sábado, 4 de dezembro de 2021

Métodos Contracetivos do Passado até Hoje

No post de hoje falamos de vários métodos contracetivos ao longo da história até hoje, sendo que alguns deles não foi comprovada a eficácia do método.

Fezes de crocodilo
Para evitar a gravidez, as mulheres do Antigo Egito recorreram a um método tão curioso quanto doloroso.
Uma substância pastosa feita com excremento de crocodilo e leite azedo era introduzida na vagina ou na vulva. O que se pretendia era que o método criasse uma barreira ácida que impedisse a passagem dos espermatozóides.
Um método alternativo usado por quem não queria usar as fezes de crocodilo, era uma mistura de mel e bicarbonato de sódio.

Beber mercúrio
No século VII, na China, as mulheres foram aconselhadas a beber uma tintura de metal tóxico para evitar a gravidez. Uma das prescrições médicas indicava fritar mercúrio no óleo.
Esta "poção" deveria ser tomada com o estômago vazio.
Pode ter funcionado para evitar a gravidez, mas esta mistura venenosa causou esterilidade e, em muitos casos, uma morte agonizante.

Testículos de furão
Na Europa, durante a Idade Média, os testículos de furão também foram usados como contracetivos. A Trótula, uma guia médica escrita no século XII, recomendava cortar os testículos desses animais vivos, envolvê-los em pele de ganso e usá-los como amuletos para evitar a gravidez.

Pessário de bronze
Fonte: Museu de Ciência de Londres
Pessário de bronze
A sua data de criação leva-nos até Roma Antiga, a 200 a.C. a 400 a.C.
Era usado como método contracetivo muito usado em Roma, servia para bloquear o colo do útero. O buraco no meio do pessário permite que uma haste seja colocada no colo do útero para manter o dispositivo no local.
O problema é que, apesar de se manter preso no local, o pessário provavelmente mogoava muito a mulher durante a relação sexual.

Dispositivo intra cervical
Fonte: Museu de Ciência de Londres
Dispositivo intra cervical
É datado de 1880.
Funcionava depois da conceção. Feito de ouro, ele impedia que o embrião crescesse dentro do útero. A parte achatada do dispositivo ficava presa na parede vaginal, enquanto a haste ficava introduzida entre o útero e o colo do útero.
Este tipo de dispositivo foi substituído pelo dispositivo intrauterino (DIU), mas o DIU é totalmente implantado dentro do útero o que reduz o risco de transferência de bactérias entre o colo do útero e o útero. Assim, este método antigo tinha grandes probabilidades de dar infeções ou de deixar as mulheres estéreis.

Esponja contracetiva
Fonte: Museu de Ciência de Londres
Esponja contracetiva
Foi criada na década de 1910. As esponjas eram muito usadas como métodos contracetivos em meados de 1900. Esta esponja, especificamente, é feita de borracha e servia como uma barreira no colo do útero.
Esta esponja foi um dos contracetivos promovidos pela Society for Constructive Birth Control, a organização fundada por Marie Stopes, pioneira no campo do controlo da natalidade.

Preservativo de tripa animal
Fonte: Museu de Ciência de Londres
Preservativos de tripa animal
Foram criados também na década de 1910. Era muito eficaz na prevenção da gravidez, mas a tripa do animal era permeável a vários tipos de vírus. Por isso, este preservativo não protegia de doenças sexualmente transmissíveis.
Apesar dos preservativos não serem muito utilizados até ao século XX, o aventureiro italiano Casanova escreveu o uso de um preservativo feito de pele de cordeiro em 1700.
No período vitoriano (1837-1901), promover o controlo da natalidade ou distribuir literatura sobre o assunto era ilegal na Inglaterra.

Contracetivo com espermicída
Fonte: Museu de Ciência de Londres
Contracetivo com espermicída
Foi criado em 1920.
A marca de contracetivos Prorace foi desenvolvida por Marie Stopes. Marie acreditava na teoria eugenista, também chamada de racismo científico. Assim, para ela, a reprodução seletiva poderia evitar a proliferação de pessoas "indesejadas", como os negros. Os contracetivos Prorace eram distribuídos pela Clínica das Mães e continham espermicidas que impediam que o esperma sobrevivesse dentro do útero.

Tampão de borracha
Fonte: Museu de Ciência de Londres
Tampão de borracha
Este tampão, criado em 1920, é feito de borracha e também era chamado de tampão do colo do útero ou diafragma. Agia como uma barreira para impedir que o esperma entrasse no útero.

Pessário de vidro
Fonte: Museu de Ciência de Londres
Pessário de vidro
Criado na década de 1920. Estes pessários podiam ser feitos de borracha, metal ou vidro. A haste era conectada a uma base em formato de copo para que o objeto não fosse perdido dentro do útero. Atualmente, são usados DIUs muito menores, feitos de cobre ou plástico.

Dispositivo intrauterino de prata e bicho-da-seda
Fonte: Museu de Ciência de Londres
Dispositivo intrauterino de prata e bicho-da-seda
Também é um método contracetivo criado na década de 1920, este método foi um dos mais populares no início do século XX.
Foi criado pelo ginecologista alemão Ernst Grafenberg, este dispositivo deveria ser inserido no útero por um médico e podia ficar durante anos dentro do organismo da mulher.
Alguns dos dispositivos eram feitos de prata ou até de partes do intestino do bicho-da-seda.

DIU de osso
Fonte: Museu de Ciência de Londres
DIU de osso
Este dispositivo foi criado em 1925. Este DIU em específico era feito de osso, provavelmente animal, e de fios de fibra natural encontrada nas paredes do intestino de animais, como cabras e ovelhas.
Acreditava-se que este método impediria que os embriões recém-formados se implantassem no útero e começassem a se desenvolver.
Além de dolorosos, causavam infeções e eram frequentemente expulsos pelo corpo das mulheres.

Preservativo de látex
O famoso preservativo de látex, usado até hoje, sendo o método contracetivo mais utilizado em todo o mundo, que previne a gravidez e o único que previne as doenças sexualmente transmissíveis, foi criado em 1912.
Mas já em 1855, surgiram os primeiros modelos feitos de borracha. Atualmente o material usado é o látex ou borracha natural. Para as pessoas alérgicas ao látex existe a alternativa dos preservativos feitos de poliuretano, um material sintético.

Pílula anticoncecional
Foi criada em 1960. A pílula contracetiva oral combinada, ou simplesmente a pílula anticoncecional, é um remédio que combina duas hormonas: o estrogénio e o progestágeno.
Conhecida por ser muito eficaz, se usada corretamente, a pílula impede que a mulher engravide. No entanto, não protege contra as doenças sexualmente transmissíveis.
Deve ser usada sob indicação médica, já que alguns organismos rejeitam ou não reagem bem aos anticoncecionais.

Injeção anticoncecional
Do início do século XXI.
Este método contracetivo combina hormonas como a progesterona e o estrogénio. A injeção pode ser mensal ou trimestral e deve ser aplicada na região dos glúteos. A injeção suspende a ovulação, reduz a espessura do endométrio e deixa o muco do útero mais espesso.

Adesivo contracetivo
Este método também é do início deste século, XXI. Também é conhecido como patch. Este "penso rápido" deve permanecer na pele da mulher, no mesmo lugar, durante uma semana.
O adesivo combina duas hormonas, as mesmas da pílula e da injeção. Estas hormonas são libertadas lentamente na corrente sanguínea durante os sete dias.

Implante anticoncecional
Também do século XXI, o implante é uma pequena cápsula que contém a hormona etonogestrel. O contracetivo tem 4cm de comprimento e 2mm de diâmetro.
É introduzido debaixo da pele através de um aplicador descartável.
Impede a libertação do óvulo no ovário. Além disso, altera a secreção do colo do útero, dificultando a entrada de espermatozóides.


MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

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