sexta-feira, 8 de março de 2019

D. Maria Ana da Áustria, Rainha de Portugal

D. Maria Ana da Áustria, Rainha de Portugal

D. Maria Ana nasceu em Linz, na Áustria a 7 de setembro de 1683.

Filha do Imperador Leopoldo I e da sua terceira esposa, a Condessa Leonor Madalena.
Imperador Leopoldo I e Condessa Leonor Madalena - País de Maria Ana da Áustria, Rainha de Portugal
Há indicações que era uma mulher culta, conhecida e falava alemão, francês, italiano, espanhol, inglês, latim e português.

O seu casamento com o Rei de Portugal, D. João V foi negociado em 1708. D. Maria Ana e D. João eram primos direitos, as suas mães eram irmãs.
D. João V, Rei de Portugal
D. João V enviou uma luxuosa embaixada à capital imperial, chefiada pelo Conde Fernão Teles da Silva, que chegou a Viena a 21 de fevereiro de 1708.

A 6 de junho, fez-se a entrada pública da embaixada portuguesa para o pedido da Arquiduquesa. O casamento realizou-se por procuração, a 9 de julho, na Catedral de Santo Estevão, em Viena, sendo o noivo representado pelo Imperador.

D. Maria Ana chegou a Lisboa a 27 de outubro, tendo saído dos Países Baixos e depois de Portsmouth acompanhada por uma armada de 18 naus.

Foi trazida à Corte em sete magníficos coches, quando o protocolo só pedia três. Nos dias 15, 17 e 21, comemorou-se o casamento com grandes festejos públicos no Terreiro do Paço, onde se montou uma praça de touros e uma imitação do vulcão Etna em erupção. O casal real dez a sua entrada solene em Lisboa no dia 22.

Apesar do casamento, D. João V continuou as suas aventuras amorosas. D. Maria Ana mais velha que o rei seis anos, não conseguiu prender o marido, apesar de terem tido um casamento inicialmente feliz.

Sendo muito devota, entregava-se muitas vezes a práticas piedosas, fundando conventos e igrejas, ajudando os pobres e dedicando-se à alimentação dos órfãos das principais cidades do reino.

Gostava de música, assistia sempre aos concertos e aos serões de ópera que havia na Corte, chegando mesmo a participar neles.

Chegou a ser Regente por duas vezes. A primeira em 1716, quando D. João V se afastou da capital, por estar doente e se ter retirado para Vila Viçosa.

Terá sido nesta primeira Regência, que o seu cunhado, D. Francisco Xavier se aproximou dela para tentar depor o irmão, como o seu pai tinha feito com o seu tio.

A sua segunda Regência ocorreu no fim do reinado do marido, quando D. João V estava já entregue à doença que o viria a matar. Esta Regência teve enorme influência no reinado seguinte, a nível político, económico e religioso.

Do seu casamento com D. João V nasceram seis filhos, D. Maria Bárbara (1711), D. Pedro (1712), D. José I (1714), D. Carlos (1716), D. Pedro III (1717) e D. Alexandre (1723).

D. Maria Ana faleceu no Palácio de Belém a 14 de agosto de 1754. Foi enterrada no Mosteiro de S. João Nepomuceno, das Carmelitas Descalços Alemães, por ela fundado.

De acordo com o seu testamento, o seu coração foi levado para Viena e guardado na cripta imperial. Mais tarde, em 1780, por vontade da Rainha D. Maria I, sua neta, os seus restos mortais foram transladados para um novo Mausoléu.

Em 1855, na Regência de D. Fernando II, os restos mortais de D. Maria Ana foram transladados para S. Vicente de Fora, para junto do marido, onde permanecem até hoje.
Assinatura de D. Maria Ana da Áustria, Rainha de Portugal

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim

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