Juana Barraza Fonte: Mega Curioso |
Juana Barraza nasceu em Epazoyucan, uma área rural a norte da Cidade do México. A sua mãe era uma alcoólica que a trocou por três cervejas com um homem que a violou repetidamente sob os seus cuidados e de quem engravidou de um filho.
Juana teve quatro filhos, o seu filho mais velho terá morrido devido a ferimentos sofridos durante um assalto.
Juana era uma lutadora profissional com o nome de ringue de "La Dama del Sijencio" (PT: "A Dama do Silêncio"). Ela tinha um forte interesse em luta livre.
Juana Barraza como "La Dama del Sijencio" Fonte: Facebook |
Foi condenada a 759 anos de prisão por matar entre 42 a 48 mulheres idosas. O seu primeiro assassinato, a si atribuído, foi datado no final dos anos 90. As autoridades e a imprensa fizeram várias estimativas quanto ao número total de assassinatos, vítimas, com estimativas que variam de 24 a 49 mortes.
Todas as suas vítimas eram mulheres com 60 ou mais anos, muitas das quais moravam sozinhas. Espancava-as ou estrangulava as vítimas antes de as roubar.
Bernardo Bátiz, o promotor chefe na Cidade do México, inicialmente considerou o assassino como tendo uma "mente brilhante, (sendo) bastante inteligente e cuidadoso" e sugeriu que o assassino provavelmente atacou depois de ganhar a confiança das vítimas. Os oficiais de investigação suspeitaram que o assassino se apresentava como um funcionário do governo, oferecendo às vítimas a possibilidade de se inscreverem em algum programa de assistência social.
A procura por Juana Barraza foi complicada por evidências conflitantes. A polícia levantou a hipótese de que dois assassinos poderiam estar envolvidos. Uma estranha coincidência também distraiu a investigação, pelo menos três das vítimas de Juana possuíam uma impressão de uma pintura do séc. XVIII do artista francês Jean-Baptiste Greuze "Menino num colete vermelho".
As autoridades acreditavam que o assassino era brilhante porque era um psicopata que não sentia remorso. Além disso, Juana associou as suas vítimas idosas à mãe e acreditava que estava a ajudar a sociedade a matá-las.
Para ganhar a confiança das vítimas realmente Juana apresentava-se como uma autoridade do governo que trabalhava para o bem-estar social.
As autoridades foram fortemente criticas pela imprensa por descartarem as provas da existência de um serial killer na Cidade do México e tratarem do assunto como se fosse "sensacionalismo da imprensa" até ao verão de 2005.
Em novembro de 2005, as autoridades mexicanas acreditavam perante as testemunhas que o assassino usava roupas femininas para obter acesso aos apartamentos das vítimas. Num caso, uma mulher grande de blusa vermelha foi vista saindo de casa de uma mulher assassinada. Dois meses depois, a polícia começou a verificar as impressões digitais nos corpos das morgues da cidade, na esperança de que o assassino teria cometido suicídio.
Para surpresa de muitos mexicanos, que supunham que o assassino era um homem, Juana Barraza foi presa, aos 48 anos. Testemunhas das cenas de crime anteriores descreviam uma mulher com aparência masculina e a polícia já tinha investigado um travesti.
Os promotores da Cidade do México disseram que as provas das impressões digitais ligavam Juana a pelo menos 10 assassinatos, dos 40 atribuídos ao serial killer. Dize que Juana terá confessado o assassinato de um homem de 82 anos, Alfaro, e de outras três mulheres, mas negou o envolvimento em todos os outros crimes.
Foi julgada na primavera de 2008, a acusação alegava que Juana era responsável por até 40 mortes. Juana admitiu um assassinato, o de Alfaro, e disse à polícia que o seu motivo era o ressentimento persistente em relação ao tratamento que a sua mãe lhe dava.
A 31 de março, foi considerada culpada por 16 acusações de assassinato e roubo agravado, incluindo 11 acusações separadas de assassinato.
Foi condenada a 759 anos de prisão - Mas como as sentenças impostas nos tribunais mexicanos geralmente são cumpridas simultaneamente, mas a sentença máxima sob a lei mexicana é de 60 anos, ela provavelmente cumprirá a sentença completa na prisão.
MZ
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