A Caça às Bruxas foi uma perseguição religiosa e social que começou no séc. XV e atingiu o seu auge nos séc. XVI e XVIII principalmente na Alemanha, Escandinávia, Inglaterra, Escócia, Suíça, mas também, mas em menor escala na França, Península Ibérica, Itália e Império Habsburgo.
Havia manuais de caça às bruxas, o mais famoso é o Malleus Maleficarum, de 1586.
As bruxas eram pessoas acusadas de fazer feitiços e usar poderes sobrenaturais, supostamente obtidos em rituais satânicos e pactos com demónios.
A maior parte dos casos de perseguições contra bruxas, queimadas em fogueiras coletvas, não aconteceu na Idade Média, mas no início do período moderno, no final do séc. XIV até ao começo do séc. XVIII.
As pessoas que eram consideradas bruxas, geralmente, eram os chamados hereges, pessoas que não seguiam o catolicismo pregado pela igreja.
Nos povoados mais supersticiosos, a situação era mais complicada, na França do séc. XV, há registos de epidemias que geraram uma espécie de histeria coletiva, o povo acabou por culpar as bruxas pelas doenças.
Para ser bruxa bastava a mulher ser esquisita para ser considerada uma, depois era perseguida e levada à fogueira.
Estima-se que entre 40 a 50 mil pessoas foram acusadas e bruxaria e executadas.
Em 1428, na cidade de Valais, na Suíça, acontece o primeiro julgamento coletivo de pessoas acusadas de bruxaria. Não se conhecem detalhes dos processos ou de quantos acusados e condenados eram, visto que os registos foram na maior parte destruídos.
Em 1586, a publicação do livro Malleus Maleficarum, escrito por dois frades dominicanos. Por possuir um valor legal e religioso, o livro foi aceite por católicos e protestantes, a obra serviu nos dois séculos seguintes como manual para identificar e eliminar bruxas.
A condição desta obra foi justamente atribuiu exclusivamente à mulher a condição de bruxa, enquanto outros autores da época consideravam as mulheres eram apenas propensas à superstição. Os autores da obra Malleus Maleficarum afirmava que os pontos fracos tornavam a mulher passível às ciladas do diabo, em corpo e espírito.
Em 1692, na cidade de Salem, nos EUA, 150 pessoas foram presas sob acusação de bruxaria, depois de algumas meninas alegarem ter sido enfeitiçadas. Um tribunal especial é estabelecido para julgar o caso. 19 pessoas são condenadas à morte e enforcadas.
Entre as figuras mais respeitadas nas aldeias e nos campos, onde viviam 95% da população europeia no séc. XV, estavam as curandeiras, chamadas de "mulheres sábias" na Inglaterra, França, Alemanha, entre outros países. Eram geralmente viúvas ou solteiras, com enorme conhecimento de ervas medicinais. Embora fossem pessoas miseráveis, tinham grande prestigio, num mundo onde quase não havia médicos, estas mulheres serviam como parteiras, adivinhas, terapeutas, etc.
Os segredos das curandeiras eram passados de mãe para filha, de tia para sobrinha, e escapavam à compreensão da ciência. De facto, alguns dos seus remédios era muito estranhos, como ovos fervidos em urina, usados para picadas de insetos. Ou pomadas de sémen de cavalo que serviam para provocar a gravidez. Tinham também amuletos para atrair o amor, afastar o mau-olhado e detetar venenos.
Faziam também bênçãos e rezas. Resumindo, nem tudo era superstição, a "magia" destas mulheres tinha por detrás um conhecimento que mais tarde seriam comprovados cientificamente.
Em 1793, a última execução por ordem judicial de suspeitas de serem bruxas na Europa parece ter acontecido na Polónia, não havendo certezas do local, duas mulheres foram queimadas na fogueira.
Havia manuais de caça às bruxas, o mais famoso é o Malleus Maleficarum, de 1586.
As bruxas eram pessoas acusadas de fazer feitiços e usar poderes sobrenaturais, supostamente obtidos em rituais satânicos e pactos com demónios.
A maior parte dos casos de perseguições contra bruxas, queimadas em fogueiras coletvas, não aconteceu na Idade Média, mas no início do período moderno, no final do séc. XIV até ao começo do séc. XVIII.
As pessoas que eram consideradas bruxas, geralmente, eram os chamados hereges, pessoas que não seguiam o catolicismo pregado pela igreja.
Nos povoados mais supersticiosos, a situação era mais complicada, na França do séc. XV, há registos de epidemias que geraram uma espécie de histeria coletiva, o povo acabou por culpar as bruxas pelas doenças.
Para ser bruxa bastava a mulher ser esquisita para ser considerada uma, depois era perseguida e levada à fogueira.
Estima-se que entre 40 a 50 mil pessoas foram acusadas e bruxaria e executadas.
Em 1428, na cidade de Valais, na Suíça, acontece o primeiro julgamento coletivo de pessoas acusadas de bruxaria. Não se conhecem detalhes dos processos ou de quantos acusados e condenados eram, visto que os registos foram na maior parte destruídos.
Em 1586, a publicação do livro Malleus Maleficarum, escrito por dois frades dominicanos. Por possuir um valor legal e religioso, o livro foi aceite por católicos e protestantes, a obra serviu nos dois séculos seguintes como manual para identificar e eliminar bruxas.
Livro "Malleus Maleficarum" |
Em 1692, na cidade de Salem, nos EUA, 150 pessoas foram presas sob acusação de bruxaria, depois de algumas meninas alegarem ter sido enfeitiçadas. Um tribunal especial é estabelecido para julgar o caso. 19 pessoas são condenadas à morte e enforcadas.
Entre as figuras mais respeitadas nas aldeias e nos campos, onde viviam 95% da população europeia no séc. XV, estavam as curandeiras, chamadas de "mulheres sábias" na Inglaterra, França, Alemanha, entre outros países. Eram geralmente viúvas ou solteiras, com enorme conhecimento de ervas medicinais. Embora fossem pessoas miseráveis, tinham grande prestigio, num mundo onde quase não havia médicos, estas mulheres serviam como parteiras, adivinhas, terapeutas, etc.
Os segredos das curandeiras eram passados de mãe para filha, de tia para sobrinha, e escapavam à compreensão da ciência. De facto, alguns dos seus remédios era muito estranhos, como ovos fervidos em urina, usados para picadas de insetos. Ou pomadas de sémen de cavalo que serviam para provocar a gravidez. Tinham também amuletos para atrair o amor, afastar o mau-olhado e detetar venenos.
Faziam também bênçãos e rezas. Resumindo, nem tudo era superstição, a "magia" destas mulheres tinha por detrás um conhecimento que mais tarde seriam comprovados cientificamente.
Em 1793, a última execução por ordem judicial de suspeitas de serem bruxas na Europa parece ter acontecido na Polónia, não havendo certezas do local, duas mulheres foram queimadas na fogueira.
Muitos países incluíram a bruxaria na lista de crimes contra o Estado. A caça às bruxas intensificou-se e fez vítimas como a alemã Walpurga Hausmannin, uma viúva idosa que ganhava a vida como curandeira. Em 1587, os seus antigos clientes e amigos a acusaram de matar bebés e dizimar os animais da aldeia, Walpurga foi presa e levada a tribunal. Isolada no mundo exterior, não tinha direito a nenhum tipo de defesa.
Os juízes examinavam o corpo das vítimas à procura de "marcas do Diabo", como verrugas, sinais de nascença ou simples cicatrizes. Walpurga estava acorrentada e era espancada, então confessou os seus poderes eram dádivas de Satanás, foi então marcada com ferro em brasa e queimada viva em praça pública.
Mas a caça às bruxas não eram só a mulheres da classe baixa, em 1682 a Marquesa de Montespan, amante do Rei francês Luís XIV, foi acusada de bruxaria. Sentindo o calor da fogueira próxima do trono, o Rei Luís XIV fez um decreto proibindo a perseguição a bruxas a França.
No século seguinte, outros governantes proibiram a perseguição às bruxas. Mas a última execução por bruxaria só aconteceria em 1782.
Os juízes examinavam o corpo das vítimas à procura de "marcas do Diabo", como verrugas, sinais de nascença ou simples cicatrizes. Walpurga estava acorrentada e era espancada, então confessou os seus poderes eram dádivas de Satanás, foi então marcada com ferro em brasa e queimada viva em praça pública.
Mas a caça às bruxas não eram só a mulheres da classe baixa, em 1682 a Marquesa de Montespan, amante do Rei francês Luís XIV, foi acusada de bruxaria. Sentindo o calor da fogueira próxima do trono, o Rei Luís XIV fez um decreto proibindo a perseguição a bruxas a França.
Françoise, Marquesa de Montespan |
MZ
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