Múmia da Rainha Tí Fonte: Aventuras na História |
Com este blog, pretendo decifrar a história por detrás de cada fotografia ou pintura...
quarta-feira, 30 de junho de 2021
Múmia da Rainha Tí
segunda-feira, 28 de junho de 2021
USS Pueblo - Navio dos EUA capturado pelos Norte-Coreanos
USS Pueblo, na Coreia do Norte, em 2012 Fonte: Wikipédia |
A apreensão do navio da Marinha dos EUA e os seus 83 tripulantes, um dos quais foi morto no ataque, aconteceu menos de uma semana após o discurso do Estado da União do presidente Lyndon B. Johnson no Congresso dos Estados Unidos.
A tomada do Puebloe o abuso e tortura da sua tripulação durou cerca de 11 meses, o que aumentou as tensões entre as potências ocidental e oriental, durante a Guerra Fria.
A Coreia do Norte declarou que o navio entrou deliberadamente nas suas águas territoriais a 7,6 milhas náuticas da Ilha Ryo, e que o diário de bordo mostrava que eles já tinham invadido várias vezes.
No entanto, os EUA sustentam que o navio estava em águas internacionais no momento do incidente e que qualquer suposta evidência fornecida pela Coreia do Norte para apoiar as suas declarações foi fabricada.
O navio, ainda hoje se encontra na Coreia do Norte. Desde 2013, o navio está atracado ao longo do rio Pothongem e é usado como navio-museu no Museu da Guerra Vitoriosa.
O Pueblo é o único navio da Marinha dos EUA ainda na lista de navios atualmente em cativeiro.
MZ
A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.
sábado, 26 de junho de 2021
Elvis Presley no Exército Americano
Elvis no Exército dos Estados Unidos Fonte: Pinterest |
MZ
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quinta-feira, 24 de junho de 2021
Donatien Alphonse François de Sade - O Homem mais depravado da História
Donatien de Sade Fonte: Wikipédia |
Donatien, o Marquês de Sade, nasceu a 2 de junho de 1740.
Foi um aristocrata e escritor libertino.
Filho de um conde diplomata e militar. Seguiu a carreira militar e, aos 16 anos, lutou na Guerra dos Sete Anos, na qual a França e a Áustria disputaram com a Inglaterra e a Prússia territórios e destinos comerciais.
Quando voltou da guerra, foi obrigado pelo seu pai a casar-se com Renée-Pélagie de Montreuil. Filha de uma família de nobreza recente e com influência na corte.
Muitas das suas obras foram escritas enquanto estava preso na Prisão da Bastilha, preso várias vezes, inclusivamente por Napoleão Bonaparte.
É do seu nome que surge o termo médico "sadismo" que define a perversão sexual de ter prazer na dor física ou moral do(s) parceiro(s).
Donatien era adepto do ateísmo e era caracterizado por afrontas à religião dominante, sendo, por isso, um dos principais autores libertinos, na conceção moderna do termo.
Nas suas obras, como livre pensador, usava o grotesto para mostrar as suas críticas morais à sociedade urbana. Evidenciava, ao contrário de várias obras acerca da moralidade, uma moralidade baseada em princípios contrários ao que os "bons costumes" da época aceitavam.
Com essa moralidade mostrava que os homens que sentiam prazer na dor dos demais e outras situações, por vezes bizarras, que não estavam distantes da realidade.
No seu romance "120 Dias de Sodoma", por exemplo, os nobres devassos abusam de crianças raptadas fechados num castelo de luxo, num clima de crescente violência, com coprofagia (ingerir fezes), mutilações e assassinatos.
O primeiro escândalo na vida de Donatien ocorreu cinco meses após o casamento. Em outubro de 1763, foi acusado pela prostituta Jeanne Testard de obrigá-la a renegar Deus e a realizar atos de sacrilégio com imagens cristãs enquanto mantinham relações sexuais.
Acabou preso, mas, graças à influência da sogra, ficou na cadeia menos de um mês. A sogra ainda o livrou da forca em 1772, quando Donatien intoxicou uma prostituta - numa festa, ofereceu um bombom com um licor afrodisíaco à prostituta e esta quase morreu.
A sua mulher tinha conhecimento das suas traições, mas, mesmo assim, manteve-se ao seu lado durante 27 anos, além de lhe dar três filhos. Renée fechava os olhos às traições do marido, mas a sua mãe não.
De protetora, a sogra passou a perseguidora quando Donatien revelou que mantinha um caso com a cunhada, Anne-Prospère. O casal fugiu para a Itália. A sogra localizou-os e pediu ao rei da Sardenha em pessoa, Carlos Emanuel III, que expedisse uma ordem de prisão contra Donatien, embora sem acusação alguma.
Donatien fugiu da prisão em 1773. Em 1775, envolveu-se noutra situação. Deu uma orgia envolvendo empregados do castelo, Donatien e a sua mulher Renée. O processo foi aberto pelo pai de uma das criadas que participaram na festa, além de enfrentar Donatien nos tribunais, este pai deu-lhe dois tiros, Donatien sobreviveu graças à má pontaria do atirador.
Em janeiro de 1777, a sogra de Donatien conseguiu que o rei emitisse uma carta de prisão, chamada "Lettre de Cachet". Desta vez, esteve preso durante 13 anos, mas não foi acusado de um crime propriamente dito.
Em março de 1801, com a França sob domínio de Napoleão, Donatien foi levado ao manicómio de novo, e nunca mais o deixou.
Na velhice, já separado da sua primeira mulher, Renné, encontrava-se preso por causa das suas ideias e comportamento libertino, então foi amparado pela atriz Marie-Quesnet, que mudou-se com ele para o Hospício de Charenton.
Nesta época, sob o olhar tolerante de Marie-Quesnet, enamorou-se pela filha de uma guarda da prisão, que tinha 14 anos quando a conheceu. Todos estes factos foram documentados por Gilbert Lely, o mais importante biógrafo de Sade, compilador das suas cartas e autor do clássico "Vida do Marquês de Sade".
Donatien morreu aos 74 anos, a 2 de dezembro de 1814, em Saint-Maurice.
Fonte: Wikipédia | Aventuras na História
MZ
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terça-feira, 22 de junho de 2021
Polícia Internacional e de Defesa do Estado - PIDE
A PIDE executava as suas funções em todo o território português e era tomada como uma das corporações mais eficientes do Estado. Para isto, fundamentava as as suas atividades em métodos alemães utilizados pela Gestapo, chegando a ser temida pelo uso da tortura e outras técnicas repressivas de controlo e submissão.
A PIDE é apontada como responsável por várias ações violentas e crimes contra as manifestações de opiniões contrarias ao Estado Português, forçando a que as ações da oposição fossem feitas na clandestinidade.
Portanto, as funções principais da PIDE eram a repressão de todos os que se opunham ao Estado Novo, o controlo dos estrangeiros e fronteiras, informação e contra-espionagem, combate ao terrorismo e investigação de crimes contra o Estado.
A PIDE utilizava a tortura para obter informações e foi responsável por alguns crimes sangrentos, como o assassinato do militante do PCP José Dias Coelho e do General Humberto Delgado.
José Dias Coelho (Esq.) e General Humberto Delgado (Dir.) |
A PIDE castigavam as pessoas que conspiravam contra o Governo, alguns dos métodos eram:
- Tortura do sono - consistia em não deixar os presos dormir, e quando estes estavam quase a adormecer levavam com um balde de água ou com um estalo. A mais longa tortura do sono foi a de um engenheiro comunista, Fernando Vicente que durou um mês.
- Tortura do calor - consistia em prender as pessoas no forte de Peniche e com o tecto feito de chapas de zinco que aquecia muito. As pessoas como não tinham água e com os únicos alimentos disponibilizados eram salgados, acabavam por enlouquecer e confessavam.
- Prisão do Aljube - em Lisboa
- Prisão de Caxias - as condições físicas eram mais toleráveis do que no Aljube
- Prisão de Peniche - o Forte de Peniche tornou-se numa prisão política de alta segurança
- Prisão da PIDE no Porto
- O Campo da Morte do Tarrafal - situado na Ilha de Santiago em Cabo Verde - começou a receber presos politicos vindos de Lisboa a 18 de outubro de 1936, foi inspirado nos campos de concentração nazis, não haviam câmaras de gás, mas os presos era submetidos a um regime de morte lenta.
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domingo, 20 de junho de 2021
Assassinato do Arquiduque da Áustria
Ilustração do Assassinato do Arquiduque Francisco Fernando e da sua mulher, Sofia Fonte: Visitar a Bósnia-Herzegovína |
Gavrilo Princip, assassino do Arquiduque Francisco Fernando e da sua mulher, Sofia Fonte: New Statesman |
MZ
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sexta-feira, 18 de junho de 2021
Linda Wolfe - A Mulher que Mais se Casou na História
Linda Wolfe Fonte: Time Magazine |
MZ
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quarta-feira, 16 de junho de 2021
Massacre na Escola Amish
Atirador e assassino Charles Carl Roberts Fonte: G1 - Globo |
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segunda-feira, 14 de junho de 2021
Creme Facial Romano
Creme facial Romano de 2 mil anos Fonte: SoCientífica |
Este creme facial foi descoberto por arqueólogos perto de um antigo templo romano em Londres.
A sua localização, inicialmente levou os pesquisadores a acreditarem que era uma pomada usada para curas ou rituais.
Mas, com uma análise detalhada foi capaz de revelar os seus ingredientes: gordura animal, amido e estanho para pigmento - revelando que não era nada mais do que um creme facial romano colorido.
Foi encontrado num pote de estanho ornamentado que tem 6x5 cm e é de uma qualidade tão elevada que pode ser comparado aos cosméticos produzidos hoje em dia.
Este tipo de creme facial teria muito provavelmente pertencido a uma mulher rica, ou a uma prostituta do templo.
Os templos não eram apenas erguidos e usados pelos soldados, mas também eram utilizados por pessoas de diferentes classes e posições sociais.
Este achado apoia o facto de que a cultura romana estava a florescer em Londres nesta época e havia o interesse de incorporar todas as coisas romanas.
O creme facial romano era tradicionalmente criado com chumbo para criar a tonalidade desejada. O chumbo não estava facilmente disponível nas ilhas Britânicas, mas o estanho estava, e o fabricante deste creme deu-se ao trabalho de recriar um creme facial semelhante com ingredientes locais em vez de simplesmente o importar.
Os romanos valorizavam a pele branca. Assim, foi sugerido que a descoberta do creme facial de cor branca poderia sinalizar que a população de Londres estava a aceitar a cultura romana de mais maneiras do que apenas a arquitetura.
Fonte: SoCientífica | Fatos Desconhecidos
MZ
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sábado, 12 de junho de 2021
Porta Pega-Gordo
Mosteiro de Alcobaça (esquerda) e Porta Pega-Gordos (direita) |
MZ
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quinta-feira, 10 de junho de 2021
Segredos de Beleza da Princesa do Povo
Diana Spencer, Princesa do Povo Fonte: Rostos |
Diana limpava sempre a pele antes de se deitar, e seguia a limpeza com um toner e um hidratante, que também aplicava de manhã antes do protetor solar.
A princesa não dispensava o seu sono de beleza, e acreditava que o consumo exagerado de álcool afetava a sua pele, por isso decidiu moderar quaisquer excessos em nome de uma pele maravilhosa.
A sua dieta também era importante, começava o dia com um copo de água com limão e uma chávena de café, seguidos de um grande pequeno-almoço. A princesa também bebia sumos de cenoura, maçã e pepino.
Sentia-se nua sem uma boa camada de rímel, que a maquilhadora Mary Greenwell lhe ensinou a aplicar da raiz até às pontas, para pestanas longas e bonitas.
Diana era simples na maquilhagem, evitava usar eyeliner azul, da cor dos seus olhos. Na verdade, a princesa ainda cometeu esse "erro" durante alguns anos, até que a sua maquilhadora a alertou para o facto de que o eyeliner da mesma cor dos olhos tem tendência a roubar intensidade à sua cor. A partir daí, Diana começou a preferir os castanhos e pretos.
Princesa Diana com eyeliner azul Fonte: Pinterest |
Perfume 24 Faubourg, d'Hermès Fonte: Amazon.com |
Foi na década de 80 que os cabelos se encheram de permanentes e se usavam bem compridos, mas não foi preciso muito para convencer Diana a fazer algo diferente com o seu cabelo, depois do hairstylist Sam McKnight ter simulado um cabelo mais curto ao prendê-lo numa tiara. Já de saída, a princesa perguntou ao cabeleireiro o que faria com o cabelo dela, caso tivesse controlo total. Ele respondeu que o cortaria num pixie cut, e ela, sem hesitar, aceitou cortá-lo de imediato.
MZ
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terça-feira, 8 de junho de 2021
Aula de Educação Sexual
MZ
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domingo, 6 de junho de 2021
Expresso Paris-Granville
Expresso Paris-Granville Fonte: Magnus Mundi |
O comboio saiu de Granville com destino a Paris, pela manhã viajava com 131 passageiros.
O acidente teria ocorrido pela imprudência do maquinista que se encontrava atrasado e teria acelerado o comboio.
Ao chegar ao destino os travões falharam, resultando numa grande destruição interna da estação ferroviária.
Cinco pessoas ficaram feridas e a única vítima mortal foi Marie-Augustine Aguilard, uma senhora que vendia jornais na zona e foi atingida com um destroço do edifício.
Durante quatro dias a locomotiva ficou como estava após o acidente, até ser retirada.
Foi um dos acidentes ferroviários mais "estranhos" da história da França.
MZ
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sexta-feira, 4 de junho de 2021
1.º Presidente da República Portuguesa
A sua família descendia de famílias da aristocracia. O seu pai fazia parte da expedição miguelista (apoiantes do absolutista D. Miguel) enviada para os Açores no início da Guerra Civil Portuguesa, tendo sido feito prisioneiro na tomada da Ilha de S. Miguel pelas forças liberais e desterrado para a Ilha de Santa Maria, onde viria a conhecer a sua esposa, mãe de Teófilo.
Teófilo perde a mãe com apenas 3 anos de idade, a má relação com a madrasta com quem o seu pai casou dois anos depois e a morte da mãe, marcaram decisivamente o seu temperamento fechado e agreste.
Começou a trabalhar cedo na tipografia do jornal A Ilha, de Ponta Delgada. no qual também colaborou como redator. Neste período colaborou com outros periódicos da Ilha de S. Miguel.
Estudou no Liceu de Ponta Delgada e, em 1861 foi para Coimbra, onde concluiu o ensino secundário.
Saiu de Ponta Delgada com a intenção de estudar Teologia e seguir uma carreira eclesiástica, mas em 1862 optou por se matricular no curso de Direito da Universidade de Coimbra.
Enquanto estudante académico, trabalhou como tradutor e recorreu a explicações e à publicação de artigos e poemas para pagar os seus estudos.
Fortemente influenciado pelas teses sociológicas e políticas do positivismo, cedo aderiu aos ideais republicanos.
Ao terminar o curso, em 1867, foi convidado pela Faculdade de Direito a fazer o Doutoramento, o que fez defendendo em 26 de julho de 1868 uma tese intitulada História do Direito Portuguesa: I: Os Forais.
A sua pública adesão aos direitos republicanos levaram a fosse dispensado quando, em 1868, concorreu ao cargo de professor da cadeira de Direito Comercial na Academia Politécnica do Porto, e em 1871, quando concorreu para o cargo de lente da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.
Mudou-se então para Lisboa, iniciando a sua carreira de advogado, em 1868.
Também em 1868, casou-se com Maria do Carmo Xavier, com quem teve três filhos. A sua esposa faleceu em 1911.
Em 1878 fundou e passou a dirigir com Júlio de Matos a revista O Positivismo. Nesse mesmo ano iniciou a sua ação na politica ativa portuguesa concorrendo a deputado às Cortes da Monarquia Constitucional Portuguesa integrado nas listas dos republicanos federalistas. A partir deste ano exerceu vários cargos de destaque nas estruturas do Partido Republicano Português.
Em 1880 passou a colaborar com a revista Era Nova, da qual foi diretor. Nesse mesmo ano, com Ramalho Ortigão, organizou as comemorações do Tricentenário de Camões, momento alto da articulação do Partido Republicano, de onde sai com grande prestígio.
A partir de 1884 passa a dirigir a Revista de Estudos Livres, com Teixeira Bastos. Colaborou com várias outras revistas e jornais.
Em 1890 foi pela primeira vez eleito membro do directório do Partido Republicano Português. Nesta condição, a 11 de janeiro de 1891 foi um dos subscritores do Manifesto e Programa do Partido Republicano Português. Este manifesto e a sua apresentação pública precederam em três semanas a Revolta de 31 de janeiro de 1891, no Porto, à qual Teófilo Braga, como aliás a maioria dos republicanos lisboetas, se opôs.
A 1 de janeiro de 1910 torna-se membro efetivo do directório político, juntamente com Basílio Teles, Eusébio Leão, José Cupertino Ribeiro e José Relvas.
A 28 de agosto de 1910 é eleito deputado republicano por Lisboa às Cortes Monárquicas, não chegando contudo a tomar posse por entretanto ocorrer a implantação da República Portuguesa.
Por decreto publicado no Diário do Governo a 6 de outubro de 1910 é nomeado Presidente do Governo Provisório da República Portuguesa saído da Revolução de 5 de Outubro de 1910. Naquelas funções foi de facto chefe de Estado, já que o Primeiro Presidente da República Portuguesa, Manuel da Arriaga, apenas foi eleito a 24 de agosto de 1911.
Quando Manuel de Arriaga foi obrigado a resignar do cargo de Presidente, na sequência da Revolta de 14 de maio de 1915, Teófilo Braga foi eleito para o substituir pelo Congresso da República, a 29 de maio de 1915, com 98 votos a favor, contra um voto de Duarte Leite e três votos em brano.
Sendo um Presidente de transição, face à demissão de Manuel de Arriaga cumpriu o mandado até o dia 5 de outubro de 1915, sendo então substituído por Bernardino Machado.
Sendo já viúvo na altura da sua eleição, após o mandato, Teófilo continuou a sua rotina desde que enviuvara, estava sempre na biblioteca, isolado, dedicando-se exclusivamente à escrita.
Faleceu só, no seu gabinete de trabalho, a 28 de janeiro de 1924, aos 80 anos de idade.
Obteve honras de Panteão em 1966, quando este foi inaugurado. Os seus restos mortais foram solenemente transladados para a Igreja de Santa Engrácia, em Lisboa, no dia 5 de dezembro de 1966, antes encontrava-se na Sala do Capítulo do Mosteiro dos Jerónimos.
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quarta-feira, 2 de junho de 2021
História de Amor de Francisco Fernando da Áustria e Sofia Chotek
Casamento do Arquiduque Francisco Fernando da Áustria e de Sofia Chotek Fonte: Wikipédia |
Herdou do seu primo, o Duque Francisco V de Módena, a chefia da Casa de Áustria-Este, tornando-se pretendente ao trono do extinto ducado quando tinha apenas 12 anos de idade.
Em 1889, com a morte do Arquiduque Rodolfo, único filho varão do Imperador Francisco José I (seu tio), no chamado Incidente de Mayerling, o seu pai tornou-se o primeiro na linha de sucessão ao trono austro-húngaro, mas renunciou aos seus direitos a seu favor.
Imperador Francisco José I da Áustria Fonte: Wikipédia |
Mas havia um problema, para se casar, Francisco Fernando tinha que ter uma pretendente que pertencesse à realeza e, embora tivesse antepassados da realeza, Sofia não satisfazia esta exigência básica.
Quando se conheceram, Sofia era dama-de-companhia da Princesa Isabel de Croÿ, mulher do Arquiduque Frederico de Áustria-Teschen, a quem Francisco Fernando passou a visitar com frequência.
Princesa Isabel de Croÿ, Arquiduquesa da Áustria Fonte: Wikipédia |
Eles teriam mantido a sua relação em segredo durante mais de dois anos.
A presença constante de Francisco Fernando levou o seu primo a acreditar que ele estivesse interessado na sua filha mais velha, a Arquiduquesa Maria Cristina
Arquiduquesa Maria Cristina da Áustria Fonte: Wikipédia |
O Papa Leão XIII, o Czar Nicolau II da Rússia e o Kaiser Guilherme II da Alemanha coloram-se a favor do Imperador Francisco José I, argumentando que a discordância entre tio e sobrinho estava a minar a estabilidade da monarquia.
Em 1899, o Imperador Francisco José autorizou que o casamento se realizasse mas impôs pesadas condições:
- A união seria morganática - casamento entre pessoas de estatutos diferentes, em que geralmente o nobre mantém os seus títulos e até os seus direitos de sucessão, mas estes não são estendidos ao seu consorte nem aos seus filhos;
- Os seus descendentes não teriam direito de sucessão ao trono;
- Sofia não teria direito ao status, títulos, precedências ou privilégios dos quais Francisco Fernando gozava;
- Sofia também não poderia aparecer em público ao lado do marido, andar na carruagem imperial ou sentar-se no camarote imperial.
Assim, a 28 de junho de 1900, no Palácio Imperial de Hofburg, perante o Imperador e todos os Arquiduques, Ministros e dignitários da Corte, o Cardeal-Arcebispo de Viena e o Primaz da Hungria, Francisco Fernando assinou um documento oficial que declarava publicamente que Sofia, como sua esposa morganática, jamais ostentaria os títulos de Imperatriz, Rainha ou Arquiduquesa e os seus descendentes jamais receberiam qualquer direito dinástico ou privilégios imperiais em nenhum dos domínios Habsburgo.
O Imperador Francisco José I não participou na cerimónia, nem qualquer Arquiduque, incluindo os irmãos do noivo.
Os únicos membros da Família Imperial presentes foram a sua madrasta, a Princesa Maria Teresa de Bragança e as suas duas filhas.
Princesa Maria Teresa de Bragança, Arquiduquesa da Áustria Fonte: Wikipédia |
Sempre que o casal se reunia com outros membros da realeza, Sofia era preterida em virtude da sua posição e obrigada a ficar separada do marido.
O casal teve três filhos: Sofia de Hohenberg (1901-1990), Maximiliano de Hohenberg (1902-1962) e Ernesto de Hohenberg (1904-1954).