sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

A Dama de Ferro

Margaret Thatcher
Margaret Hilda Thatcher nasceu a 13 de outubro de 1925, em Grantham, na Inglaterra.

Margaret estudou em Oxford em 1943, a única faculdade que aceitava mulheres na altura, após abrir uma vaga depois de outra candidata ter desistido. Graduou-se em 1947 com honras de segunda classe, nos quatro anos de licenciatura em Bacharelado de Ciência em Química, especializando-se em cristalografia de raios X.

Não se dedicou a 100% à química, pois só pretendia ser uma química por um curto período de tempo. Mesmo quando trabalhava nesta área, já pensava em leis e política.

Foi Primeira-Ministra do Reino Unido de 1979 e 1990 e Líder da Oposição de 1975 e 1979.

Foi a Primeira-Ministra com o maior período no cargo durante o séc. XX e a primeira mulher a ocupá-lo.

Tornou-se Primeira-Ministra a 4 de maio de 1979. Quando chegou a 10 Downing Street, ela terá dito a oração:
     Onde houver discórdia, que eu leve a união;
     Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
     Onde houver erro, que eu leve a verdade;
     Onde houver desespero, que eu leve a esperança.

Em 1976, Margaret fez um discurso sobre política externa em que criticou a União Soviética por procurar "domínio mundial". Intitulado de "Britain Awake", o jornal do exército soviético Estrela Vermelha refutou a sua postura numa peça chamada "Dama de Ferro Aumenta os Medos" pelo capitão Yuri Gavrilov.

A alcunha "Dama de Ferro" seguiu Margaret Thatcher ao longo da sua carreira política e tornou-se um apelido para algumas mulheres na política. As suas políticas ficaram conhecidas como Thatcherismo.

Após sair da Câmara dos Comuns, Margaret tornou-se a primeira ex-líder do governo britânico a criar uma fundação. A ala britânica da Fundação Margaret Thatcher foi dissolvida em 2005 devido a dificuldades financeiras.

Em agosto de 1992, Margaret pediu que a OTAN impedisse o ataque sérvio a Gorazde e Sarajevo para acabar com a limpeza étnica durante a Guerra da Bósnia. Comparou a situação na Bósnia e Herzegovina aos "piores excessos dos nazis" e advertiu que poderia haver um "holocausto".

Escreveu dois volumes de memórias: "The Downing Street Years", em 1993 e "The Path to Power", em 1995.
Livro "The Downing Street Years", de 1993
Livro "The Path to Power", de 1995
Nas eleições gerais de 2001, Margaret Thatcher apoiou a campanha conservadora, como em 1992 e 1997, e endossou Iain Duncan Smith para a liderança do partido.

Em 2002, encorajou George W. Bush a enfrentar agressivamente o "negócio inacabado" do Iraque sob Saddam Hussein, e elogiou Blair pela sua "liderança forte e atrevida" ao apoiar Bush na Guerra do Iraque.

Ainda em 2002, Margaret publicou o livro "Statecraft: Strategies for a Changing World", dedicando-o a Ronald Reagan e escrevendo que não haveria paz no Oriente Médio até que Saddam Hussein fosse derrubado. Também escreveu que Israel devera negociar terras pela paz e que a União Europeia era "fundamentalmente irreformável", "um projeto utópico clássico, um monumento à vaidade dos intelectuais, um programa cujo destino inevitável é o fracasso". Margaret argumentou que o Reino Unido deveria renegociar os seus termos de adesão ou deixar a União Europea e se juntar ao Tratado Norte-Americano de Livre Comércio.
Livro "Statecraft: Strategies for a Changing World", de 2002
Após sofrer vários pequenos derrames, recebeu a recomendação dos seus médicos para não falar mais em público. Em março de 2002, anunciou que, por conselho médico, cancelaria todos os discursos planeados e não aceitaria mais nenhum outro.

Um ano depois, a 26 de junho de 2003, o seu esposo Denis faleceu aos 88 anos, vítima de cancro do pâncreas.
Margaret Thatcher com o marido, Denis
A 11 de junho de 2004, Margaret, contrariando recomendações médicas, compareceu ao funeral de Estado de Ronald Reagan. Ela enviou um tributo em vídeo que, devido à sua saúde, foi pré-gravado vários meses antes. Thatcher foi para a Califórnia com a comitiva e participou do serviço fúnebre e cerimónia de enterro na Biblioteca Presidencial Ronald Reagan.

Em 2005, criticou a forma como a decisão de invadir o Iraque foi feita dois anos antes. Embora ainda apoiasse a intervenção para derrubar Saddam Hussein, ela disse que como cientista sempre procuraria "factos, evidências e provas", antes de usar as forças armadas.

Ainda em 2005, celebrou o seu 80º aniversário, com uma festa com 650 convidados no hotel Mandarin Oriental Hyde Park, em Londres. Entre os convidados estavam a Rainha, o Duque de Edmburgo, a Princesa Alexandra e Tony Blair.

Em 2005 foi revelado pela sua filha, Carol, que Margaret tinha demência e que tinha perdas de memória. Carol revelou que era-lhe doloroso ter que contar à mãe repetidamente que o seu marido Denis tinha morrido.

Em 2006, Thatcher participou nos eventos oficiais realizados em Washington, D.C. para lembrar o 5.º aniversário dos ataques de 11 de setembro contra os EUA.

Em fevereiro de 2007, tornou-se a primeira Primeira-Ministra britânica a ser homenageada em vida com uma estátua no Palácio de Westminster, sede de ambas as casas do parlamento inglês. A estátua feita em bronze, foi colocada em frente à do seu herói politico, Sir Winston Churchill, e foi revelada a 21 de fevereiro de 2007 com a presença de Margaret.

Depois de colapsar num jantar da Câmara dos Lordes, Thatcher, tendo sofrido de pressão arterial baixa, deu entrada no Hospital St. Thomas no centro de Londres, em março de 2008 para exames.

Em 2009, foi hospitalizada novamente quando caiu e partiu um braço. Voltou ao 10 Downing Street no final de novembro de 2009 para a revelação do retrato oficial feito pelo artista Richard Stone, uma honraria incomum para uma antiga Primeira-Ministra viva.
Margaret Thatcher com o retrato feito por Richard Stone
Faleceu a 8 de abril de 2013, aos 87 anos de idade, depois de sofrer um AVC, no Hotel Ritz em Londres, onde estava desde dezembro de 2012 depois de ter dificuldades com as escadas da sua casa em Chester Square.

Recebeu um funeral cerimonial, incluindo honras militares completas, com um serviço religioso na Catedral de São Paulo a 17 de abril.
Funeral de Margaret Thatcher
A Rainha Isabel II e o seu marido participaram no funeral, sendo apenas a segunda vez que Isabel compareceu ao funeral de um dos Primeiros-Ministros que ocuparam o cargo durante o seu reinado.

Após a cerimónia fúnebre, o corpo de Margaret Thatcher foi cremado no Mortlake Crematorium, onde o seu marido tinha sido também cremado.

A 28 de setembro de 2013, as suas cinzas foram enterradas nos terrenos do Royal Hospital Chelsea, ao lado das do seu marido.


As frases de Margaret Thatcher

- "Entrei no governo com um objetivo: transformar o país, de uma sociedade dependente numa sociedade autocofiante, de uma nação 'dê para mim' numa nação 'faça você mesmo'."

- "Se quer que digam algo peça a um homem. Se quer que façam algo, peça a uma mulher."

- "Ser poderoso é como ser uma dama. Se você tem de dizer às pessoas que você é, você não é."

- "Tentar curar a doença britânica com socialismo era como tentar curar leucemia com sanguessugas."

- "Não existe essa coisa de sociedade. Existem indivíduos, homens e mulheres, e existem as famílias."

- "Ninguém se lembraria do Bom Samaritano se ele tivesse apenas boas intenções. Ele tinha dinheiro também."

Assinatura de Margaret Thatcher


MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

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