segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Moda da Época Vitoriana

Moda da Época Vitoriana
A Época Vitoriana, no Reino Unido, foi o período do reinado da Rainha Victória, de 1837 a 1901.

A moda vitoriana divide-se em dois momentos: Early Victorian e o Mid to Late Victorian.

O primeiro momento deu-se porque nessa altura a sociedade de consumo e por conta disso a burguesia estava com grande prestígio, eram os tempos da revolução industrial, consumo, comércio e desenvolvimento das ferrovias.

A silhueta adotada a partir de 1830, ao contrário da romântica, fez os ombros se estreitarem, a cintura baixou e as mangas desceram até ao pulso.

As mulheres seguiam à risca um padrão que determinava quais os estilos de vestidos deveriam ser usados em ocasiões específicas.

Haviam vestidos para bailes, assim como aqueles mais apropriados para jantares, caminhadas e até mesmo para cavalgar, haviam ainda os modelos para serem usados no campo.

Até as viúvas tinham um controlo de etiqueta, os vestidos pretos de luto deveriam ser utilizados apenas pelo período considerado ideal para esse tipo de ocasião.

Foi também na Era Vitoriana que as mulheres passaram a usar a crinolina (estrutura na imagem) como forma oficial de deixar os vestidos "armados". Esta armação forçou as mulheres da época a reaprender a fazer coisas simples como sentar e passar pelas portas.

Os corpetes também eram utilizados, como modeladores, eram utilizados extremamente apertados, com a intenção de deixar a coluna ereta e criar um visual de respeito. Esta peça de vestuário era utilizada por todas as mulheres da altura, incluindo as das classes mais pobres e prisioneiras.

Como acessório, era uma pequena bolsa de cetim bordada ou estampada ou buquês de flores.

As cores das roupas eram claras e o espartilho era considerado uma necessidade médica usado em versões juvenis, em crianças, a partir dos três anos.

Ao sair de casa as mulheres acrescentavam um xale pesado e uma grande touca adornada, podendo carregar até 15 quilos de roupa.

Os cabelos eram cacheados, olhos grandes e escuros, bocas pequenas e ombros caídos eram o ideal de beleza. As mulheres deveriam parecer uma mistura de criança e anjo.

Os sapatos eram sem salto, salvo exceções. Às vezes amarrados ao tornozelo como a sapatilha de uma bailarina e eram da mesma cor da roupa. Nas ruas podiam usar botas de tecido. As mulheres deveriam aparentar serem miúdas e terem pés pequenos, uma imitação da estrutura corporal da Rainha Vitória.

Por volta de 1862, o formato da saia passou a ser reto na frente e projetado para trás, as mangas em estilo pagode eram amplas e o pescoço enfeitado com golas muito altas em renda ou outro tecido delicado - roupa de dia. A roupa de noite tinha golas mais baixas e mangas mais curtas usadas com luvas curtas de renda ou luvas de tecido sem dedos e as saias possuíam maiores crinolinas que as saias de dia.

Era comum um tecido da mesma estampa ser usado para dois vestidos, um para o dia e outro para a noite.

A maior característica da moda vitoriana eram os vestidos que cobriam totalmente a parte inferior do corpo, ao contrário da Era Romântica onde pés ou calcanhares ficavam visíveis.

Entre 1840 e 1850 foram usados gorros que escondiam o rosto e o pescoço e que só permitiam a mulher olhar em frente. Nunca as mulheres estiveram tão vestidas, apenas o rosto era exposto.

Dado o vestuário, foi nesta altura que as primeiras mulheres começaram a reclamar das restrições das roupas e da saúde, tanto que fez surgir um tipo de calças folgadas ao estilo turco, chamadas de "bloomers" inventado pela ativista Amélia Bloomer Jenks, no entanto, a peça foi ridicularizada e a peça acabou sendo adaptada para as meninas e para a educação física feminina.

Na moda masculina, a grande influência foi o Príncipe Alberto, marido da Rainha Vitória. Os ombros e o peito eram cheios e a cintura minúscula. Surgiu para o homem, a roupa de trabalho, já que ele era o reflexo da sociedade produtiva. As roupas eram sóbrias e sérias, o homem omitia os enfeites, à exceção da gravata, da cartola, da barba e, normalmente, da corrente do relógio de bolso, que ficava aparente sobre o colete.

O segundo momento da Moda Vitoriana - Mid to Late Victorian, deu-se na década de 1860.

A silhueta tornou-se menor, incluindo os chapéus. Tecidos listrados e geométricos ficaram populares, as saias podiam ser assimétricas com bastante volume atrás.

Foi nesta altura que foi inventada a máquina de costura e revolucionou a fabricação de roupa, as pessoas começaram a ter máquinas em casa. Então as roupas da aristocracia e da burguesia ficaram cada vez mais semelhantes.

Em 1861, morre o Príncipe Alberto e a Rainha Victória mergulha em tristeza, vestindo de luto e não o tirando até ao fim da sua vida. A morte do Príncipe Alberto marca o início da segunda fase da Era Vitoriana: as cores escurecem, a moda vitoriana tornou-se na moda do luto extremo, o que contribuiu para essa cor se tornar mais aceite e digna para as mulheres.

O normal era usar-se o luto por dois anos, mas a Rainha Victória optou pelo luto permanente e muitas mulheres a imitaram.

Apareceu então, uma nova silhueta. As diversas camadas de saias foram substituídas por uma silhueta que ainda cobria extremamente o corpo, mas agora as saias foram varridas para trás, sendo justas e estreitas na frete e volumosas num amontoado de tecido atrás terminando em cauda.

Este look foi um sucesso pois mostrou mais as formas do corpo feminino. O espartilho tornou-se ainda mais rígido, restringindo ainda mais os movimentos.

No final dessa década, a crinolina foi reduzida a uma espécie de anca de arco de metal unidos por uma dobradiça, que se movimentava quando a mulher se sentava ou levantava.

Em 1870, a moda eram vestidos com cores vibrantes, usando o espartilho de outra cor ou tecidos diferentes nas saias, sendo um liso e outro estampado.

O chapéu ao estilo boneca dava lugar a chapéus pequenos, caídos sobre a testa,.

Em 1880, as mangas eram justas e a parte de cima do corpo era enfeitadas com babados cobrindo o ombro. A saia ficou com forma de trombeta, ainda com muito volume na parte de trás e a forma adquirida junto com os espartilhos era a forma de ampulheta. A anca passou a se projetar horizontalmente para trás.


MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

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