segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

A Visitar: Castelo de Torres Vedras

Castelo de Torres Vedras - Torres Vedras
O Castelo de Torres Vedras localiza-se na freguesia de Santa Maria do Castelo e São Miguel, em Torres Vedras.

Encontra-se em posição dominante sobre um monte escarpado e íngreme, envolvido pela malha urbana e por arborização.

O Castelo apresenta os estilos góticos e manuelino e é constituído por uma cintura de muralhas apresentando planta ovalada, pela Igreja de Santa Maria do Castelo e pela alcáçova, de planta quadrada irregular.

A ocupação humana deste local leva-nos até à Invasão romana da Península Ibérica, conforme o demonstram diversos testemunhos arqueológicos, como lápides, moedas e outros artefactos, que se encontram no Museu Municipal.

Terão sido os Muçulmanos a reedificar o Castelo.

Na época da Reconquista Cristã da Península Ibérica, no contexto da sequência de Santarém, em 1147, a fortificação de Torres Vedras foi tomada em 1148 pelas forças de D. Afonso Henriques.

No ano seguinte, o Rei D. Afonso Henriques doou os domínios da povoação e o seu castelo a D. Fuas Roupinho, nobre a quem se atribuiu a reconstrução e reforço das muralhas da fortificação.
D. Afonso Henriques, Rei de Portugal
Mais tarde, no reinado de D. Dinis, este reforçou e ampliou as defesas e no reinado de D. Fernando I reparou-se a cerca da vila.
D. Dinis, Rei de Portugal (esquerda) e D. Fernando I, Rei de Portugal (direita)
A povoação e o seu castelo constituíram-se em residência temporária de diversos reis de Portugal, entre os quais D. João I, o qual reuniu aqui o Concelho para decidir sobre a conquista de Ceuta, marco inicial dos Descobrimentos portugueses.
D. João I, Rei de Portugal
Já no reinado de D. Manuel I, a vila recebeu o Foral Novo, em 1510, tendo o soberano lhe determinado obras de reconstrução nas defesas, das quais são testemunhos a Porta em arco ogival, encimado pelas armas do soberano ladeadas por esferas armilares com a Cruz de Cristo.
Portão de Armas com as Armas de D. Manuel I - Castelo de Torres Vedras
Durante a Dinastia Filipina, forças sob o comando de D. António, Prior do Crato, desembarcado em Peniche pela armada de Sir Francis Drake, marchando sobre Lisboa, chegaram a tomar o Castelo de Torres Vedras, em 1589, sendo, entretanto, desalojadas em seguida por Manuel Martins Soares e pelo Capitão António Pereira, quase sem resistência, obrigando D. António a retornar ao exílio.
D. António, Rei de Portugal, conhecido como Prior do Crato
O terramoto de 1755 causou o desmoronamento das edificações internas do castelo, bem como do remate das suas muralhas. Em 1790, a Câmara Municipal terá deixado de arrendar a área junto às muralhas do castelo para sementeira, devido ao adiantado estado de ruína da mesma.

Durante a Guerra Peninsular, o antigo castelo medieval via a sua posição a ser revalorizada quando da construção das chamadas Linhas de Torres. À época a sua estrutura foi reaproveitada para a instalação da artilharia e as suas dependências utilizadas.

Posteriormente, durante as Guerras Liberais, foram reconstruídos os troços da muralha a leste e alguns torreões do lado norte. Utilizado como quartel das tropas sob o comando do Conde de Bonfim, foi bombardeado em dezembro de 1846 pelas tropas do Marechal Saldanha, o que acarretou a explosão do paiol de pólvora e a sua consequente rendição.

Em 1866, o troço da muralha do lado da rua dos Polomés foi repara por soldados sapadores.

Entregue à Câmara Municipal de Torres Vedras por auto de 11 de julho de 1940, recebeu algumas obras de restauro, em 1947, vindo a ser classificado como Imóvel de Interesse Público por Decreto publicado a 18 de julho de 1957.

A visitar

Horário:
  • Setembro a maio: terça-feira a domingo das 10h00 às 18h00
  • Junho a agosto: terça-feira a domingo das 10h00 às 19h00
  • Encerra a 1 de janeiro, domingo e terça-feira de Carnaval, domingo de Páscoa, 1 de maio, 24 e 25 de dezembro.

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

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