segunda-feira, 30 de março de 2020

Venus, a Mascote Oficial do HMS Vansittart

Venus, a mascote oficial do HMS Vansittart
Fonte: Wikimedia Commons

O barco HMS Vansittart foi concluído a 17 de abril de 1919, no Estaleiro William Beardmore & Company, em Dalmuir, Escócia.

Durante a Segunda Guerra Mundial o HMS Vansittart a sua primeira missão foi escoltar tropas da Força Expedicionária Britânica do Solent para Brest.

O barco tinha como mascote o cão de raça bulldog, de nome Venus.

MZ

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sábado, 28 de março de 2020

Clyde Tombaugh - Quem descobriu Plutão

Clyde Tombaugh
Fonte: Academy of Achievement
Clyde Tombaugh, nascido em Streator, nos EUA, a 4 de fevereiro de 1906, foi um astrónomo que descobriu o, então, planeta Plutão, descoberta que o deixou famoso.

Também descobriu diversos asteróides e apelou para a pesquisa científica séria de objetos voadores não identificados.

Clyde também descobriu vários aglomerados de estrelas e galáxias, estudou a aparente distribuição de nebulosas extragaláticas e fez observações das superfícies de Marte, Vénus, Júpiter, Saturno e da Lua.

Inicialmente, não tinha treinamento formal em astronomia, apenas tinha um grande interesse que foi aprimorado com o seu primeiro vislumbre dos céus através do telescópio do seu tio. Depois de terminar o ensino médio, construiu o seu próprio telescópio de acordo com as especificações publicadas numa edição de 1925 da "Astronomia Popular"

A usar este instrumento, observou Júpiter e Marte e enviou esboços desses planetas ao Observatório Lowell, em Flagstaff, na esperança de receber conselhos sobre o seu trabalho. Em vez disso, recebeu uma proposta de emprego.

A tarefa de Clyde era de localizar o nono planeta, uma pesquisa iniciada em 1905 pelo astrónomo Percival Lowell.

Para realizar esta tarefa, usou um telescópio de 33 cm para fotografar o céu e um instrumento chamado de comparador intermitente para examinar as placas fotográficas quanto a sinais de movimento de corpos celestes.

A 18 de fevereiro de 1930, localizou Plutão e, a 13 de março, o Observatório Lowell anunciou a descoberta do novo planeta.

Após a sua descoberta, frequentou a Universidade do Kansas com uma bolsa de estudo, voltando todos os verões ao observatório até completar, em 1939, o seu mestrado em astronomia.

Ao se formar, voltou ao observatório e continuou a sua pesquisa dos céus, catalogando mais de 30 mil objetos celestes antes de 1946.

As suas observações de Marte levaram à conclusão, em 1950, que a superfície do planeta estava cheia de crateras, resultado da sua proximidade com o cinturão de asteróides, uma previsão confirmada por imagens tiradas pela sonda espacial Mariner 4, na década de 1960.

Clyde também deu aulas no Arizona State College e na Universidade da Califórnia, e trabalhou como astrónomo e físico ótico na Faixa de Mísseis White Sannds, perto de Las Cruces, no Novo México, onde ajudou a montar um sistema de rastreamento ótico para seguir mísseis balísticos.

Reformou-se em 1973, mas continuou envolvido como observador e conselheiro na universidade. Entre as suas publicações estavam "The Search for Small Natural Earth Satellites" (1959), e "Out of Darkness: The Planet Pluto" (1980), com Patrick Moore.

Clyde faleceu a 17 de janeiro de 1997, de insuficiência cardíaca.

Uma parte das suas cinzas foram dentro da sonda espacial New Horizons, que procura informações detalhadas de Plutão, a nave chegou ao seu destino em 2015.

MZ

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quinta-feira, 26 de março de 2020

Clara Bow - A It Girl de Hollywood

Clara Bow
Fonte: Pinterest
Nos critérios de Hollywood, uma It Girl era uma jovem famosa, reconhecida pela sua sexualidade e forte personalidade.

Uma destas personalidades era Clara Bow, no entanto, a sua vida não foi nenhum conto de fadas.

Clara nasceu em Nova Iorque, EUA, a 29 de julho de 1905, numa família pobre. Descrevia o seu pai como um homem esperto e proativo, mas que apesar disso nunca teve sucesso na vida.

Desde o seu nascimento, a família mudou-se 14 vezes devido a problemas financeiros e falta de trabalho. A mãe de Clara, Sarah, sofreu uma lesão séria na sua cabeça depois de ter caído da janela do 2º andar da casa onde moravam. Depois deste episódio, Sarah foi diagnosticada com psicose decorrente de epilepsia.

Com estes problemas, Clara aprendeu a lidar com os surtos violentos da sua mãe, durante a sua infância e juventude.

Apesar de ter o sonho de ser atriz de cinema, a sua mãe repudiava o seu sonho e dizia que a preferia ver morta a vê-la nos grandes ecrãs. Devido à psicose, Sarah demonstrava comportamentos agressivos e, uma vez, enquanto Clara dormia, esta acordou subitamente com a sua mãe com uma faca no seu pescoço.

Clara conseguiu desviar-se da sua mãe e trancá-la no seu quarto. No mesmo dia, Robert, o pai de Clara, enviou-a para um sanatório, onde ela morreria sozinha, aos 43 anos.

O único refúgio de Clara eram os cinemas da cidade. O seu pai a encorajava a investir nas atuações. O seu pai estava certo, Clara chegou a ganhar um concurso de novos talentos, o que chamou a atenção de agentes de cinema.
Clara Bow com o seu pai
Fonte: Aventuras na História Uol
Uma vez, depois de falar com o diretor Elmer Clifton, soube que havia um papel para uma rapariga que precisava representar um rapaz, basicamente era o que ela sempre fez na sua vida pois os seus amigos eram maioritariamente homens.
Elmer Clifton
Fonte: Wikipédia
O filme mudo "Down to the Sea in Ships", em 1922, marcou a sua estreia nos grandes ecrãs, e contava a história do quotidiano de um grupo de caçadores de baleias em alto mar. A produção não tinha rostos famosos, e Clara foi o grande destaque da obra cinematográfica.
Filme "Down to the Sea in Ships", de 1922
Fonte: Google
Clara, então, recebeu uma oferta para se mudar para Hollywood. Clara deixou para trás o pai e o namorado, que era operador de câmera e a conheceu durante as filmagens do filme "Grit".

O seu sucesso era absurdo, num único ano, o de 1924, apareceu em oito filmes e logo seu rosto era reconhecido em todos os sítios, muito por conta de ser um dos primeiros SexSymbols da indústria cinematográfica.

Foi uma das poucas atrizes da era do cinema mudo a continuar a carreira durante a era do cinema falado, depois de 1927. A sua partição na comédia de 1927 "It", a levou ao sucesso e foi quando surgiu o apelido de It girl.
Filme "It", de 1927
Fonte: Three Movie Buffs
No seu auge, durante os anos 1920, não foram poucos os escândalos sexuais na sua vida, e a sua suposta promiscuidade. Clara, também, nunca teve um apoio por trás dela, seja da sua família ou de algum agente ou empresário.

A falta de afeto fez com que a famosa atriz apenas se envolvesse com homens de maneira sexual. Os costumes da época, porém, fizeram com que casasse ao longo da sua vida, cinco vezes em quatro anos. Obviamente, por só se interessar por sexo, não conseguiu encontrar futuro com nenhum deles.

Clara casou-se com o ator Rex Bell, que depois tornou-se vice-governador de Nevada. Tiveram dois filhos: Tony, em 1934, e George, em 1938.
Clara com o marido Rex Bell e os filhos de ambos, Tony e George
Clara reformou-se das câmeras em 1933. Em setembro de 1937, o casal abriu o It Cafe, em Los Angeles, mas fechou pouco tempo depois. A sua última aparição pública foi num programa de rádio em 1947.
Rex Bell e Clara Bow no It Cafe
Fonte: Pinterest
Clara começou a apresentar sintomas de doença psiquiátrica. Tornou-se socialmente retraída e apesar de interagir pouco com o marido, também não o deixava sair de casa sozinho.

Em 1944, depois do seu marido concorrer ao Congresso, Clara tentou o suicídio. Na carta que deixou, Clara alegava que preferia morrer a ter uma vida pública.

Em 1949, foi internada para tratar uma insónia crónica e fortes dores abdominais. Várias terapias foram tentadas, incluindo eletrochoque, além de vários testes psicológicos.

As suas dores foram consideradas uma ilusão e foi diagnosticada com esquizofrenia. Apesar disso, Clara não tinha tido nenhuma alucinação, seja visual ou auditiva. Clara rejeitou qualquer explicação psicológica e deu alta a si mesma.

Depois de sair do internamento, Clara viveu sozinha numa casa simples, de onde raramente saía, até à sua morte, em Culver City, Los Angeles.

Nos seus últimos anos, viveu sob os cuidados de uma enfermeira. Teve um enfarto a 27 de setembro de 1965, aos 60 anos.

A sua autópsia revelou que Clara sofria de arteriosclerose, uma doença que Clara devia ter desde o começo da adolescência. Tinha cicatrizes no seu coração que indicavam um enfarto anterior que não fora tratado.

MZ

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terça-feira, 24 de março de 2020

Coney Island em 1905

Coney Island, em 1905 


Atualmente:
Coney Island é um bairro residencial de Brooklyn que se transforma num destino de descontração e entretenimento no verão.
Os habitantes locais e os turistas enchem a praia, a Wonder Wheel e o Luna Park, um parque de diversões com a famosa montanha-russa Cyclone.

MZ

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domingo, 22 de março de 2020

Janis Joplin no Festival Woodstock

Janis Joplin no Festival Woodstock, em 1969
Festival de Woodstock foi um festival de música que aconteceu de 15 a 18 de agosto de 1969, na quinta de gado leiteiro de Max Yasgur, próximo à região de White Lake, na cidade de Bethel (EUA).

O festival exemplificou a Era da contracultura do final da década de 1960 e começo de 70.

32 dos mais conhecidos músicos da época apresentaram-se durante um fim de semana, por vezes chuvoso, para 400 mil espectadores.

Apesar de tentativas posteriores de replicar o festival, o evento original provou ser único e lendário, reconhecido como um dos maiores momentos na história da música popular.

Janis Joplin atuou no sábado, 16 de agosto, com a The Kozmic Blues Band.


MZ

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sexta-feira, 20 de março de 2020

Livro: "Os Filhos dos Nazis"

Livro "Os Filhos dos Nazis" de Tania Crasnianski (2016)
Fonte: Wook
Foi o último livro que li. Gostei. É uma visão diferente da época do Holocausto, época em que muitos dos filhos dos nazis nem sabia o que era o Holocausto.

Ao longo deste livro podemos conhecer um pouco da relação entre pai-filhos, em que alguns casos eram pais exemplares que eram amorosos com os seus filhos e noutros casos, mal viam os seus filhos. E depois essas relações levam-nos a compreender um pouco a reação dos filhos ao julgamento dos seus pais.

Os que tiveram alguma relação afetuosa com os pais têm alguma dificuldade em aceitar que os seus pais foram os culpados por muitas atrocidades praticadas durante a Segunda Guerra Mundial. Os que tiveram uma relação mais distante, já conseguem admitir os erros dos pais.

Outra coisa que pode ter influenciado a opinião dos filhos é o facto de que os que tiveram a oportunidade de falar com os pais após os julgamentos de Nuremberga, conseguem ver mais facilmente a culpa dos seus progenitores. Já os filhos dos nazis que se suicidaram ou foram condenados à morte passaram a ver os seus pais como mártires.

Neste livro conhecemos um pouco da história dos filhos de Himmler, Göring, Hess, Frank, Bormann, Höss, Speer e Mengele.

Terei muito gosto em fazer um post individual de cada um destes nazis e das suas histórias com os seus filhos. De alguns dos nazis já falei no blog, mas terei que fazer um alinhamento diferente do blog para ser mais fácil de encontrar os post's consoante os temas pretendidos.

O livro é da autora Tania Crasnianski, é do género Biografia e fez a sua primeira publicação a 9 de março de 2016.

MZ

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quarta-feira, 18 de março de 2020

Boneco da Michellin, em 1910


Boneco da Michellin, em 1910
Ao observar uma pilha de pneus, Édouard Michelin imaginou uma personagem que viria a ser a estrela de um cartaz surpreendente.

Em 1898, dava-se a primeira aparição pública do boneco da Michelin, acompanhada da mensagem: "Nunc est bibendum". A frase latina significa "agora é beber" e remete para o poema de Horácio, quando este convida os seus contemporâneos a festejarem a vitória romana na batalha de Actium. 

De uma só vez, o boneco ganhou nome - Bibendum e a conotação de vitória. Foi um golpe publicitário bem-sucedido, e a prova disso é que perdura até hoje.

O desenho do boneco ficou nas mãos de Marius Rossillon, conhecido artisticamente pelo nome O'Galop.

Depois de O'Galop, outros grandes nomes da publicidade e da arte dos cartazes também deram o seu contributo para a fama do Bibendum.

A carreira internacional do Bibendum começou cedo, com o boneco a acompanhar as equipas de vendas da marca e a ajudar a construir a reputação da Michelin.

Já visitou todos os continentes e viu a sua popularidade ser atestada pelo Financial Times, que o elegeu o melhor ícone de todos os tempos, em 2000. Desde então, modernizou-se por duas vezes a sua imagem.

Fonte: Observador

MZ

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sábado, 14 de março de 2020

Cerimónia de Abertura dos XXII Jogos Olímpicos de Verão em Moscovo - 1980

Parte do espetáculo da cerimónia de abertura dos XXII Jogos Olímpicos de Verão em Moscovo, em 1980
A Cerimónia de Abertura dos Jogos Olímpicos de Verão de 1980 foi a cerimónia de abertura que aconteceu às 16 horas (horário de Moscovo), a 19 de julho de 1980, no Estádio Lujniki.

Foi presidido pelo Presidente da União Soviética, Leonid Brezhnev, e o Presidente do COI, Barão Killanin.

Momentos da cerimónia:

Eventos ocorridos durante o dia:
- Contagem regressiva do relógio Kremlin e sinos, às 16h00
 - A "Fanfarra de Moscovo" pelo compositor e músico Soviético A. Golovin
- Introdução do líder Soviético, Leonid Brezhnev.
- Toca o hino nacional da União Soviética. Exibe o brasão de armas da URSS.
- Desfile das carruagens gregas no estádio, seguido por bandeiras vermelhas com o emblema dos jogos Olímpicos de Moscovo. Ouve-se a canção "Estádio dos meus Sonhos”.
- Desfile das nações. A Grécia entra primeiro, a União Soviética em último.
- Discurso de boas-vindas pelo presidente da Comissão Olímpica de Moscovo do "COJO-80", Ignati Novikov.
- Discurso do Presidente do Comité Olímpico Internacional, Barão Killanin.
- Líder soviético Leonid Brezhnev anuncia a abertura dos Jogos Olímpicos.
- Entrega da bandeira Olímpica por Stéphane Préfontaine e Sandra Henderson (portadores da tocha dos Jogos Olímpicos de 1976 em Montreal), representando o Prefeito de Montreal, Jean Drapeau. Embora Drapeau gostasse de assistir, o boicote foi apoiado pelo governo Canadiano, o que tornou impossível para ele aceitar o convite. A bandeira foi recebida pelo Presidente do COI, Killanin, que passou para o Primeiro Secretário de Moscovo do PCUS, Viktor Grishin.
- Entrada da Bandeira Olímpica. A bandeira era carregada por oito Mestres de Desportos da URSS , acompanhados por outros 22. A bandeira foi levantada enquanto toca o Hino Olímpico cantado em russo.
- Entrada da chama Olímpica, levada por Viktor Saneyev.
- O último corredor era Sergei Belov, membro da Seleção Soviética de basquetebol masculino.
- Juramento Olímpico, feito pelo ginasta Nikolai Andrianov.
- Juramento do Arbitro, feito pelo lutador  Alexander Medved.
- A saída dos atletas.
- A tripulação do Salyut 6 Leonid Popov e Valery Ryumin enviou as suas saudações para os atletas Olímpicos e desejar-lhes feliz começo a comunicação ao vivo pela estação e o Estádio Lujniki. Eles apareceram no painel e as suas vozes foram traduzidas através do alto-falantes.
- Performance artística
- A amizade dos Povos: Uma dança com a tradicional dança das 15 repúblicas Soviéticas. 
- Misha: dezenas de artistas vestiram-se como Misha, mascote dos jogos Olímpicos de Moscovo, dançam no estádio.
- Aparece cinco pilares no meio de anéis olímpicos. Cada pilar mantinha artistas formando "vasos humanos". 
- Final: os artistas de toda a cerimónia de abertura reentraram no estádio quando a música-tema dos jogos "Moscovo dá o Início" foi cantado.


MZ

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terça-feira, 10 de março de 2020

Papas e os Preservativos

Cartoon do Papa João Paulo II e o preservativo
De António
Fonte: Expresso
A 5 dezembro de 1992, a propósito de declarações de João Paulo II, proferidas também durante um périplo por África, o Expresso publicou um cartoon de António, em que o Papa surgia com um preservativo no nariz.

Numa altura em que a Organização Mundial de Saúde e outras organizações encontravam-se por todo o território africano a promover campanhas pelo uso de contracetivos de forma a evitar a infeção com HIV, o Papa vinha condenar o uso do preservativo, afirmando que não era solução para a epidemia da SIDA.

O Papa defendeu que "a castidade é a única maneira segura e virtuosa de acabar com a praga trágica" da SIDA.

De acordo com o artigo do jornal Expresso, publicado anos mais tarde, o Papa não chegou a usar a palavra "preservativo" no discurso, mas bastou a ideia implícita para servir de inspiração a António.

O cartoon do Papa João Paulo II, que o autor considerou ser "uma polémica tremenda, ainda assim, com uma grande derrota para a Igreja", foi alvo de um abaixo-assinado contra a sua publicação que chegou a ser discutido no parlamento.

Mas esperava-se "um milhão de assinaturas, e os seus promotores conseguiram apenas 28 mil", contou António numa entrevista ao Diário de Notícias, em 2010.

A conversa surgiu a propósito de um outro cartoon polémico, agora com o Papa Bento XVI, publicado em 2009, no jornal Expresso. É nesse ano que a história repete-se.
Cartoon do Papa Bento XVI e o preservativo
De António
Fonte: Público
No avião, de visita aos Camarões, Bento XVI foi ainda mais claro do que o seu antecessor: "Não se resolve o problema (da SIDA) com a distribuição de preservativos. Pelo contrário, o seu uso agrava o problema."

O novo cartoon mostra Bento XVI com um preservativo que envolvia toda a sua cabeça. Não teve tanto impacto como o anterior, um "sinal", para António "de que a vida mudou", disse na mesma entrevista ao DN, onde adiantou que apenas recebeu "duas cartas de fiéis mais fundamentalistas. "A Igreja como não tem soluções fica encurralada na sua paralisia", disse também.


Fonte: Carolina Branco - Observador

MZ

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domingo, 8 de março de 2020

Assassina Martha Needle

O último post desta "série" de mulheres assassinas é sobre Martha Needle.

Martha Needle
Fonte: Wikipédia
Nascida Martha Charles a 9 de abril de 1863, em Morgan, na Austrália. Perdeu o pai quando era muito nova. A sua mãe casou-se novamente e teve mais dois filhos. Eram uma família pobre e moravam numa pequena casa de dois quartos.

Martha alegou que muitas vezes era espancada com um pau ou corda pela sua mãe e, aos 13 anos, foi indecentemente agredida pelo seu padrasto Daniel Foran.

Martha então saiu de casa e começou a trabalhar como governanta aos 13 anos e casou-se com Henry Needle em 1882, aos 18 anos.

O casamento foi feliz por um tempo e o casal teve três filhos, Mabel, Elsie e May. A família mudou-se para Richmond, e então o seu casamento começou a deteriorar-se. Martha era uma mulher bonita e gostava da companhia masculina, Henry por sua vez era um homem tímido e ciumento que a costumava agredir fisicamente.

A 23 de fevereiro de 1885, a filha de Martha, Mabel morreu após uma curta doença. Mais tarde, Marta recebeu um seguro de vida de 100 libras pela morte da filha.

O seu marido Henry, que tinha um seguro de 200 libras, morreu de uma doença misteriosa a 4 de outubro de 1889, seguido por Elsie em 1890.

Martha gastou quase todo o dinheiro do seguro num túmulo familiar elaborado que ela visitava regularmente.

Louis Juncken dirigia um negócio com o seu irmão Otto em Richmond. E, em 1891, Martha alugou o anexo da sua casa a Louis e Otto. Em 1893, começa um caso com Otto, mas Louis e o seu outro irmão Herman desaprovaram e tentaram impedir o noivado.

No ano seguinte, Louis ficou doente e morreu de suspeita de febre tifóide.

Em junho de 1894, Herman foi até a Richmond para tratar de assuntos relacionados à morte do seu irmão Louis e comeu uma refeição preparada por Martha e de repente ficou doente. Herman recuperou-se, mas ficou novamente doente no dia seguinte após tomar o pequeno-almoço. Novamente se recuperou. Mais tarde, enquanto almoçava, novamente uma refeição de Martha, ele foi atacado por dolorosas dores.

O doutor Boyd tratou Herman como suspeita de envenenamento e pegou uma amostra do vómito de Herman e a enviou ao laboratório do governo para análise. O analista relatou que a amostra continha arsénico.

O doutor Boyd informou a polícia sobre as suas suspeitas e montaram uma armadilha, a polícia pediu a Herman que pedisse a Martha uma refeição. Depois de ser servida uma chávena de chá, Herman literalmente "apitou", convocando detetives que chegaram quando Martha estava a lutar com Herman pegar a chávena que continha arsénico suficiente para matar cinco pessoas.

Martha foi acusada de tentativa de assassinato. O corpo de Louis foi exumado e as amostras foram enviadas para Melbourne. Os corpos de Henry Needle e das três meninas também foram exumadas.

Em todos os corpos foram encontrados altos níveis de arsénico e Martha foi acusada pelo assassinato de Louis Juncken. O julgamento durou três meses, Martha declarou-se inocente, mas foi considerada culpada e sentenciada à morte.

Foi executada a 22 de outubro de 1894, às 8 horas da manhã. Quando lhe disseram para dizer as suas últimas palavras, ela respondeu: "Não tenho nada a dizer."

Durante a Grande Depressão, o Conselho da Cidade de Brighton construiu muros de pedras azuis para proteger as praias locais da erosão. As pedras foram retiradas das paredes externas da Old Melbourne Gaol e incluíam as lápides, com as iniciais e a data de execução de todas as executadas e enterradas no local.

Embora a maioria tenha sido colocada com as gravuras voltadas para dentro, a pedra de Martha estava voltada para fora, e as iniciais MN e a data ainda são claramente visíveis na parede de Green Point.

Martha foi a terceira de quatro mulheres enforcadas no Old Melbourne Gaol, onde a sua máscara mortuária pode ser vista.

Fonte: Wikipédia

Mais para a frente espero fazer mais séries destas de mulheres assassinas. Se é um assunto que vos desperta curiosidade fiquem atentos.

MZ

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segunda-feira, 2 de março de 2020

Assassina Jeanne Weber

Neste penúltimo post, desta primeira "série" de mulheres assassinas temos a assassina Jeanne Weber.
Jeanne Weber (ao centro)
Fotografia: A. Lévy de Saint-Mihiel
Fonte: Wikipédia
Jeanne Weber nasceu a 7 de outubro de 1874, numa pequena vila de pescadores na França.

Saiu da casa dos pais aos 14 anos e foi para Paris, onde trabalhou em vários locais até ao seu casamento em 1893.

O seu marido era alcoólico e dois dos seus três filhos morreram em 1905. Naquela época, o seu marido estava a beber muito, moravam um prédio decadente em Paris.

A 2 de março de 1905, Jeanne estava a cuidar da sua cunhada, quando uma das duas filhas da cunhada, Georgette, de 18 meses de repente adoeceu e morreu. Haviam contusões estranhas no pescoço foram ignoradas pelo médico.

Jeanne voltou para cuidar da filha da cunhada, Suzanne, de dois anos, mas a menina também não sobreviveu à visita, mas o médico justificou a morte por "convulsões" inexplicáveis.

A 25 de março, a filha de Jeanne, Germaine, de sete anos, sofreu um súbito ataque de "asfixia", com marcas vermelhas na sua garganta. A criança sobreviveu, mas teve menos sorte no dia seguinte. A difeteria foi a  responsabilizada pela sua morte e pela do filho de Jeanne, Marcel, apenas quatro dias depois. Mais uma vez, as marcas de estrangulamento foram ignoradas.

A 5 de abril de 1905, Jeanne convidou duas das suas cunhadas para jantar e ficou em casa com o seu sobrinho de 10 anos, Maurice, enquanto as outras mulheres saíram às compras. Elas voltaram antes do esperado, e encontraram Maurice ofegante na cama, a sua garganta tinha hematomas, Jeanne apresentava uma expressão enlouquecida.

As acusações foram feitas e o julgamento de Jeanne aconteceu a 29 de janeiro de 1906, com a acusação alegando oito assassinatos, incluindo os seus três filhos e outros dois que morreram sob os seus cuidados.

Alegava-se que Jeanne matou o seu filho em março para afastar suspeitas, mas Jeanne foi defendida pelo brilhante advogado de defesa Henri-Robert, e os jurados relutavam em acreditar no pior de uma mãe de luto.

Jeanne Weber foi absolvida a 6 de fevereiro de 1906.

A 7 de abril de 1907, 14 meses depois, um médico da cidade de Villedieu foi chamado à casa de um camponês chamado Bavouzet. O médico foi recebido pela babysitter Madame Moulinet, que o levou até ao quarto de Auguste Bavouzet, de nove anos,  que se encontrava morto, com a garganta gravemente ferida.

A causa da morte foi para a "convulsão", mas o médico mudou de opinião a 4 de maio, quando a "Madame Moulinet" foi identificada como Jeanne Weber. Jeanne voltou a contratar o advogado Henri-Robert.

Jeanne saiu em liberdade depois de uma autópsia declarar que a causa da morte se deveu à febre tifóide.

Jeanne rapidamente desapareceu, surgindo depois num hospital de crianças em Faucombault, passando de lá para o Children's Home em Orgeville, dirigido por amigos que procuravam "compensar os erros que a justiça tinha infligido a uma mulher inocente."

Passou a trabalhar com o nome de Marie Lemoine, ela estava a trabalhar há menos de uma semana quando foi apanhada a estrangular uma criança. Os proprietários a dispensaram e o incidente foi encoberto.

De volta a Paris, Jeanne foi presa por vadiagem, foi levada para um asilo em Nanterre, mas os médicos declararam-na sã e a libertaram.

Então Jeanne se prostituiu. Entretanto casou-se. A 8 de maio de 1908, o casal instalou-se numa pousada em Commercy. Pouco tempo depois, Jeanne foi apanhada a estrangular o filho do proprietário da pousada, Marcel Poirot, de 10 anos. O pai da criança teve que dar três murros em Jeanne para que ela libertasse o corpo sem vida do menino.

Jeanne foi julgada pelo assassinato e foi declarada louca a 25 de outubro de 1908 e foi levada para o asilo em Mareville. Ela viveu presa por 10 anos antes de se estrangular manualmente a 5 de julho de 1918.

MZ

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Assassina Charlotte Corday

Neste oitavo post desta "série" de mulheres assassinas temos Charlotte Corday.

Charlotte Corday
Fonte: Wikipédia
Marie-Anne Charlotte Corday d'Armont nasceu em Saint-Saturmin-des-Ligneries, na França, a 27 de julho de 1768.

Era descendente de uma família da aristocracia da Normandia. Foi educada num Convento Católico-Romano em Caen, ela mesma se considerava uma devota dos ideais católicos-iluministas da sua época. Foi uma grande opositora à Revolução Francesa.

Quando a noticia da morte do rei se espalhou, em plena Revolução Francesa, Charlotte ficou horrorizada. Mais ainda porque uma guilhotina tinha sido instalada na praça Saint-Sauveur, em Caen.

Então Charlotte pediu uma autorização para ir para Paris. A 8 de julho de 1793, sabendo dos riscos que corria, escreveu uma carta de despedida ao seu pai.

Após duas tentativas frustradas, na véspera do 4.º aniversário da Tomada da Bastilha, mais precisamente sábado à noite, 13 de julho, Charlotte bate à porta do nº 30 da Rue des Cordellers, residência de Jean-Paul Marat, Deputado da Convenção.
Jean-Paul Marat
Fonte: London Remembers
Como Jean-Paul sofria de uma doença de pele cujos ardores somente se aliviavam com prolongados banhos de imersão, razão pela qual não recebia visitas com muita frequência. Charlotte tinha em mãos o que dizia ser uma lista de nomes que discordavam da Revolução, provavelmente com os nomes de amigos e familiares. Pegou numa faca, cravou-a no coração de Marat, que antes de morrer implorou: "Aidez, ma chère amie!" (PT: "Ajude-me, cara amiga!").

Jean-Paul Marat entre várias profissões foi físico, médico, jornalista, entre outras. Ficou conhecido como o "Amigo do Povo", devido ao seu jornal, e por levar os inimigos da Revolução Francesa à guilhotina, e não ter piedade, gostando de dizer que estes inimigos deveriam ter o seu sangue escorrendo sobre as ruas francesas Jean-Paul era um radical e tinha muita influência sobre o povo.

O assassinato de Jean-Paul foi totalmente planeado por Charlotte, que conseguiu a morada de Jean-Paul, instalou-se na quinta-feira no hotel da Providência, compra uma faca que estava exposta na vitrina de uma loja. Vai até à casa de Jean-Paul, mas é impedida de entrar pela sua companheira, mas depois chama a atenção de Jean-Paul e consegue entrar em sua casa, com o pretexto de ter em suas mãos, os nomes de traidores da França.
Pintura de Charlotte Corday depois de assassinar Jean-Paul Marat
Pintura de Paul Jacques Aimé Baudry
Fonte: Wikipédia
Estavam na casa-de-banho, onde Jean-Paul passava boa parte dos seus ias na banheira, ela dá-lhe os nomes dos supostos traidores e ele após apontar os nomes diz que eles seriam executados, iriam para a guilhotina de imediato.

Então Charlotte crava-lhe a faca no peito perfurando a carótida e parte do pulmão. Jean-Paul grita em agonia. As mulheres da casa começam a gritar. Os vizinhos ouviram e viram Charlotte a tentar fugir, uma multidão forma-se para irem atrás de Charlotte.

Mas Charlotte é apanhada e levada para a prisão da Abadia, onde esperou pelo seu julgamento, quatro dias depois do crime.

Depois do funeral de Jean-Paul Marat, o processo de Charlotte tem início. Depois de passar pelo primeiro interrogatório, ela é levada para a prisão.

No seu julgamento disse: "Matei um homem! Para salvar cem mil, uma maneira de salvaguardar inocentes, matei um animal feroz para dar paz ao meu país. Aliás, era um açambarcador de prata".

Charlotte não nega o crime. Em nenhum momento admite o envolvimento de outra pessoa no crime. Demonstra confiança e não se arrepende, pois acreditava que matando Jean-Paul libertava a França de um animal sedento de sangue.

Charlotte foi executada a 17 de julho de 1793 na Praça da Revolução. Os seus bens foram confiscados.

Charlotte entrou para a história ao assassinar, duma forma premeditada, um dos mais importantes defensores da Revolução Francesa.

Fonte: Wikipédia

MZ

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