inadequado para quem planeava fazer o que ele se propunha. Ainda assim, o rapaz parecia determinado, e nada o podia fazer mudar de ideias.

Partiu para o desconhecido, ignorando a hora e o dia, numa quanta-feira de abril, sem deixar rasto.

Graças a um diário com 113 entradas pode-se compreender o que realmente aconteceu na sua viagem ao interior do Alasca.

Alimentou-se do que trazia e de algumas bagas que apanhou, tal como de alguns animais que caçou, com sucesso. Leu livros, rabiscando-os com pensamentos próprios sobre a vida, passeou por diversos bosques, mas o local onde permaneceu mais tempo foi abaixo da Cordilheira Externa, onde ainda hoje se encontra um autocarro abandonado, de número 142 do Fairbanks Transit System, que foi a residência do Chris, onde pernoitou e escreveu algumas frases no seu interior, nos meses que se encontrou na floresta.

Ficou cerca de quatro meses nas montanhas, sobrevivendo à custa do que encontrava, totalmente sozinho, livre. A 6 de setembro de 1992, dois trilheiros e um grupo de caçadores de alce encontraram uma mensagem na porta do autocarro: "S.O.S. Preciso de ajuda. Estou aleijado, quase morto e fraco demais para sair daqui. Estou totalmente só, não estou a brincar. Pelo amor de Deus, por favor, tentem-me salvar. Estou lá fora apanhando frutas nas proximidades e devo voltar esta noite. Obrigado, Chris McCandless."

O seu corpo foi encontrado em decomposição em agosto de 1992, embrulhado num saco-cama no interior do autocarro, já morto há cerca de duas semanas. A causa oficial da morte foi desidratação. Porém, alguns pensam que foi envenenado acidentalmente por algumas sementes que ingeriu.

O jornalista Jon Krakauer escreveu um livro sobre a vida de Christopher: "Into the Wild", publicado em 1996, que foi adaptado para filme em 2007.


MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

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