D. Amélia, Rainha de Portugal |
Era filha do Conde de Paris, Luís Filipe, e pretendente à coroa francesa e de Maria Isabel de Orleães-Montpensier, Infanta de Espanha.
Pais de D. Amélia, Conde de Paris Luís Filipe e Maria Isabel, Infanta de Espanha |
Só após a queda do Império, em 1871, os Orleães puderam regressar à França. D. Amélia teve uma educação esmerada reservada às princesas, embora o seu pai apenas fosse pretendente à coroa.
Cresceu em grandes palácios e viajava, frequentemente, para a Áustria e Espanha, onde visitava os seus familiares da família real espanhola
Adorava teatro e ópera, tinha dons para a pintura e adorava ler e escrevia aos seus autores favoritos.
O casamento com o Príncipe Carlos de Portugal foi arranjado, mas apesar disso ambos se apaixonaram um pelo outro. A 18 de maio de 1886, D. Amélia partir de França. Ao chegar à Pampilhosa, terá descido do comboio com o pé esquerdo.
No dia seguinte, às 17 horas, a Princesa conhecer a Corte em Lisboa, que estava à sua espera. Foi bem recebida pelos sogros, o Rei D. Luís I e D. Maria Pia.
O casamento foi celebrado no dia 22 de maio de 1886, na Igreja de São Domingos, e grande parte do povo lisboeta saiu às ruas para acompanhar a cerimónia.
Os recém-casados mudaram-se para a sua nova residência, o Palácio de Belém, onde nasceram os três filhos: D. Luís Filipe (1887), D. Maria Ana (1888 - morreu horas depois de nascer) e D. Manuel (1889).
Em outubro de 1889, com a morte do sogro, D. Amélia, com apenas 24 anos, torna-se Rainha de Portugal. O reinado do seu marido, D. Caros I, enfrentava crises políticas, tais como o Ultimato Britânico de 1890, e a insatisfação popular.
Como Rainha desempenhou um papel muito importante. Com a sua elegância e carácter culto, influenciou a corte portuguesa interessada pela erradicação dos males da época, como a pobreza e a tuberculose, fundou dispensários, sanatórios, lactários populares, cozinhas comunitárias e creches, demonstrando assim o seu interesse pelo bem-estar da população portuguesa.
Como mãe, soube dar uma excelente educação aos seus dois filhos, alargando-lhes os horizontes culturais com uma viagem pelo Mediterrâneo, a bordo do iate real Amélia, mostrando-lhes as antigas civilizações romana, grega e egípcia.
A 1 de fevereiro de 1908 dá-se o Regicídio, onde o seu marido e filho mais velho, D. Luís Filipe, foram assassinados, o que a deixou num profundo desgosto, do qual nunca recuperou. Retirou-se então para o Palácio da Pena, em Sintra, não deixando, no entanto, de procurar apoiar, de todas as formas o filho mais novo, agora o Rei D. Manuel II, no período em que se assistiu ao degradar das instituições monárquicas.
Após a implantação da República, a 5 de outubro de 1910, D. Amélia partiu para o exílio com o resto da família real portuguesa para Londres, na Inglaterra. Depois do casamento de D. Manuel com D. Augusta Vitória de Hohenzollern-Sigmaringen, a Rainha passou a residir em Château de Bellevue, perto de Versalhes, na França.
Em 1932, perde o seu filho mais novo, D, Manuel inesperadamente no mesmo sítio onde D. Amélia tinha nascido.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o Governo de Salazar ofereceu-lhe asilo político em Portugal, mas D. Amélia permaneceu em França, com imunidade diplomática portuguesa.
Após o fim da guerra, entre 19 de maio e 30 de junho de 1945, regressou a Portugal, numa emocionante viagem, visitou Lisboa e Fátima, o Buçaco e o Mosteiro de Alcobaça e Batalha, parando na Ericeira, e visitou os dispensários que ela tinha criado, visitou todos os locais aos quais tinha ligação, com exceção de Vila Viçosa, apesar de grande afeição que sentia por esta vila alentejana.
Faleceu na sua residência em Versalhes, aos 86 anos de idade, a 25 de outubro de 1951. Tinha sofrido um fatal ataque de uremia, morrendo pelas 9h35 da manhã.
Algumas das suas últimas palavras terão sido: "Quero bem a todos os portugueses, mesmo àqueles que me fizeram mal" e depois "Levem-me para Portugal, adormeço em França mas é em Portugal que quero dormir para sempre".
O seu corpo foi transladado pela fragata Bartolomeu Dias para junto do seu marido e dos filhos, no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa. O seu funeral teve honras de Estado e foi visto por grande parte da população de Lisboa.
O casamento com o Príncipe Carlos de Portugal foi arranjado, mas apesar disso ambos se apaixonaram um pelo outro. A 18 de maio de 1886, D. Amélia partir de França. Ao chegar à Pampilhosa, terá descido do comboio com o pé esquerdo.
No dia seguinte, às 17 horas, a Princesa conhecer a Corte em Lisboa, que estava à sua espera. Foi bem recebida pelos sogros, o Rei D. Luís I e D. Maria Pia.
O casamento foi celebrado no dia 22 de maio de 1886, na Igreja de São Domingos, e grande parte do povo lisboeta saiu às ruas para acompanhar a cerimónia.
Casamento de D. Carlos e D. Amélia, ainda Duques de Bragança |
Rainha D. Amélia com os dois filhos, D. Luís Filipe e D. Manuel |
Como Rainha desempenhou um papel muito importante. Com a sua elegância e carácter culto, influenciou a corte portuguesa interessada pela erradicação dos males da época, como a pobreza e a tuberculose, fundou dispensários, sanatórios, lactários populares, cozinhas comunitárias e creches, demonstrando assim o seu interesse pelo bem-estar da população portuguesa.
Como mãe, soube dar uma excelente educação aos seus dois filhos, alargando-lhes os horizontes culturais com uma viagem pelo Mediterrâneo, a bordo do iate real Amélia, mostrando-lhes as antigas civilizações romana, grega e egípcia.
A 1 de fevereiro de 1908 dá-se o Regicídio, onde o seu marido e filho mais velho, D. Luís Filipe, foram assassinados, o que a deixou num profundo desgosto, do qual nunca recuperou. Retirou-se então para o Palácio da Pena, em Sintra, não deixando, no entanto, de procurar apoiar, de todas as formas o filho mais novo, agora o Rei D. Manuel II, no período em que se assistiu ao degradar das instituições monárquicas.
Ilustração do Regicídio, onde morreu o marido de D. Amélia, o Rei D. Carlos I e o seu filho, D. Luís Filipe |
Em 1932, perde o seu filho mais novo, D, Manuel inesperadamente no mesmo sítio onde D. Amélia tinha nascido.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o Governo de Salazar ofereceu-lhe asilo político em Portugal, mas D. Amélia permaneceu em França, com imunidade diplomática portuguesa.
Após o fim da guerra, entre 19 de maio e 30 de junho de 1945, regressou a Portugal, numa emocionante viagem, visitou Lisboa e Fátima, o Buçaco e o Mosteiro de Alcobaça e Batalha, parando na Ericeira, e visitou os dispensários que ela tinha criado, visitou todos os locais aos quais tinha ligação, com exceção de Vila Viçosa, apesar de grande afeição que sentia por esta vila alentejana.
D. Amélia na sua última visita a Portugal |
Algumas das suas últimas palavras terão sido: "Quero bem a todos os portugueses, mesmo àqueles que me fizeram mal" e depois "Levem-me para Portugal, adormeço em França mas é em Portugal que quero dormir para sempre".
Imagens do Funeral de D. Amélia |
O seu corpo foi transladado pela fragata Bartolomeu Dias para junto do seu marido e dos filhos, no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa. O seu funeral teve honras de Estado e foi visto por grande parte da população de Lisboa.
MZ
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