Neste penúltimo post, desta primeira "série" de mulheres assassinas temos a assassina Jeanne Weber.
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Jeanne Weber (ao centro)
Fotografia: A. Lévy de Saint-Mihiel
Fonte: Wikipédia |
Jeanne Weber nasceu a 7 de outubro de 1874, numa pequena vila de pescadores na França.
Saiu da casa dos pais aos 14 anos e foi para Paris, onde trabalhou em vários locais até ao seu casamento em 1893.
O seu marido era alcoólico e dois dos seus três filhos morreram em 1905. Naquela época, o seu marido estava a beber muito, moravam um prédio decadente em Paris.
A 2 de março de 1905, Jeanne estava a cuidar da sua cunhada, quando uma das duas filhas da cunhada, Georgette, de 18 meses de repente adoeceu e morreu. Haviam contusões estranhas no pescoço foram ignoradas pelo médico.
Jeanne voltou para cuidar da filha da cunhada, Suzanne, de dois anos, mas a menina também não sobreviveu à visita, mas o médico justificou a morte por "convulsões" inexplicáveis.
A 25 de março, a filha de Jeanne, Germaine, de sete anos, sofreu um súbito ataque de "asfixia", com marcas vermelhas na sua garganta. A criança sobreviveu, mas teve menos sorte no dia seguinte. A difeteria foi a responsabilizada pela sua morte e pela do filho de Jeanne, Marcel, apenas quatro dias depois. Mais uma vez, as marcas de estrangulamento foram ignoradas.
A 5 de abril de 1905, Jeanne convidou duas das suas cunhadas para jantar e ficou em casa com o seu sobrinho de 10 anos, Maurice, enquanto as outras mulheres saíram às compras. Elas voltaram antes do esperado, e encontraram Maurice ofegante na cama, a sua garganta tinha hematomas, Jeanne apresentava uma expressão enlouquecida.
As acusações foram feitas e o julgamento de Jeanne aconteceu a 29 de janeiro de 1906, com a acusação alegando oito assassinatos, incluindo os seus três filhos e outros dois que morreram sob os seus cuidados.
Alegava-se que Jeanne matou o seu filho em março para afastar suspeitas, mas Jeanne foi defendida pelo brilhante advogado de defesa Henri-Robert, e os jurados relutavam em acreditar no pior de uma mãe de luto.
Jeanne Weber foi absolvida a 6 de fevereiro de 1906.
A 7 de abril de 1907, 14 meses depois, um médico da cidade de Villedieu foi chamado à casa de um camponês chamado Bavouzet. O médico foi recebido pela babysitter Madame Moulinet, que o levou até ao quarto de Auguste Bavouzet, de nove anos, que se encontrava morto, com a garganta gravemente ferida.
A causa da morte foi para a "convulsão", mas o médico mudou de opinião a 4 de maio, quando a "Madame Moulinet" foi identificada como Jeanne Weber. Jeanne voltou a contratar o advogado Henri-Robert.
Jeanne saiu em liberdade depois de uma autópsia declarar que a causa da morte se deveu à febre tifóide.
Jeanne rapidamente desapareceu, surgindo depois num hospital de crianças em Faucombault, passando de lá para o Children's Home em Orgeville, dirigido por amigos que procuravam "compensar os erros que a justiça tinha infligido a uma mulher inocente."
Passou a trabalhar com o nome de Marie Lemoine, ela estava a trabalhar há menos de uma semana quando foi apanhada a estrangular uma criança. Os proprietários a dispensaram e o incidente foi encoberto.
De volta a Paris, Jeanne foi presa por vadiagem, foi levada para um asilo em Nanterre, mas os médicos declararam-na sã e a libertaram.
Então Jeanne se prostituiu. Entretanto casou-se. A 8 de maio de 1908, o casal instalou-se numa pousada em Commercy. Pouco tempo depois, Jeanne foi apanhada a estrangular o filho do proprietário da pousada, Marcel Poirot, de 10 anos. O pai da criança teve que dar três murros em Jeanne para que ela libertasse o corpo sem vida do menino.
Jeanne foi julgada pelo assassinato e foi declarada louca a 25 de outubro de 1908 e foi levada para o asilo em Mareville. Ela viveu presa por 10 anos antes de se estrangular manualmente a 5 de julho de 1918.
A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.