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Clara Bow Fonte: Pinterest |
Uma destas personalidades era Clara Bow, no entanto, a sua vida não foi nenhum conto de fadas.
Clara nasceu em Nova Iorque, EUA, a 29 de julho de 1905, numa família pobre. Descrevia o seu pai como um homem esperto e proativo, mas que apesar disso nunca teve sucesso na vida.
Desde o seu nascimento, a família mudou-se 14 vezes devido a problemas financeiros e falta de trabalho. A mãe de Clara, Sarah, sofreu uma lesão séria na sua cabeça depois de ter caído da janela do 2º andar da casa onde moravam. Depois deste episódio, Sarah foi diagnosticada com psicose decorrente de epilepsia.
Com estes problemas, Clara aprendeu a lidar com os surtos violentos da sua mãe, durante a sua infância e juventude.
Apesar de ter o sonho de ser atriz de cinema, a sua mãe repudiava o seu sonho e dizia que a preferia ver morta a vê-la nos grandes ecrãs. Devido à psicose, Sarah demonstrava comportamentos agressivos e, uma vez, enquanto Clara dormia, esta acordou subitamente com a sua mãe com uma faca no seu pescoço.
Clara conseguiu desviar-se da sua mãe e trancá-la no seu quarto. No mesmo dia, Robert, o pai de Clara, enviou-a para um sanatório, onde ela morreria sozinha, aos 43 anos.
O único refúgio de Clara eram os cinemas da cidade. O seu pai a encorajava a investir nas atuações. O seu pai estava certo, Clara chegou a ganhar um concurso de novos talentos, o que chamou a atenção de agentes de cinema.
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Clara Bow com o seu pai Fonte: Aventuras na História Uol |
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Elmer Clifton Fonte: Wikipédia |
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Filme "Down to the Sea in Ships", de 1922 Fonte: Google |
O seu sucesso era absurdo, num único ano, o de 1924, apareceu em oito filmes e logo seu rosto era reconhecido em todos os sítios, muito por conta de ser um dos primeiros SexSymbols da indústria cinematográfica.
Foi uma das poucas atrizes da era do cinema mudo a continuar a carreira durante a era do cinema falado, depois de 1927. A sua partição na comédia de 1927 "It", a levou ao sucesso e foi quando surgiu o apelido de It girl.
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Filme "It", de 1927 Fonte: Three Movie Buffs |
A falta de afeto fez com que a famosa atriz apenas se envolvesse com homens de maneira sexual. Os costumes da época, porém, fizeram com que casasse ao longo da sua vida, cinco vezes em quatro anos. Obviamente, por só se interessar por sexo, não conseguiu encontrar futuro com nenhum deles.
Clara casou-se com o ator Rex Bell, que depois tornou-se vice-governador de Nevada. Tiveram dois filhos: Tony, em 1934, e George, em 1938.
Clara reformou-se das câmeras em 1933. Em setembro de 1937, o casal abriu o It Cafe, em Los Angeles, mas fechou pouco tempo depois. A sua última aparição pública foi num programa de rádio em 1947.
Clara começou a apresentar sintomas de doença psiquiátrica. Tornou-se socialmente retraída e apesar de interagir pouco com o marido, também não o deixava sair de casa sozinho.
Em 1944, depois do seu marido concorrer ao Congresso, Clara tentou o suicídio. Na carta que deixou, Clara alegava que preferia morrer a ter uma vida pública.
Em 1949, foi internada para tratar uma insónia crónica e fortes dores abdominais. Várias terapias foram tentadas, incluindo eletrochoque, além de vários testes psicológicos.
As suas dores foram consideradas uma ilusão e foi diagnosticada com esquizofrenia. Apesar disso, Clara não tinha tido nenhuma alucinação, seja visual ou auditiva. Clara rejeitou qualquer explicação psicológica e deu alta a si mesma.
Depois de sair do internamento, Clara viveu sozinha numa casa simples, de onde raramente saía, até à sua morte, em Culver City, Los Angeles.
Nos seus últimos anos, viveu sob os cuidados de uma enfermeira. Teve um enfarto a 27 de setembro de 1965, aos 60 anos.
A sua autópsia revelou que Clara sofria de arteriosclerose, uma doença que Clara devia ter desde o começo da adolescência. Tinha cicatrizes no seu coração que indicavam um enfarto anterior que não fora tratado.
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Clara com o marido Rex Bell e os filhos de ambos, Tony e George |
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Rex Bell e Clara Bow no It Cafe Fonte: Pinterest |
Em 1944, depois do seu marido concorrer ao Congresso, Clara tentou o suicídio. Na carta que deixou, Clara alegava que preferia morrer a ter uma vida pública.
Em 1949, foi internada para tratar uma insónia crónica e fortes dores abdominais. Várias terapias foram tentadas, incluindo eletrochoque, além de vários testes psicológicos.
As suas dores foram consideradas uma ilusão e foi diagnosticada com esquizofrenia. Apesar disso, Clara não tinha tido nenhuma alucinação, seja visual ou auditiva. Clara rejeitou qualquer explicação psicológica e deu alta a si mesma.
Depois de sair do internamento, Clara viveu sozinha numa casa simples, de onde raramente saía, até à sua morte, em Culver City, Los Angeles.
Nos seus últimos anos, viveu sob os cuidados de uma enfermeira. Teve um enfarto a 27 de setembro de 1965, aos 60 anos.
A sua autópsia revelou que Clara sofria de arteriosclerose, uma doença que Clara devia ter desde o começo da adolescência. Tinha cicatrizes no seu coração que indicavam um enfarto anterior que não fora tratado.
MZ
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