Folheto usado para a divulgação dos testes atómicos Fonte: Mega Curioso |
Em 1951, começou a funcionar a Área de Testes de Nevada, um terreno de 105 km ao nordeste de Las Vegas onde explodiam as bombas atómicas cada vez mais poderosas criadas pelos cientistas do Departamento de Energia dos EUA, para testarem os seus terríveis efeitos.
O que os cientistas não sabiam era que isto seria uma "bomba" no turismo de Las Vegas. Isto porque, principalmente, nos terraços dos seus casinos era possível acompanhar o clarão das explosões, que transformavam a noite em dia, seguido por um pequeno tremor de terra e, a grande atração: os cogumelos atómicos.
Isto tornou-se num negócio sério. A Câmara do Comércio da cidade publicava folhetos que informavam os horários dos testes e os melhores pontos de observação.
Os casinos começaram a dar festas de Amanhecer Atómico. Até à hora da bomba, as pessoas dançavam, comiam e embebedavam-se com coquetéis atómicos. As mulheres podiam competir pelo título de Miss Bomba Atómica e tirar fotos com os cogumelos nucleares de fundo.
Uma Miss Bomba Atómica Fonte: Mega Curioso |
Nesta altura, Benny Binion, um magnata dos casinos, disse que "a bomba atómica foi a melhor coisa que podia ter acontecido a Las Vegas".
Com a receita dos turistas e também dos funcionários da base, que moravam na cidade, Las Vegas duplicou de tamanho entre 1950 e 1960.
Tudo corria bem em Las Vegas, mas o mesmo não se pode dizer de St. George, em Utah, ao nordeste da base, na direção oposta. O vento levava as cinzas nucleares na sua direção, e os seus moradores sofreram uma enorme incidência de cancros, que duraram até aos anos 1980.
O último teste a céu aberto aconteceu em 1962. Foram feitos 100 testes, graças aos quais Las Vegas começou como a cidade do cogumelo atómico e foi posta no rumo para se tornar na Cidade do Pecado.
Fonte: Aventuras na História
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