A 11 de março de 2011, o Japão sofreu um terramoto de 8,9 na escala de Richter.
Na altura do terramoto, 11 usinas localizadas na região, entraram em processo para desligar. Como parte do procedimento, os reatores necessitam de ser arrefecidos, uma vez que a fissão nuclear continua a acontecer mesmo após a interrupção da geração de energia.
Cerca de uma hora depois do tremor, a usina de Fukushima foi atingida por um tsunami. O sistema de arrefecimento foi avariado e os técnicos japoneses passaram a adotar medidas alternativas, como a injeção de água do mar nos reatores. Mesmo assim, três explosões aconteceram, a última delas na manhã do dia 14 de março.
As explosões terão ocorrido quando a água usada para o arrefecimento se tornou em vapor de alta temperatura, libertando hidrogénio, altamente inflamável.
Segundo informações do governo japonês, houve vazamento radioativo, mas os reatores foram preservados.
Chegou ao nível 7 na Escala Internacional de Acidentes Nucleares.
Nenhuma morte foi registada pela exposição à radiação. Mas cerca de 300 mil pessoas foram evacuadas da área, num raio de 20 km da usina.
Em agosto de 2013, uma enorme quantidade de água radioativa foi um dos problemas mais urgentes que afetam o processo de limpeza do local, que deve durar décadas. O governo do Japão declarou que 300 toneladas de água radioativa de Fukushima entram no Oceano Pacífico a cada 24 horas.
De acordo com a TEPCO (Tokyo Eletric Power Company), um total entre 20 a 40 triliões de becquerels de trítio radioativo entraram no Oceano Pacífico desde o início do desastre nuclear.
De acordo com um relatório da Organização Mundial de Saúde, as populações que vivem nas áreas mais afetadas demonstram uma maior probabilidade de desenvolver cancro. Problemas de tiróide já foram relatados entre 40% das crianças na área de Fukushima.
O material nuclear de Fukushima está a ser transportado para todo o hemisfério norte, e há uma crescente contaminação da cadeia alimentar, através da bioacumulação e biomagnificação.
Em janeiro de 2014, foram encontrados na Califórnia peixes que apresentavam níveis de radiação 124 vezes superior aos padrões estabelecidos. Também foram encontradas flores com mutação a 108 milhas a sudoeste de Fukushima.
Este acidente nuclear levou ao congelamento do desenvolvimento de usinas nucleares, principalmente no Ocidente.
A Agência Internacional de Energia Atómica, por exemplo, reduziu para metade a sua estimativa de capacidade de geração de energia nuclear até 2035.
Na Alemanha, 8 dos 17 reatores nucleares do país fecharam até ao fim de 2012, e toda a capacidade de energia nuclear da Alemanha está programada para ser desligada até 2022.
Estima-se que existam 1331 barras de combustível nuclear que precisam ser retiradas de Fukushima. No entanto, a radiação ainda é muito forque que nem os robots conseguem retirá-las.
Acredita-se que a instalação nuclear de Fukushima continha originalmente uma quantidade de 1760 toneladas de material nuclear. De acordo com o "Wall Street Journal" a limpeza de Fukushima pode demorar até 40 anos para ser concluída.
MZ
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