Portugal é um país laico, quer isto dizer que não tem uma religião oficial, o que permite a cada indivíduo escolher a sua religião, se quiser ter uma. No entanto, a maioria dos portugueses são da religião católica (81% - censos de 2011), havendo oficialmente feriados religiosos ao longo do ano.
Eu, apesar de vir de uma família católica, mas que nunca foram muito assíduos o que me levou a questionar algumas coisas e preferir manter-me "afastada" da religião, tentando perceber um pouco de todas as religiões. Por isso, vou fazer uma série de post's sobre as religiões ao redor do mundo, tentando mostrar as características, curiosidades, coisas boas e menos boas de cada religião.
Uma religião é um conjunto de crenças, além de visões do mundo, que estabelece os símbolos que relacionam a humanidade com a espiritualidade e os seus próprios valores morais.
4. Atonismo
Trata-se da primeira religião que acredita num Deus mas não elimina a ideia de haver mais Deuses., também é conhecido como "heresia de Amarna", promovendo o culto do disco solar Aton.
Aton, o Deus do Atonismo aparece em textos que datam a XII dinastia egípcia, na história de Sinué.
Durante o Império Médio, Aton como um disco solar, foi apenas um aspeto do Deus Sol Rá.
Aton tornou-se mais importante no período da XVIII dinastia. Amenófis III nomeou a sua barcaça real como Espírito de Aten, mas foi o Amenófis IV que introduziu a revolução Atonista, numa série de etapas que culminou com a instalação oficial do Aton como Deus único do Egito.
Amenófis IV introduziu o Atonismo no 5.º ano do seu reinado (1348-1346 a.C.), elevando o Aton com o estatuto de Deus Supremo, depois de ter inicialmente permitido a adoração continuada dos Deuses tradicionais.
Esta reforma religiosa veio a coincidir com o anúncio de uma festa Heb-Sed, uma espécie de jubileu real destinado a reforçar os poderes divinos do faraó. Tradicionalmente realizada no 30.º ano de reinado do faraó, este possivelmente era um festival em honra do faraó Amenófis III, que alguns egiptólogos acreditam que tinha uma co-regência com o seu filho Amenófis IV, de dois a 12 anos.
No 5.º ano marca o início da construção de uma nova capital, Aquetaton (Horizonte de Aton), atualmente conhecida como Amarna. Evidência disso aparece em três das estrelas de fronteira usadas para marcar os limites da nova capital. Nesta altura, Amenófis IV mudou oficialmente o seu nome para Aquenáton (filho de Aton) como prova do seu novo culto.
No 7.º ano do seu reinado, a capital foi transferida de Tebas para Aquetáton, embora a construção da cidade parece ter continuado por mais dois anos. Ao mudar a sua corte dos tradicionais centros cerimoniais, Aquenáton estava sinalizando uma transformação radical no foco do poder religioso e político.
No 9.º ano, Aquenáton reforçou o regime Atonista, declarando a Aton a ser não apenas o Deus Supremo, uma divindade única e universal, e proibindo a adoração de todos os outros, incluindo a veneração dos ídolos, mesmo em particular, nas casas das pessoas.
Atonismo foi então baseada no monoteísmo unitário estrito. Aton foi abordado por Aquenáton em orações, como o grande hino a Aton: "O único Deus, ao lado dele não existe nenhum".
Umas cartas descobertas, conhecidas por Cartas de Amarna, indicam que Aquenáton era obcecado pela sua nova religião, e que a sua negligência em relação aos assuntos do Estado causavam transtorno em todo o império egípcio.
Com a morte de Aquenáton, o culto de Aton que este havia fundado quase que imediatamente caiu em desgraça devido a pressões do Sacerdócio de Amon. Tutancaton, que o sucedeu com apenas oito anos de idade mudou o seu nome para Tutancâmon no 3.º ano do seu reinado e abandonando Aquetaton, a cidade em ruínas.
Tutancaton tornou-se o rei fantoche dos sacerdotes. Os sacerdotes ameaçaram a regência instável do rei-criança e obrigou-o a tomar várias medidas drásticas que corrompeu o registo escrito de sucessão e história egípcia, a exclusão da Revolução de Amarna e Atonismo.
Os templos de Aquenáton que tinha construído, incluindo o templo de Tebas, foram desmontados, reaproveitados como fonte de materiais de construção e decoração para os seus próprios templos e as inscrições sobre Aton foram desfiguradas.
Aton, o Deus do Atonismo aparece em textos que datam a XII dinastia egípcia, na história de Sinué.
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| Aton |
Aton tornou-se mais importante no período da XVIII dinastia. Amenófis III nomeou a sua barcaça real como Espírito de Aten, mas foi o Amenófis IV que introduziu a revolução Atonista, numa série de etapas que culminou com a instalação oficial do Aton como Deus único do Egito.
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| Amenófis III |
Esta reforma religiosa veio a coincidir com o anúncio de uma festa Heb-Sed, uma espécie de jubileu real destinado a reforçar os poderes divinos do faraó. Tradicionalmente realizada no 30.º ano de reinado do faraó, este possivelmente era um festival em honra do faraó Amenófis III, que alguns egiptólogos acreditam que tinha uma co-regência com o seu filho Amenófis IV, de dois a 12 anos.
No 5.º ano marca o início da construção de uma nova capital, Aquetaton (Horizonte de Aton), atualmente conhecida como Amarna. Evidência disso aparece em três das estrelas de fronteira usadas para marcar os limites da nova capital. Nesta altura, Amenófis IV mudou oficialmente o seu nome para Aquenáton (filho de Aton) como prova do seu novo culto.
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| Aquenáton |
No 9.º ano, Aquenáton reforçou o regime Atonista, declarando a Aton a ser não apenas o Deus Supremo, uma divindade única e universal, e proibindo a adoração de todos os outros, incluindo a veneração dos ídolos, mesmo em particular, nas casas das pessoas.
Atonismo foi então baseada no monoteísmo unitário estrito. Aton foi abordado por Aquenáton em orações, como o grande hino a Aton: "O único Deus, ao lado dele não existe nenhum".
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| Grande Hino a Aton |
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| Uma das Cartas de Amarna |
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| Máscara Mortuária de Tutancâmon |
Os templos de Aquenáton que tinha construído, incluindo o templo de Tebas, foram desmontados, reaproveitados como fonte de materiais de construção e decoração para os seus próprios templos e as inscrições sobre Aton foram desfiguradas.
MZ
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