domingo, 26 de agosto de 2018

Pintura "O Grito"

O Grito, de Edvard Munch (1893)
O nome original "Skrik", em norueguês, é uma série de quatro pinturas do norueguês Edvard Munch, de 1893.

Na pintura pode-se ver um momento de profunda angustia e desespero existencial.

A série de quatro pinturas conhecidas: dois dos quais da série, "A Ansiedade" e "O Desespero", encontram-se no Museu Munch, em Oslo, outra na Galeria Nacional de Oslo e outra numa coleção particular.

A última, em 2012, tornou-se na pintura mais cara da história a ser arrematada, num leilão, por 119,9 milhões de dólares.

O plano de fundo do quadro é a doca de Oslofjord, em Oslo ao pôr-do-sol.

"O Grito" é considerado como uma das obras mais importantes do movimento expressionista e adquiriu um estatuto de ícone cultural, assim como a Mona Lisa de Leonardo da Vinci.

A fonte de inspiração de "O Grito" pode ser encontrada na vida pessoal do próprio pintor, um homem educado por um pai controlador, que assistiu quando criança à morte da mãe e de uma irmã. Decidido a lutar pelo sonho de se dedicar à pintura, Edvard Munch cortou relações com o pai e integrou a cena artística de Oslo.

A escolha não lhe trouxe a paz desejada, bem pelo contrário. Munch acabou por se envolver com uma mulher casada que só lhe trouxe mágoa e desespero e no início da década de 1890, Laura a sua irmã favorita foi diagnosticada com doença bipolar e internada num asilo psiquiátrico.

Munch então imortalizou o seu sentimento no quadro "O Desespero", que representa um homem de cartola e meio de costas, inclinado sobre uma vedação num cenário em tudo semelhante à sua experiência pessoal.

O quadro foi exposto pela primeira vez em 1903, como parte de um conjunto de seis peças, intitulado Amor. A ideia de Munch era representar as várias fases de um caso amoroso, desde o encantamento inicial a uma rotura traumática. "O Grito" representava a última etapa, envolta em sensações de angustia.

A receção crítica foi duvidosa e o conjunto Amor foi classificado como arte demente. Um crítico considerou o conjunto, e em particular "O Grito#, tão perturbador que aconselhou mulheres grávidas a evitar a exposição.

A reação do público, no entanto, foi a oposta e o quadro tornou-se em motivo de sensação. O nome "O Grito" surge pela primeira vez nas críticas e reportagens da época.

Munch acabou por pintar quatro versões de "O Grito", para substituir as cópias que ia vendendo. O original de 1893, de 91x73,5 cm, numa técnica de óleo e pastel sobre cartão encontra-se exposto na Galeria Nacional de Oslo.
A segunda versão em têmpera sobre cartão, de 83,5x66 cm, foi exibida no Museu Munch em Oslo até ao seu roubo em 2004.

Em 1961, a revista Time colocou "O Grito" em destaque, como capa da sua edição dedicada aos complexos de culpa e ansiedade.

A 12 de fevereiro de 1994, "O Grito" foi roubado em pleno dia, da Galeria Nacional de Oslo, por um conjunto de ladrões que se deu ao trabalho de deixar uma mensagem que dizia: "Obrigado pela falta de segurança.". Três meses depois, os assaltantes enviaram um pedido de resgate ao governo norueguês, exigindo um resgate no valor de um milhão de dólares. As entidades norueguesas recusara a exigência e pouco depois, a 7 de maio, o quadro foi recuperado numa ação conjunta da polícia local com a Scotand Yard.

A 22 de agosto de 2004, a versão exposta no Munch Museum foi roubada num assalto à mão armada que levou também a "Madonna" do mesmo autor. O museu ficou à espera de um pedido de resgate, que nunca chegou. Em abril de 2005 foi preso um homem com ligação ao crime e surgiram rumores que os assaltantes tivessem queimado o quadro como forma de eliminar provas. A polícia norueguesa anunciou ter reencontrado os quadros a 31 de agosto de 2006.

Em dezembro de 2006 os danos causados ao quadro, pelos ladrões, foram qualificados como "irreparáveis" por especialistas em pinturas do Museu Munch.

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

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