sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Rainha D. Estefânia

Rainha D. Estefânia

De nome completo Estefânia Josefa Frederica Guilhermina Antónia de Hohenzollern-Sigmaringen.

Nasceu no Castelo de Krauchenwies, na Alemanha, a 15 de julho de 1837.

D. Estefânia era a filha mais velha de D. Carlos António, príncipe de Hohenzollern-Sigmaringen e da princesa D. Josefina de Baden.

Cresceu com uma educação católica e no Palácio de Jägerhof, em Dusseldorf, quando o seu pai abdicou dos seus direitos ao principado.

Em 1855, foi apresentada na alta sociedade de Berlim.

Em 1857, o Governo português procurava uma esposa para D. Pedro V e lembraram-se da princesa D. Estefânia, que tinha exatamente a mesma idade que D. Pedro.

A 8 de julho de 1857, D. Estefânia foi informada qual seria o seu noivo, a 20 de outubro foi pedida em casamento condicionalmente pelo conde de Lavradio e a 15 de dezembro fez-se o pedido oficial.

O casamento aconteceu por procuração a 29 de abril de 1858, na Igreja de Santa Hedwing em Berlim.

A 3 de maio, D. Estefânia parte de Düsseldorf, chegando de comboio a Ostende, onde embarcou no barco a vapor "Mindelo" rumo a Plymouth, na Inglaterra. A corveta "Bartolomeu Dias" já estava à sua espera para a levar à sua nova pátria.

Chegou a Lisboa a 17 de maio de 1858. No dia seguinte, a 18 de maio, na Igreja de São Domingos, em Lisboa, a princesa casa-se com o rei D. Pedro V, tornando-se rainha consorte de Portugal.

Passaram a lua de mel em Sintra, onde terão passeado de braços dados pela serra repetidas vezes.

Juntamente com o marido, D. Estefânia fundou diversos hospitais e instituições de caridade, o que lhe deu uma grande popularidade entre os portugueses.

Faleceu aos 22 anos de idade, a 17 de julho de 1858, pouco depois do seu casamento, vitima de difteria, que teria contraído durante uma visita a Vendas Novas.

A morte da rainha abalou não só o rei mas o povo em geral.

O casal não teve filhos e diz uma lenda que tal se deveu a pedido da Rainha D. Maria Pia. Segundo essa lenda, a o casamento nunca tinha sido consumado.

Encontra-se no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa.



MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Moda da Época Vitoriana

Moda da Época Vitoriana
A Época Vitoriana, no Reino Unido, foi o período do reinado da Rainha Victória, de 1837 a 1901.

A moda vitoriana divide-se em dois momentos: Early Victorian e o Mid to Late Victorian.

O primeiro momento deu-se porque nessa altura a sociedade de consumo e por conta disso a burguesia estava com grande prestígio, eram os tempos da revolução industrial, consumo, comércio e desenvolvimento das ferrovias.

A silhueta adotada a partir de 1830, ao contrário da romântica, fez os ombros se estreitarem, a cintura baixou e as mangas desceram até ao pulso.

As mulheres seguiam à risca um padrão que determinava quais os estilos de vestidos deveriam ser usados em ocasiões específicas.

Haviam vestidos para bailes, assim como aqueles mais apropriados para jantares, caminhadas e até mesmo para cavalgar, haviam ainda os modelos para serem usados no campo.

Até as viúvas tinham um controlo de etiqueta, os vestidos pretos de luto deveriam ser utilizados apenas pelo período considerado ideal para esse tipo de ocasião.

Foi também na Era Vitoriana que as mulheres passaram a usar a crinolina (estrutura na imagem) como forma oficial de deixar os vestidos "armados". Esta armação forçou as mulheres da época a reaprender a fazer coisas simples como sentar e passar pelas portas.

Os corpetes também eram utilizados, como modeladores, eram utilizados extremamente apertados, com a intenção de deixar a coluna ereta e criar um visual de respeito. Esta peça de vestuário era utilizada por todas as mulheres da altura, incluindo as das classes mais pobres e prisioneiras.

Como acessório, era uma pequena bolsa de cetim bordada ou estampada ou buquês de flores.

As cores das roupas eram claras e o espartilho era considerado uma necessidade médica usado em versões juvenis, em crianças, a partir dos três anos.

Ao sair de casa as mulheres acrescentavam um xale pesado e uma grande touca adornada, podendo carregar até 15 quilos de roupa.

Os cabelos eram cacheados, olhos grandes e escuros, bocas pequenas e ombros caídos eram o ideal de beleza. As mulheres deveriam parecer uma mistura de criança e anjo.

Os sapatos eram sem salto, salvo exceções. Às vezes amarrados ao tornozelo como a sapatilha de uma bailarina e eram da mesma cor da roupa. Nas ruas podiam usar botas de tecido. As mulheres deveriam aparentar serem miúdas e terem pés pequenos, uma imitação da estrutura corporal da Rainha Vitória.

Por volta de 1862, o formato da saia passou a ser reto na frente e projetado para trás, as mangas em estilo pagode eram amplas e o pescoço enfeitado com golas muito altas em renda ou outro tecido delicado - roupa de dia. A roupa de noite tinha golas mais baixas e mangas mais curtas usadas com luvas curtas de renda ou luvas de tecido sem dedos e as saias possuíam maiores crinolinas que as saias de dia.

Era comum um tecido da mesma estampa ser usado para dois vestidos, um para o dia e outro para a noite.

A maior característica da moda vitoriana eram os vestidos que cobriam totalmente a parte inferior do corpo, ao contrário da Era Romântica onde pés ou calcanhares ficavam visíveis.

Entre 1840 e 1850 foram usados gorros que escondiam o rosto e o pescoço e que só permitiam a mulher olhar em frente. Nunca as mulheres estiveram tão vestidas, apenas o rosto era exposto.

Dado o vestuário, foi nesta altura que as primeiras mulheres começaram a reclamar das restrições das roupas e da saúde, tanto que fez surgir um tipo de calças folgadas ao estilo turco, chamadas de "bloomers" inventado pela ativista Amélia Bloomer Jenks, no entanto, a peça foi ridicularizada e a peça acabou sendo adaptada para as meninas e para a educação física feminina.

Na moda masculina, a grande influência foi o Príncipe Alberto, marido da Rainha Vitória. Os ombros e o peito eram cheios e a cintura minúscula. Surgiu para o homem, a roupa de trabalho, já que ele era o reflexo da sociedade produtiva. As roupas eram sóbrias e sérias, o homem omitia os enfeites, à exceção da gravata, da cartola, da barba e, normalmente, da corrente do relógio de bolso, que ficava aparente sobre o colete.

O segundo momento da Moda Vitoriana - Mid to Late Victorian, deu-se na década de 1860.

A silhueta tornou-se menor, incluindo os chapéus. Tecidos listrados e geométricos ficaram populares, as saias podiam ser assimétricas com bastante volume atrás.

Foi nesta altura que foi inventada a máquina de costura e revolucionou a fabricação de roupa, as pessoas começaram a ter máquinas em casa. Então as roupas da aristocracia e da burguesia ficaram cada vez mais semelhantes.

Em 1861, morre o Príncipe Alberto e a Rainha Victória mergulha em tristeza, vestindo de luto e não o tirando até ao fim da sua vida. A morte do Príncipe Alberto marca o início da segunda fase da Era Vitoriana: as cores escurecem, a moda vitoriana tornou-se na moda do luto extremo, o que contribuiu para essa cor se tornar mais aceite e digna para as mulheres.

O normal era usar-se o luto por dois anos, mas a Rainha Victória optou pelo luto permanente e muitas mulheres a imitaram.

Apareceu então, uma nova silhueta. As diversas camadas de saias foram substituídas por uma silhueta que ainda cobria extremamente o corpo, mas agora as saias foram varridas para trás, sendo justas e estreitas na frete e volumosas num amontoado de tecido atrás terminando em cauda.

Este look foi um sucesso pois mostrou mais as formas do corpo feminino. O espartilho tornou-se ainda mais rígido, restringindo ainda mais os movimentos.

No final dessa década, a crinolina foi reduzida a uma espécie de anca de arco de metal unidos por uma dobradiça, que se movimentava quando a mulher se sentava ou levantava.

Em 1870, a moda eram vestidos com cores vibrantes, usando o espartilho de outra cor ou tecidos diferentes nas saias, sendo um liso e outro estampado.

O chapéu ao estilo boneca dava lugar a chapéus pequenos, caídos sobre a testa,.

Em 1880, as mangas eram justas e a parte de cima do corpo era enfeitadas com babados cobrindo o ombro. A saia ficou com forma de trombeta, ainda com muito volume na parte de trás e a forma adquirida junto com os espartilhos era a forma de ampulheta. A anca passou a se projetar horizontalmente para trás.


MZ

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sábado, 22 de outubro de 2016

Morte de Hachiko

Morte de Hachiko

Foi um cão japonês conhecido como o cão fiel.

Nasceu a 10 de novembro de 1923 em Odate.

De raça Akita.

É ainda hoje lembrado pela sua lealdade ao seu dono e que durou mesmo após a morte do dono.

Em 1924 foi viver para Tóquio com o seu dono, Hidesaburõ Ueno, um professor da Universidade de Tóquio.

Hachiko acompanhava o seu dono desde a porta de casa até à estação de comboio de Shibuya, voltando no final do dia para o vir buscar.

A rotina durou até maio do ano seguinte, 1925, em que o dono não voltou como de costume. Ueno tinha sofrido um AVC na Universidade, no dia 21 de maio de 1925.

Depois da morte de Ueno, Hachiko foi viver com familiares do dono, que moravam em Asakusa, no leste de Tóquio. Mas ele fugiu várias vezes e voltou para a casa do seu dono, e depois de um ano, Hachiko ainda não se tinha habituado à sua casa nova, foi dado ao ex-jardineiro de Ueno que o conhecia desde bebé.

Hachiko fugiu várias vezes de casa do ex-jardineiro, ao perceber que Ueno não vivia mais na casa em que eles moravam, Hachiko passou a ir todos os dias à estação de Shibuya, da mesma forma como ele sempre fazia, e esperou que o seu dono voltasse para casa.

Todos os dias ele procurava Ueno entre os passageiros, saindo apenas quando sentia fome.

A figura permanente do cão à espera do dono atraiu atenção de muitos passageiros, ficaram tocados pela história e passaram a trazer petiscos e comida para aliviar o animal.

Durante dez anos, Hachiko aparecia ao final da tarde, precisamente no momento de desembarque do comboio na estação.

Em 1929, Hachiko contraiu um caso grave de sarna, que quase o matou, devido aos anos passados na rua, ele estava magro e com feridas de lutas com outros cães. Uma das suas orelhas já não se levantava e ele apresentava uma aparência miserável.

Ao envelhecer, tornou-se fraco e sofria de dirofilariose, um verme que ataca o coração.

Morreu na madrugada de 8 de março de 1935, com 11 anos de idade, deu o seu último suspiro numa rua lateral à estação de Shibuya.

Os seus ossos foram enterrados num canto da sepultura do professor Ueno, no Cemitério Aoyama, Tóquio. Para que ele finalmente reencontrasse o seu dono. 

A sua pele foi preservada e a sua figura empalhada pode ser vista no Museu Nacional de Ciências em Ueno.

A 21 de abril de 1934, uma estátua de bronze de Hachiko foi colocada na frente ao portão da bilheteira da estação de Shibuya, com um poema gravado num cartaz intitulado "Linhas para um cão leal".

Todos os anos, no dia 8 de março, ocorre uma cerimónia solene na estação de Shibuya. São centenas de pessoas que se reúnem em homenagem à lealdade e devoção de Hachiko.


MZ

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terça-feira, 18 de outubro de 2016

Rainha D. Maria II de Portugal

Rainha D. Maria II de Portugal

De nome Maria da Glória Joana Carlota Leopoldina da Cruz Francisca Xavier de Paula Isadora Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga.

Nascida a 4 de abril de 1819 no Paço de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, Brasil.

Foi a única monarca da Europa a nascer fora da Europa, embora ela tenha nascido em território português.

Era a filha mais velha de D. Pedro IV de Portugal (I do Brasil) e da sua primeira mulher a arquiduquesa Maria Leopoldina da Áustria.

O seu pai, D. Pedro, sobe ao trono português em março de 1826 como Pedro IV, no entanto, rapidamente abdicou a favor da sua filha D. Maria, que se tornou Rainha de Portugal e Algarves como D. Maria II, com apenas seis anos de idade.

D. Maria deixou o Rio de Janeiro a 5 de julho de 1828.

O Infante Miguel, seu tio paterno, deveria casar-se com D. Maria para reinar o país até ela ter idade para o fazer. Com dispensa papal, por procuração, a 29 de outubro de 1826 casou com o seu tio. No entanto, quando Miguel regressa a Portugal acaba por se fazer aclamar rei absoluto e o casamento nunca chega a realizar-se, o casamento foi dissolvido e anulado a 1 de dezembro de 1834.

Na Europa, D. Maria acaba por andar entre Inglaterra e França, mas os reis destes países não eram favoráveis às suas pretensões, de modo que regressou ao Brasil em 1829 com a sua madrasta D. Amélia de Beauharnais.

Em 1831, o então Imperador Pedro I do Brasil decide abdicar do trono brasileiro a favor do seu filho, D. Pedro II e resolve empenhar-se na luta contra D. Miguel, liderando a causa liberal.

Então, D. Pedro vai com D. Maria II para a Europa, conseguindo aí reunir os apoios financeiros necessários e organizar os liberais emigrados.

Em 1832, D. Pedro assume nos Açores a regência do trono português na qualidade de Duque de Bragança, aí ele prepara uma expedição militar que desembarcaria no norte de Portugal, dando início a uma guerra civil de dois anos que se prolongaria até à Convenção de Évora-Monte, em 1834.

Em 1833, quando já se adivinhava a vitória liberal, D. Pedro manda o Marquês de Loulé a Paris para trazer a sua filha. Em 1834, após a vitória dos liberais, D. Pedro morre e D. Maira II, com apenas 15 anos de idade é proclamada Rainha.

Na época que sobe ao trono, D. Maria II tem a seu cargo um país que se encontrava destroçada pelas invasões francesas e pela guerra civil, que acabavam por levá-lo a uma grande crise financeira.

D. Maria II casou-se em Munique (Alemanha) por procuração a 1 de dezembro de 1834 com o Príncipe Augusto de Beauharnais.

D. Maria ficaria viúva a 28 de março de 1835, Augusto morre de difteria, no Paço Real das Necessidades em Lisboa.

Surgem diversos candidatos para se casar com a jovem Rainha, aparecem de França, Nápoles, Alemanha e Sardenha.

D. Maria casa-se com o Príncipe Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha, sobrinho do Rei Leopoldo I dos belgas. O contrato foi assinado no fim de 1835. Meses depois, chegou o marido. Tinham-se casado em Coburgo por procuração a 1 de janeiro de 1936 e, em Lisboa, casam-se em pessoa, na Sé Patriarcal a 9 de abril de 1836. Juntos tiveram onze filhos.

D. Maria tem a sua primeira gravidez, aos 18 anos de idade. Enfrentou vários problemas para dar à luz, com trabalhos de parto prolongados e extremamente difíceis.

Na sua terceira gravidez o trabalho de parto duro 32 horas, sendo o bebé retirado com fórceps, era uma menina, batizada in articulo mortis com o nome de Maria (1840).

Na sua quinta gravidez, aos 25 anos, a Rainha tornou-se obesa e os seus partos tornaram-se ainda mais complicados.

As várias gravidezes sucessivas, mais a obesidade e a frequência de parto distócicos (dificuldade na evolução do trabalho de parto) levaram a que os médicos alertassem a Rainha sobre os riscos que corria.

Indiferente aos avisos, D. Maria II dizia: "Se morrer, morro no meu posto".

A 15 de novembro de 1853, depois de treze horas de trabalho de parto do natimorto infante D. Eugénio, o seu 11.º filho, D. Maria morre, aos 34 anos de idade.


"Paço das Necessidades, 15 de Novembro de 1853, à meia hora depois do meio dia.

Sua Magestade a Rainha começou a sentir annuncios do parto às nove horas e meia da noite de hontem. Appareceram difficuldades no progresso do mesmo parto, as quaes obrigaram os facultativos a recorrer a operações, pelas quaes se conseguiu a extracção de um Infante, de tempo, que recebeu o baptismo antes de extrahido.
O resultado destas operações teve lugar às dez horas da manhã. Desgraçadamente, passada hora e meia, Sua Magestade, exhausta de todas as forças, rendeo a alma a Deos, depois de haver recebido todos os sacramentos.
- Francisco Elias Rodrigues da Silveira. Dr. Kessler. Ignacio António da Fonseca Benevides. António Joaquim Farto. Manuel Carlos Teixeira."

D. Maria ficou conhecida como A Educadora. Deve-se a D. Maria bastantes reformas e melhoramentos respeitantes à instrução públicas como:
  • Criação de Liceus e Escolas Primárias;
  • A fundação das Escolas Médicas de Lisboa e Porto, da Escola Politécnico de Lisboa, da Academia Politécnica do Porto, do Instituto Agrícola e do Conservatório de Música;
  • Reorganizaram-se os correios e começaram a circular em Portugal os primeiros selos de correio;
  • Construíram-se, ainda estradas e pontes e iniciou-se a construção do primeiro troço de caminho-de-ferro.

D. Maria II encontra-se no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa.



MZ

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domingo, 16 de outubro de 2016

Tragédia de Hillsborough

Evidente sofrimento das pessoas junto às grandes do estádio de Hillsborough a 15 de abril de 1989


A 15 de abril de 1989, aconteceu em Inglaterra, a maior tragédia da história do futebol inglês.

Num jogo entre Liverpool e Nottingham Forest, na semifinal do Campeonato de Inglaterra no estádio de Hillsborough.

A superlotação de uma das alas do estádio levou à morte de 96 adeptos do Liverpool.

Este acidente foi encarado como a "gota de água" para que os problemas com o futebol fossem resolvidos.

A partida foi interrompida aos seis minutos da primeira parte para que os adeptos fossem socorridos no campo de jogo.

Curiosamente, em 1989, este estádio era dos poucos na Inglaterra considerados aptos para receber jogos de grande porte, como era o caso desta semifinal do Campeonato Inglês.

O Lorde Taylor de Gosforth foi designado para conduzir o inquérito sobre os motivos da tragédia.

As suas conclusões foram apresentadas no que ficou conhecido como o "Relatório Taylor". As principais causas apontadas para as mortes foram a falha do controlo policial sobre a multidão e as inadequadas instalações do estádio.

O relatório sugeriu algumas mudanças que foram prontamente atendidas. As principais diziam que os estádios não poderiam ter grandes ou separadores para separar o público do campo, além disso, todo o adepto que comprasse bilhete deveria ter uma cadeira para ver o jogo. As "gerais", áreas onde se via o jogo de pé, foram completamente abolidas.

Segundo a investigação, a tragédia aconteceu porque os adeptos do Liverpool com bilhete comprado não conseguiram entrar no estádio. Como foi dado o apito inicial, houve empurrões do lado de fora e um dos portões foi aberto.

A multidão dirigiu-se diretamente à ala central, onde não havia mais lugares. Os adeptos estavam junto às grades foram esmagados. No total, 96 adeptos morreram e centenas saíram feridos.

A data, 15 de abril, é uma data digna de respeito por parte do Liverpool.

O clube mantém no seu estádio, o Anfield Road, um memorial com os nomes dos 96 mortos na tragédia de Hillsborough. O local tem uma chama que nunca se apaga, em respeito aos que perderam as suas vidas.

A partida que devia ter sido disputada no dia da tragédia, foi realizado no dia 7 de maio, no Old Trafford, em Manchester, com a vitória do Liverpool, que viria a se sagrar vencedor da competição mais tarde.



MZ

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sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Construção de uma Estrada Romana

Ilustração de uma Construção de uma Estrada Romana

As estradas eram importantes para Roma mesmo antes dos seus habitantes começarem a construir estradas novas.

A cidade surgiu onde rotas antigas convergiam, no único vau existente no curso inferior do rio Tibre.

De acordo com documentos antigos, para melhorar as estradas que encontraram, os romanos imitaram os cartagineses.

As antigas estradas eram de difícil circulação, pois eram poeirentas na estação seca e lamacentas na chuvosa. Os romanos com frequência construíam as suas estradas em cima destas trilhas.

As estradas romanas foram cuidadosamente projetadas e construídas para serem sólidas, úteis e bonitas.

O ideal era que ligassem o ponto de partida ao destino pelo trajeto mais curto possível, o que explica o motivo de muitas terem longos trajetos retos. No entanto, muitas vezes as estradas tinham que acompanhar os contornos do terreno.

Quando possível, em áreas íngremes e montanhosas, os engenheiros romanos construíam as estradas na horizontal, na metade das elevações, no lado da montanha que tinha sol. Para os utilizadores, essa posição minimizava as inconveniências causadas por um tempo ruim.

Para a construção, os romanos primeiro definiam o trajeto da estrada, tarefa que era confiada aos topógrafos da época. Então, o trabalho pesado de cavar ficava com legionários, trabalhadores ou escravos.

Escavavam-se duas valas paralelas. A distância mínima entre as duas valas era de uns dois metros e meio, mas normalmente era de quatro metros, sendo ainda maior nas curvas.

A largura de uma estrada pronta podia ser de até dez metros, incluindo as passagens para pedestres nos dois lados.

A terra entre as duas valas era retirada, formando um buraco. Uma vez que se alcançasse uma base sólida, o espaço vazio era cheio com três ou quatro camadas de diferentes materiais.

A primeira podia ser de pedras grandes ou entulho. Então viriam pedras menores ou achatas, talvez ligadas por argamassa. Em cima, colocava-se cascalho compacto ou pedra britada.

A superfície das estradas era abaulada ou convexa, sendo um pouco mais alta no centro, o que facilitava o escoamento da água da chuva da parte central para as sarjetas nas laterais.

Construir as estradas desta maneira contribuiu para a durabilidade das mesmas e possibilitou que algumas delas perdurassem até hoje.

As estradas romanas eram utilizadas por soldados e comerciantes, pregadores e turistas, atores e gladiadores.

Os que viajavam a pé podiam percorrer por volta de 25 a 30 km por dia. Os viajantes podiam obter informações sobre distâncias por consultarem os marcos miliários. Essas pedras de vários formatos, geralmente cilíndrico, ficavam posicionadas a cada 1.479,5 metros (o comprimento de uma milha romana).

Também haviam postos para descanso onde os viajantes podiam trocar de cavalo, compra algo para comer ou, em certos casos, pernoitar. Alguns desses pontos de serviço transformaram-se em pequenas cidades.



MZ

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quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Bastidores do Videoclip da Música Thriller

Bastidores do Videoclip da Música Thriller de Michael Jackson

"Thriller" foi uma música lançada em 1984 pelo cantor e compositor Michael Jackson.

O videoclip custou meio milhão de dólares, na altura, foi o video mais caro já até aí feito.

A personagem feminina do videoclip (na imagem) era Ola Ray, uma ex-coelhinha da Playboy.

Michael Jackson convidou o cineasta John Landis para dirigir o videoclip.

O álbum "Thriller" é o álbum mais vendido de todos os tempos, já vendeu mais de 100 milhões de cópias.

Videoclip de "Thriller":



MZ

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segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Simulador de Voo


Simulador de Voo em 1942



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sábado, 8 de outubro de 2016

Casamento da Rainha Victoria do Reino Unido

A Rainha Victoria e o Príncipe Alberto no dia do seu casamento


A já Rainha Vitória do Reino Unido pediu o príncipe Alberto em casamento no dia 15 de outubro de 1839.

O Príncipe Alberto deu à Rainha um anel de noivado, algo que não era comum na época, ele então lançou esta moda que perdura até aos dias de hoje.

Casaram-se a 10 de fevereiro de 1840, na Capela Real do Palácio de St. James, em Londres.

Victória estava apaixonada. Passou a primeira noite de casamento de cama com uma dor de cabeça, mas escreveu no seu diário:

-"NUNCA, NUNCA passei uma noite assim!!! O MEU QUERIDO, QUERIDO, QUERIDO Alberto (...) o seu grande amor e afecto fizeram-me sentir num paraíso de amor e felicidade que nunca pensei alguma vez sentir! Segurou-me nos seus braços e beijamo-nos uma e outra e outra vez! A sua beleza, a sua doçura e gentileza - como posso agradecer vezes suficientes ter um marido assim! (...) ser chamada por nomes ternurentos, que nunca me chamaram antes - foi uma bênção inacreditável! Oh! Este foi o dia mais feliz da minha vida!"

Deste casamento nasceram nove filhos, a Rainha detestava estar grávida, achava que a amamentação era repugnante e achava os recém-nascidos feios.


MZ

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quinta-feira, 6 de outubro de 2016

"Ensaio" de Hitler

Hitler ensaiando o seu discurso em 1925
Foto: Heinrich Hoffmann


Hitler ensaiava os seus discursos assim como os gestos a fazer durante os mesmos, de maneira a entusiasmar aquem o ouviam.

Esta imagem foi registada numa série de fotos pela fotógrafo alemão Heinrich Hoffmann.

Hitler chegou a pedir ao fotógrafo para destruir os negativos destas imagens, mas o seu desejo não foi atendido.

As fotos foram tiradas em 1925, após Hitler deixar a prisão de Landsberg, na Baviera. Oito anos depois, ele chegaria ao poder na Alemanha, em 1933.

Esta imagem e outras foram publicadas no livro com memórias de Hoffmann "Hitler Was My Friend", ou em português "Hitler Foi Meu Amigo", de 1955.



MZ

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terça-feira, 4 de outubro de 2016

Henrique VIII de Inglaterra

Henrique VIII de Inglaterra

Nasceu a 28 de junho de 1491, no Palácio de Placentia, Londres na Inglaterra.

Terceiro filho de Henrique VII e de Isabel de Iorque.

Sendo o terceiro filho, o trono era destinado ao primogénito, então Henrique não fora preparado para ser rei. A sua educação o levava a uma vida dedicada ao clero.

Com a morte do irmão, Artur, em 1502, fez de Henrique, com dez anos, o novo Príncipe de Gales.

Sete anos depois, morre o pai, recebeu uma autorização papal para se casar com a viúva do irmão, Catarina de Aragão. A nobre espanhola tinha garantido que o matrimónio com Artur não tinha sido consumado, ela dizia que Artur era doente demais para fazer qualquer coisa no leito real.

Henrique VIII e Catarina de Aragão foram coroados Reis de Inglaterra a 24 de junho de 1509.

É conhecido como fundador da Igreja Anglicana. As suas lutas contra Roma levou à renúncia de Inglaterra à autoridade Papal, a Dissolução dos Mosteiros e o seu próprio estabelecimento como Chefe Supremo da Igreja de Inglaterra.

Aos 45 anos, Henrique era um notório hipocondríaco, fanático por elixires e fármacos.

Tinha um temperamento explosivo, tendo tido vários problemas de confiança, que não demoraram a manifestar-se assim que subiu ao trono.

Foi casado seis vezes:

  • Catarina de Aragão - o casamento durou 18 anos, antes do Rei pedir o divórcio devido à Rainha ter uma "falha em produzir um herdeiro homem".
    Como a Igreja Católica não reconheceria a sua separação, Henrique acabou por emancipar a Igreja Anglicana de Roma.
    Catarina terá engravidado seis vezes, mas só uma bebé sobreviveu ao parto, a bebé se tornaria em Maria I de Inglaterra.
  • Ana Bolena - A segunda esposa também não conseguiu gerar um filho do sexo masculino, dando-lhe outra filha, a que se tornaria em Elizabeth I de Inglaterra.
    Ana foi odiada por muita gente e depois de ter abortado, foi acusada de adultério e incesto e fora condenada e decapitada na Torre de Londres em 1536.
    Foi morta com uma espada e não com um machado, devido ao facto de querer morrer de cabeça erguida.
  • Jane Seymour - Ficou noiva de Henrique VIII um dia depois da execução de Ana Bolena, casando-se 10 dias depois.
    Foi a única a dar um filho homem a Henrique, este seria o Rei Eduardo VI de Inglaterra. Jane morreu devido a complicações do parto.
    Foi também a única mulher de Henrique a ter um funeral de Rainha.
  • Anne de Cleves - O Rei decidiu-se casar com Anne depois de ver uma pintura dela. Era uma Princesa alemã e tinha metade da idade do Rei, e aos 24 anos de idade não falava uma palavra de inglês.
    O casamento durou apenas seis meses, pois o Rei não gostou de ver a Princesa ao vivo.
  • Catherine Howard - Era também prima em 1.º grau da segunda esposa do Rei, Ana Bolena e teve o mesmo fim, decapitada na Torre de Londres, por traição.
    Casou-se com Henrique apenas três semanas depois do divórcio de Henrique com Anne, foi Rainha durante dois anos. 
  • Catherine Parr - Foi a última mulher de Henrique, e também ela já tinha sido casada antes, duas vezes, e era apaixonada por outro homem da Corte, o Barão Thomas Seymour, mas não pôde recusar a proposta do rei.
    Quando ficou viúva do Rei, em 1547, casou-se com Seymour, mas acabou por morrer no parto em 1548.

No fim da sua vida, Henrique tornou-se obeso, tinha uma cintura que media 140 cm e precisava mover-se com ajuda de invenções mecânicas.

A obesidade de Henrique acelerou a sua morte aos 55 anos de idade, a 28 de janeiro de 1547, no Palácio de Whitehall, na Inglaterra.

As suas supostas últimas palavras terão sido: "Monges! Monges! Monges!".

Foi velado no Mosteiro de Sião, no caminho para a Capela de São Jorge, no Castelo de Windsor.

Foi enterrado numa sepultura na Capela de São Jorge ao lado de Joana Seymour.


MZ

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domingo, 2 de outubro de 2016

A Primeira Skater

A Primeira Skater - Patti McGee em 1965

Nasceu em Ocean Beach, na Califórnia (EUA) a 23 de agosto de 1945.

Foi a primeira mulher a tornar-se skater profissional, em 1965, no mesmo ano foi capa da Revista Life.

É o maior ícone do skate feminino de todos os tempos.

Antes de andar de skate praticou surf.

Aos 19 anos, em 1965, Patti venceu o Campeonato Nacional nos EUA mas como precisava ganhar dinheiro, aceitou o convite para viajar pela Hobie Skates - Vita Pak, sendo, assim, a primeira mulher a tornar-se skater profissional.

A skater viajou por todo o país, a mostrar skates e aparecendo em programas de televisão, numa digressão durante um ano, até que a sua popularidade caiu.

A 4 de dezembro de 2010, Patti McGee foi a primeira mulher a entrar para o "Skateboard Hall of Fame" da "International Association of Skateboard Companies".


MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.