Casamento do Arquiduque Francisco Fernando da Áustria e de Sofia Chotek Fonte: Wikipédia |
Herdou do seu primo, o Duque Francisco V de Módena, a chefia da Casa de Áustria-Este, tornando-se pretendente ao trono do extinto ducado quando tinha apenas 12 anos de idade.
Em 1889, com a morte do Arquiduque Rodolfo, único filho varão do Imperador Francisco José I (seu tio), no chamado Incidente de Mayerling, o seu pai tornou-se o primeiro na linha de sucessão ao trono austro-húngaro, mas renunciou aos seus direitos a seu favor.
Imperador Francisco José I da Áustria Fonte: Wikipédia |
Mas havia um problema, para se casar, Francisco Fernando tinha que ter uma pretendente que pertencesse à realeza e, embora tivesse antepassados da realeza, Sofia não satisfazia esta exigência básica.
Quando se conheceram, Sofia era dama-de-companhia da Princesa Isabel de Croÿ, mulher do Arquiduque Frederico de Áustria-Teschen, a quem Francisco Fernando passou a visitar com frequência.
Princesa Isabel de Croÿ, Arquiduquesa da Áustria Fonte: Wikipédia |
Eles teriam mantido a sua relação em segredo durante mais de dois anos.
A presença constante de Francisco Fernando levou o seu primo a acreditar que ele estivesse interessado na sua filha mais velha, a Arquiduquesa Maria Cristina
Arquiduquesa Maria Cristina da Áustria Fonte: Wikipédia |
A paixão do Arquiduque por Sofia criou um grande impasse, pois o Imperador não autorizava o casamento com Sofia, e Francisco Fernando recusava-se a casar com outra pessoa.
O Papa Leão XIII, o Czar Nicolau II da Rússia e o Kaiser Guilherme II da Alemanha coloram-se a favor do Imperador Francisco José I, argumentando que a discordância entre tio e sobrinho estava a minar a estabilidade da monarquia.
Em 1899, o Imperador Francisco José autorizou que o casamento se realizasse mas impôs pesadas condições:
- A união seria morganática - casamento entre pessoas de estatutos diferentes, em que geralmente o nobre mantém os seus títulos e até os seus direitos de sucessão, mas estes não são estendidos ao seu consorte nem aos seus filhos;
- Os seus descendentes não teriam direito de sucessão ao trono;
- Sofia não teria direito ao status, títulos, precedências ou privilégios dos quais Francisco Fernando gozava;
- Sofia também não poderia aparecer em público ao lado do marido, andar na carruagem imperial ou sentar-se no camarote imperial.
Assim, a 28 de junho de 1900, no Palácio Imperial de Hofburg, perante o Imperador e todos os Arquiduques, Ministros e dignitários da Corte, o Cardeal-Arcebispo de Viena e o Primaz da Hungria, Francisco Fernando assinou um documento oficial que declarava publicamente que Sofia, como sua esposa morganática, jamais ostentaria os títulos de Imperatriz, Rainha ou Arquiduquesa e os seus descendentes jamais receberiam qualquer direito dinástico ou privilégios imperiais em nenhum dos domínios Habsburgo.
O Papa Leão XIII, o Czar Nicolau II da Rússia e o Kaiser Guilherme II da Alemanha coloram-se a favor do Imperador Francisco José I, argumentando que a discordância entre tio e sobrinho estava a minar a estabilidade da monarquia.
Em 1899, o Imperador Francisco José autorizou que o casamento se realizasse mas impôs pesadas condições:
- A união seria morganática - casamento entre pessoas de estatutos diferentes, em que geralmente o nobre mantém os seus títulos e até os seus direitos de sucessão, mas estes não são estendidos ao seu consorte nem aos seus filhos;
- Os seus descendentes não teriam direito de sucessão ao trono;
- Sofia não teria direito ao status, títulos, precedências ou privilégios dos quais Francisco Fernando gozava;
- Sofia também não poderia aparecer em público ao lado do marido, andar na carruagem imperial ou sentar-se no camarote imperial.
Assim, a 28 de junho de 1900, no Palácio Imperial de Hofburg, perante o Imperador e todos os Arquiduques, Ministros e dignitários da Corte, o Cardeal-Arcebispo de Viena e o Primaz da Hungria, Francisco Fernando assinou um documento oficial que declarava publicamente que Sofia, como sua esposa morganática, jamais ostentaria os títulos de Imperatriz, Rainha ou Arquiduquesa e os seus descendentes jamais receberiam qualquer direito dinástico ou privilégios imperiais em nenhum dos domínios Habsburgo.
O casamento aconteceu a 1 de julho de 1900, em Reichstadt, na Boémia.
O Imperador Francisco José I não participou na cerimónia, nem qualquer Arquiduque, incluindo os irmãos do noivo.
Os únicos membros da Família Imperial presentes foram a sua madrasta, a Princesa Maria Teresa de Bragança e as suas duas filhas.
Após o casamento, Sofia recebeu o título de "Princesa de Hohenberg", com o tratamento de "Sua Alteza Sereníssima".
Sempre que o casal se reunia com outros membros da realeza, Sofia era preterida em virtude da sua posição e obrigada a ficar separada do marido.
O casal teve três filhos: Sofia de Hohenberg (1901-1990), Maximiliano de Hohenberg (1902-1962) e Ernesto de Hohenberg (1904-1954).
O Imperador Francisco José I não participou na cerimónia, nem qualquer Arquiduque, incluindo os irmãos do noivo.
Os únicos membros da Família Imperial presentes foram a sua madrasta, a Princesa Maria Teresa de Bragança e as suas duas filhas.
Princesa Maria Teresa de Bragança, Arquiduquesa da Áustria Fonte: Wikipédia |
Sempre que o casal se reunia com outros membros da realeza, Sofia era preterida em virtude da sua posição e obrigada a ficar separada do marido.
O casal teve três filhos: Sofia de Hohenberg (1901-1990), Maximiliano de Hohenberg (1902-1962) e Ernesto de Hohenberg (1904-1954).
MZ
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