terça-feira, 30 de novembro de 2021

Elin Wägner com as Assinaturas de Mulheres pelo Direito ao Voto

 

Elin Wägner com as assinaturas de mulheres pelo direito ao voto
Fonte: Facebook - Ventre Feminista

Elin Wägner nasceu em Lund, na Suécia a 16 de maio de 1882.

Elin Wägner
Fonte: Wikimedia Commons

Foi uma escritora, jornalista, feminista, professora, ecologista e pacifista sueca.

Os seus livros concentram-se nos assuntos de emancipação das mulheres, direitos civis, votos para as mulheres, movimento de paz, bem-estar e poluição ambiental.

É mais conhecida pelo seu compromisso com o movimento sufrágio feminino na Suécia, Associação Nacional para o Sufrágio Feminino, por fundar a organização sueca Rädda Barnen e por desenvolver a escola cidadã feminina em Fogelstad, onde também era professora de direitos civis.

Ao lado de Fredrika Bremer, Wägner é frequentemente vista como a pioneira feminista mais importante e influente na Suécia.

Foi editora de lançamento da revista política semanal "Tidevarvet" e chefiou a revista de 1924 a 1927. Escreveu vários romances, artigos em vários jornais diários e roteiros para vários filmes.

Na imagem, Elin Wägner com as assinaturas de 360 mil mulheres exigindo o direito de votar na Suécia, em 1914. Pois um dos argumentos usados para negar o voto às mulheres era de que as próprias mulheres não queriam votar.



Fonte: Ventre Feminista | Wikipédia


MZ

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domingo, 28 de novembro de 2021

Aventureiro Enterrado de Cabeça para Baixo - John Edward Jones

 

As pernas de John E. Jones subterradas na caverna Nutty Putty
Fonte: Foca na Folga

John Edward Jones faleceu enquanto explorava a caverna Nutty Putty, em Spanish Fork, em Utah, nos EUA, a 24 de novembro de 2009.

John, de 26 anos, era um estudante de medicina e morreu após ficar quase 28 horas preso de cabeça para baixo a mais de 200 metros de profundidade na caverna.

John Edward Jones
Fonte: Youtube

Naquele dia, John, o irmão Josh e dois amigos entraram na Nutty Putty e exploraram uma área chamada "The Big Slide" antes de eventualmente se separarem para encontrar áreas mais desafiadoras dentro da caverna.

John que se encontrava à procura de uma área chamada "Canal de Nascimento", viu-se em apuros e decidiu voltar. No entanto, a caverna era tão estreita que ele não conseguia girar, então ele continuou para tentar encontrar uma área onde pudesse se virar, mas acabou por cair numa fenda de 1,5m de cabeça para baixo.

A área que John estava a explorar ainda não tinha sido mapeada. O seu irmão conseguiu voltar, mas antes de sair da caverna falou com John e foi pedir ajuda, então uma equipa de resgate voluntário foi tentar ajudá-lo.

John tinha 1,80m e 86kg e ficou preso de cabeça para baixo por volta das 9 horas da manhã. Mais de 100 homens foram mobilizados para a operação de resgate. 

A operação de resgate foi lenta, com as equipas a tentarem usar ferramentas de pressão no túnel estreito. Durante a tarde, John estava praticamente fora da fenda da caverna, mas ainda a alguns metros abaixo do solo, quando o cabo que era usado para retirá-lo se partiu, impossibilitando o seu resgate.

Durante o período em que esteve, temporariamente, fora da fenda, os bombeiros conseguiram dar-lhe água e comida. Nas horas seguintes em que ficou preso, as condições físicas de John pioraram e ele acabou por não resistir e morreu.

O seu corpo nunca pôde ser resgatado e encontra-se no local até hoje, servindo de alerta para aventureiros que gostam deste tipo de desporto.

A caverna estava fechada desde 2004, quando incidentes aconteceram, e foi reaberta em 2009, poucos meses antes de John decidir explorá-la. Com a sua morte, a caverna foi interditada ao público para sempre.



Fonte: Aventuras na História | Foca na Folga


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sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Apollo 13

 

Astronautas, tripulantes da missão Apollo 13: Lovell, Swigert e Haise
Fonte: Wikipédia

A Apollo 13 foi um voo espacial tripulado norte-americano que tinha a intenção de realizar o terceiro pouco tripulado na Lua.

Foi lançado a 11 de abril de 1970. Mas a alunagem foi abortada depois de um dos tanques de oxigénio do módulo de comando e serviço Odyssey ter explodido, após dois dias de viagem.

O tanque de oxigénio explodiu durante um procedimento padrão de agitação e o seu conteúdo foi vazado para o espaço, causado por uma ignição resultante de um curto-circuito ocasionado pelo isolamento danificado de um fio interno.

O oxigénio era necessário para a respiração dos astronautas e também para gerar energia elétrica, assim os sistemas de propulsão e suporte de vida do módulo de comando e serviço não poderia mais funcionar.

Os astronautas Jim, Lovell, John Swigert e Fred Haise conseguiram dar a volta à Lua e voltar em segurança para a Terra a 17 de abril, aterrando no oceano Pacífico.



Fonte: Wikipédia


MZ

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quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Roubaram o Cadáver de Charlie Chaplin

Charlie Chaplin (esquerda), caixão de Charlie Chaplin
Fonte: Notícias ao Minuto

Charlie Chaplin (1889-1977) foi um ator, diretor, compositor, roteirista, produtor e editor britânico.

Foi um dos atores da era do cinema mudo, caracterizado pelo uso da mímica e da comédia pastelão.

Atuou, dirigiu, escreveu, produziu e financiou os seus próprios filmes, sendo fortemente influenciado por um antecessor, o comediante francês Max Linder, a quem dedicou um dos seus filmes.

A sua carreira no entretenimento durou mais de 75 anos, desde as suas primeiras atuações quando ainda era criança nos teatros do Reino Unido durante a Era Vitoriana quase até à sua morte aos 88 anos de idade.

Charlie faleceu a 25 de dezembro de 1977, em Corsier-sur-Vevey, na Suíça. Fez-se um funeral anglicano privado dois dias depois, como era seu desejo, e foi enterrado no cemitério comunal.

No dia 1 de março de 1978, o seu cadáver foi roubado, com caixão e tudo, por dois imigrantes desempregados, o polaco Roman Wardas e o búlgaro Gantcho Ganev, com o objetivo de pedir dinheiro à viúva de Chaplin, Oona O'Neill.

Durante 10 semanas, a polícia suíça e a Interpol praticamente não encontraram pistas além de telefonemas anónimos nos quais alguns brincalhões diziam estar com o caixão.

Falava-se que o roubo tinha sido feito por antissemitas, contrários a que o corpo de Chaplin, que segundo rumores da época era judeu, repousasse num cemitério anglicano.

Outros diziam que os autores eram nazis enfurecidos pela paródia de Adolf Hitler que Chaplin imortalizou no filme "O Grande Ditador", que se tornou quase tão famosa quanto o próprio ditador alemão.

Também circulou a teoria de que uns admiradores do artista tinham exumado o cadáver para o sepultar na Inglaterra, o seu país natal.

Com a resolução do crime, revelou-se um crime muito mais vulgar. Os dois ladrões eram tão inexperientes e desesperados que primeiro pediram um resgate e depois começaram a negociar o valor.

Primeiro pediram 600 mil francos suíços. A viúva de Charles Chaplin negou-se a ceder e declarou que o seu marido "teria considerado ridícula toda esta situação".

Então os sequestradores experimentaram mudar a moeda e pediram 600 mil dólares americanos. A resposta continuava a ser negativa. Baixaram para 500 mil dólares, mas a viúva não aceitava.

A viúva ficou irredutível até que baixaram o valor para 100 mil dólares. Então aceitou, mas só como parte de uma armadilha para que a polícia os capturasse, pois a mulher de Charlie nunca teve a menor intenção de pagar.

Ficou decidido que o mordomo da família, Giuliano Canese, entregaria pessoalmente aos criminosos uma mala com os 100 mil dólares. Um polícia fez-se passar pelo mordomo e dirigiu o Rolls Royce em direção ao local combinado, mas a má sorte foi tanta que o carteiro local, ao ver um homem desconhecido dirigindo o automóvel da família Chaplin, começou a segui-lo. A polícia prendeu o carteiro por engano e a missão foi abortada.

Mas os ladrões não se renderam e informaram que telefonariam novamente para a casa dos Chaplin para renegociar o resgate a 17 de maio às 9h30.

A polícia lançou uma operação de vigilância nas mais de 200 cabines telefónicas de Lausanne e assim conseguiu deter Roman Wardos, um polaco de 24 anos, e depois o seu cúmplice, o búlgaro, Gantscho Ganwv, de 38.

Os dois homens confessaram que, pressionados pela sua situação económica precária, tinham começado a pensar em cometer um creme que resolvesse os seus problemas sem usar violência. Num dia, quando estavam a ler o jornal, viram a notícia de que alguém tinha roubado um cadáver na Itália e tinha pedido um regate. Então decidiram roubar o cadáver de Chaplin.

Roman Wardos foi considerado o cérebro da operação e foi condenado a quatro anos e meio de trabalhos forçados. Gantscho Ganwv foi condenado a 18 meses.

Ambos enviaram uma carta a pedir desculpa a Oana Chaplin, que os perdoou.



Fonte: Wikipédia | El País


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segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Coreia do Norte e Coreia do Sul vistas do Espaço, à Noite

Fonte: Fatos Desconhecidos

Na imagem temos a vista do espaço à noite das Coreias. A Coreia do Norte é quase "invisível" quando comparada com a Coreia do Sul.

Há mais de 70 anos, um povo foi dividido em dois, com ideologias e políticas diferentes desenvolveram-se.

Apesar do tamanho geográfico similar, a população da Coreia do Sul, mais de 51 milhões, é quase duas vezes maior que a da Coreia do Norte, mais de 25 milhões.



Fonte: Fatos Desconhecidos | Notícias


MZ

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sábado, 20 de novembro de 2021

Das Schwarze Korps - Jornal da SS

Jornal Das Schwarze Korps
Fonte: filmhauer

Das Schwarze Korps foi o jornal oficial da Schutztaffel (SS).

Foi publicado às quarta-feiras e distribuído gratuitamente.

Cada membro da SS foi incentivado a lê-lo.

Foi criado por um defensor do nazismo, para disseminar e promover as mensagens ideológicas da sua organização e do seu líder, Reichsführer-SS Heinrich Himmler.

O jornal foi usado para reforçar as crenças de Himmler, para identificar e atacar elementos da sociedade alemã que ele considerava inaceitáveis, para aumentar o moral entre os membros da SS, para combater qualquer coisa considerada inimiga do estado nazi e para incentivar a doutrina racial.

O editor-chefe foi o líder da SS Gunter d'Alquen, o editor era Max Amann, da editora Franz-Eher-Verlag.

O jornal era hostil a muitos grupos, com artigos frequentes a condenarem a Igreja Católica, judeus, comunismo, maçonaria e outros.

O jornal foi publicado em cooperação com o Sicherheitsdienst (Serviço de Segurança) que possuía o controlo editorial.

A primeira edição aconteceu a 6 de março de 1935.

Em novembro do mesmo ano, a publicação chegou a 200 mil e em 1944 aumentou para 750 mil.

O jornal teve alguma distribuição fora da Alemanha.

Em algumas ocasiões, o jornal serviu para informar os seus leitores sobre as pesquisas pseudo-científicas que Himmler encomendava para apoiar as suas crenças nos poderes místicos dos antigos antecessores germânicos.

Numa edição, relatou o paradeiro arqueológico (anteriormente desconhecido) dos restos mortais de Henry I, alegando que "as evidências científicas estabeleceram que os restos descobertos durante as escavações na cripta da catedral de Quedlinburg eram de facto os de Henry I".

Rotineiramente continha notícias estrangeiras, análises de ameaças e ensaios teóricos sobre as políticas nazis. 

MZ

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quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Black and White Ball

Black and White Ball
Fonte: The New York Times

Uma das festas mais famosas foi a do Black and White Ball, realizada no Plaza Hotel de Nova Iorque, a 28 de novembro de 1966.

Foi organizada pelo escritor Truman Capote em honra de Katharine Graham, a qual tinha tomado o rumo do The Washington Post.

Katharine Graham e Truman Capote
Fonte: Pinterest

O que tornou esta festa tão famosa é a que nela se cruzaram algumas das personagens mais importantes de diferentes setores da sociedade americana e internacional.

Todos queriam fazer parte dos importantes convidados e os que não foram selecionados decidiram ir de viagem como justificação para não estarem presentes na festa.

A Capote esta festa custou 16 mil dólares.

O Black and White Ball foi creditado por iniciar um surto imediato de festas de máscaras e fantasias. Foi descrito como "um pináculo da história social de Nova Iorque".

A princesa Yasmin Aga Khan deu um baile preto e branco em 1991, comemorando o 25º aniversário original. O baile, realizado numa tenda fora da Tavern on the Green, foi um evento de caridade que arrecadou 1,4 milhões para a Associação de Alzheimer.



Fonte: Must | Wikipédia


MZ

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terça-feira, 16 de novembro de 2021

Paul Kern - O soldado que deixou de dormir

Soldado Paul Kern
Fonte: Factos Desconhecidos

Paul Kern foi um soldado que combateu na Primeira Guerra Mundial, pela Hungria.

Em 1915, sofreu um tiro na sua cabeça, que deixou o seu lobo frontal danificado, mas sobreviveu.

Recuperou os sentidos já no hospital da campanha. Desde o momento em que recuperou a consciência até à sua morte em 1955, Kern não voltou a dormir.

Paul perdeu a capacidade de dormir. O que podia ter arruinado a sua vida, não aconteceu, ele viveu tranquilo o resto da sua vida, no entanto, nunca mais dormiu.

Embora o sono seja considerado por todos uma parte necessária da vida humana, porque desempenha várias funções como a libertação de proteínas no cérebro e a restauração da função cognitiva. E quando as pessoas são privadas do sono pode ter alucinações e mudanças de personalidade. A insónia até matou ratos de laboratório.

Mas Paul Kern viveu cerca de 40 anos sem dormir e sem apresentar qualquer sintoma.

Paul apenas necessitava descansar os olhos durante uma hora por dia para dar ao nervo ótico uma pausa muito necessária.

Os médicos que se cruzavam com Paul eram muito céticos em relação à sua situação. Paul estava disponível para ser examinado por todos os médicos que quisessem. 

Paul fez uma radiografia em hospitais da Áustria à Austrália, mas não encontraram razões relacionadas com a bala.

Um dos médicos teorizou que Paul provavelmente adormeceria por segundos de cada vez ao longo do dia, sem se aperceber, mas nunca mais ninguém o viu a dormir.

Outros médicos acreditavam que a bala destruiu toda a área física do cérebro que precisava ser "reabastecida" pelo sono. Acreditavam que ele morreria novo por causa disso.

Este acontecimento ainda hoje intriga os cientistas.

MZ

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domingo, 14 de novembro de 2021

O Alpinista deixado para Morrer - David Sharp

 

David Sharp e o seu corpo congelado no Monte Everest (direita)
Fonte: All That's Interesting

David Sharp nascido a 15 de fevereiro de 1972, em Harpenden, na Inglaterra, foi um alpinista que morreu no topo do Monte Everest.

A sua morte tornou-se polémica porque passaram por ele vários montanhistas que iam e voltavam do topo quando ele estava a morrer, embora outros tenham tentado ajudá-lo.

David Sharp era conhecido como um alpinista talentoso, reconhecido pelo seu bom humor.

David então decidiu que tentaria pela terceira vez chegar ao topo da montanha mais alta do mundo. Nas suas duas tentativas anteriores, David teve problemas durante a escalada e optou por desistir. No entanto, a ideia de chegar ao topo nunca lhe saiu da cabeça.

Decidiu que iria sozinho, sem a ajuda de equipamentos de oxigénio.

A 13 de maio de 2006, David iniciou a sua escalada. Sabe-se que naquele dia alguns alpinistas o encontraram a caminhar sozinho. No entanto, nenhum dos profissionais ali presentes verificou se David tinha ou não chegado ao topo da montanha.

No dia 14, por algum motivo, David começou a descer. Em algum momento, David cruzou o seu caminho com o cadáver do chamado "Botas Verdes" (provavelmente o corpo mais famoso que se encontro no Everest). O corpo não identificado é usado como um marco pelos alpinistas para medir o progresso da escalada, que sempre serve de ajuda para localização.

Depois de chegar a este ponto, David decidiu descansar na caverna, estava sem ajuda de equipamentos e já estava cansado e com falta de ar.

David foi visto por um grupo de alpinistas, que passaram por ele e perceberam que estava quase morto e decidiram deixá-lo ali. 20 minutos depois, outro grupo viu David. Desta vez, David reuniu todas as suas forças e conseguiu acenar. Mas, os montanhistas também deixaram o homem para trás.

De acordo com o USA Today, pelo menos 40 profissionais ignoraram o estado de David naquele dia. O depoimento da maioria deles é alvo de polémica: alguns dizem não ter visto David na caverna, outros afirmaram que tentaram ajudar e comunicaram o ocorrido através do rádio, mas sem sucesso.

David faleceu naquele mesmo dia, a 15 de maio, provavelmente por hipotermia ou edema cerebral.

Não se sabe se David conseguiu alcançar o seu objetivo de chegar ao topo da montanha. No entanto, a sua morte serve de alerta para tantos outros montanhistas que decidem subir a montanha encarando os perigos de estarem lá absolutamente sozinhos.

O corpo de David ficou na montanha, mas está fora de vista desde 2007.



Fonte: Wikipédia | Aventuras da História


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sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Wasa, o Navio de Guerra Sueco

Navio sueco Wada, no Museu do Wasa, em Estocolmo
Fonte: Wikipédia

O Wasa foi um poderoso navio de guerra sueco, construído entre 1626 e 1628, para ser o navio-almirante da esquadra de guerra do Rei Gustavo II Adolfo.

 Rei Gustavo II Adolfo
Fonte: Geneall

Quando foi construído destinava-se a mostrar a transformação da Suécia numa grande potência e as suas aspirações expansionistas e nenhuma despesa foi poupada na sua decoração e equipamentos. Foi um dos maiores e mais fortemente armados navios de guerra do seu tempo, sendo decorado com centenas de esculturas, todas pintadas com cores vivas.

O navio afundou e naufragou perto da ilhota de Beckholmen, após velejar menos de uma milha náutica (cerca de 1,8km) na sua viagem inaugural, a 10 de agosto de 1628.

Foi construído com a parte superior muito pesada e com insuficiente lastro. Apesar da evidente falta de estabilidade do porto, foi autorizada a zarpar e naufragou poucos minutos depois, quando encontrou um vento mais forte do que a brisa predominante.

A pressa de fazer o barco navegar também contribuiu para o seu insucesso. O Rei Gustavo Adolfo, que estava no estrangeiro na data da viagem inaugural, estava impaciente em que a Wasa se unisse à Frota do Báltico, na Guerra dos Trinta Anos.

Ao mesmo tempo, os subordinados do Rei não tiveram coragem política de discutir os problemas estruturais do navio ou adiar a viagem inaugural.

Um inquérito foi feito para encontrar o responsável pelo acidente, mas ninguém foi condenado.

O Wasa foi inicialmente esquecido após tentativas de recuperar os seus preciosos canhões no séc. XVII, sendo localizado novamente no final da década de 1950, na saída da baía de Estocolmo.

O navio foi recuperado com o casco quase intacto a 24 de abril de 1961, sendo colocado no museu temporário "Wasavarvet" (PT: "O Estaleiro Wasa") até 1987, quando foi transferido para o Museu do Wasa, em Estocolmo.

Durante o resgate de 1961, milhares de artefactos e os restos mortais de pelo menos 15 pessoas foram encontrados no seu interior e ao redor do casco do Wasa pelos arqueólogos marinhos.

Entre os objetos encontrados estavam roupas, armas, canhões, ferramentas, moedas, talheres, comida, bebida e seis das dez velas.

O navio é uma das mais populares atrações turísticas da Suécia e, em 2007, atraiu mais de 25 milhões de visitantes.



Fonte: Wikipédia


MZ

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quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Kasper Hauser - Supostamente Criança Abandonada da Família Real de Baden

Ilustração de Kasper Hauser quando apareceu
Fonte: Wikipédia

Kaspar Hauser terá nascido a 30 de abril de 1812, foi uma criança abandonada, envolta em mistério, encontrada na praça Unschlittplatz em Nuremberga, na Alemanha no séc. XIX, com alegadas ligações com a Família Real de Baden.

Kaspar ficou conhecida na Alemanha ao afirmar que tinha passado toda a sua vida numa masmorra, sem contacto humano, sendo alimentado apenas com pão e água.

O jovem, supostamente com 15 anos de idade, apareceu na praça de Nuremberga, a 26 de maio de 1828, com apenas uma carta endereçada a um capitão da cidade, explicando parte da sua história, um pequeno livro de orações, entre outros objetos que indicavam que ele provavelmente pertencia a uma família da nobreza.

Tornou-se o centro das atenções de Nuremberga e, em pouco tempo, surgiram rumores de que deveria ser o Príncipe herdeiro da Família Real de Baden, no sudoeste da Alemanha, que tinha sido roubado do berço em 1812.

Como tinha passado quase toda a sua vida aprisionado, sem contacto verbal, não conseguia expressar-se em nenhum idioma. No entanto, foram-lhe ensinadas as primeiras palavras e, com o seu posterior contacto com a sociedade, ele pôde pausadamente aprender a falar, da mesma maneira que uma criança.

Kasper odiava comer carne e beber álcool, já que aparentemente tinha sido alimentado basicamente por pão e água. Aprendeu a falar, a ler e a comportar-se, e a sua fama correu a Europa, tendo ficado conhecido, na época, como o "filho da Europa".

Viveu com alguns tutores até ser assassinado com uma facada no peito, a 17 de dezembro de 1833, nos jardins do palácio de Ansbach.

Kasper Hauser, em 1830
Fonte: Wikipédia

As circunstâncias e motivações ou a autoria do crime nunca foram esclarecidas, apesar da recompensa de 10 mil Gulden oferecida pelo Rei Luís I da Baviera para quem apanhasse o seu assassino.

Estudos posteriores, para alguns historiadores, indicam que a história da masmorra não faz sentido, uma vez que o jovem teve um bom desenvolvimento físico e mental, algo que não aconteceria vivendo numa prisão pequena e escura, sendo alimentado apenas por pão e água durante esses anos todos.

Em relação à sua procedência real, em 1996, a revista alemã "Der Spiegel" patrocinou um exame de ADN para comprovar a história. Uma mancha de sangue na roupa de Kaspar Hauser, guardada num museu alemão, foi comparada com o ADN da realeza de Baden, e o resultado foi negativo.

De acordo com historiadores mais recentes, é provável que Kaspar Hauser tenha sido filho ilegítimo de alguma família responsável, criado em alguma fazenda isolada e abandonado na cidade quando os familiares não o quiseram sustentar mais.

Contar uma história fantástica sobre como tinha sido maltratado teria sido uma estratégia para comover as pessoas e conseguir dinheiro, amigos e fama.



Fonte: Wikipédia


MZ

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sábado, 6 de novembro de 2021

Dez Princípios do Sistema de uma Ideologia - Coreia do Norte

Kim Il-Sung
Fonte: The National

Os Dez Princípios para o Estabelecimento de um Sistema Ideológico Monolítico são um conjunto de dez princípios e 75 cláusulas que são usadas para estabelecer padrões de governo e guiar os comportamentos do povo da Coreia do Norte.

Os Princípios foram originalmente propostos por Kim Yong-ju, o irmão mais novo do líder norte-coreano Kim Il-Sung, em 1967, após o "Incidente da Fação Kapsan" que tentou, sem sucesso, desafiar a autoridade de Kim Il-Sung e a posição de Kim Yong-ju como herdeiro aparente da época.

Então, o Sistema Ideológico Monolítico emergiu no contexto dos debates políticos dentro do Partido dos Trabalhadores da Coreia e os desafios externos causados pela rutura sino-soviética.

Este Sistema foi implementado por Kim Il-Sung com o objetivo de esmagar as divergências internas e consolidar o domínio da sua família sobre o sistema político norte-coreano.

Kim Il-Sung anunciou os princípios ao público num discurso realizado na Assembleia Popular Suprema a 16 de dezembro de 1967, intitulado "Vamos Incorporar o Espírito Revolucionário de Independência, Auto-Sustento e Auto-Defesa Mais Profundamente em todos os Ramos da Atividade do Estado".

Os Princípios foram reescritos por Kim Jong-Il, com a ajuda de Hwang Jang-yop (importante político norte-coreano), depois que Kim se tornou o novo herdeiro em fevereiro de 1974.

Os Princípios atualizados ficaram maiores e ampliaram ainda mais o culto à personalidade. Os Princípios alcançaram um estatuto oficial no partido em 1974.

Os Dez Princípios vieram substituir a constituição nacional ou éditos do Partido dos Trabalhadores da Coreia e, na prática, servem como a lei suprema do país.

Estes Princípios devem ser memorizados por todos os cidadãos, e garantem lealdade absoluta e obediência a Kim Il-Sung, Kim Jong-Il e Kim Jong-Un.

Os Dez Princípios originais são:
  1. Devemos dar tudo de nós na luta para unificar toda a sociedade com a ideologia revolucionária do Grande Líder Kim Il-Sung
  2. Devemos honrar o Grande Líder Camarada Kim Il-Sung com toda a nossa lealdade
  3. Precisamos tornar absoluta a autoridade Grande Líder Camarada Kim Il-Sung
  4. Devemos tornar a ideologia revolucionária do Grande Líder Camarada Kim Il-Sung nossa fé e fazer das suas intenções nosso credo
  5. Devemos aderir estritamente ao princípio da obediência incondicional ao executar as instruções do Grande Líder Camarada Kim Il-Sung.
  6. Precisamos fortalecer a ideologia e a força de vontade e a unidade revolucionária de todo o partido, centradas no Grande Líder Camarada Kim Il-Sung
  7. Devemos aprender com o Grande Líder Camarada Kim Il-Sung e adotar o olhar comunista, métodos de trabalho revolucionários e estilo de trabalho orientado para as pessoas
  8. Devemos valorizar a vida política que nos foi dada pelo Grande Líder Camarada Kim Il-Sung, e lealmente retribuir a sua grande confiança política e consideração com maior consciência e habilidade política
  9. Devemos estabelecer regulamentos organizacionais fortes para que todo o partido, nação e forças armadas se movam como um só sob a única liderança do Grande Líder Camarada Kim Il-Sung
  10. Devemos repassar a grande conquista da revolução do Grande Líder Camarada Kim Il-Sung de geração em geração, herdando e completando até o fim.


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quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Lida Baarová - Amante de Joseph Goebbels

Atriz Lida Baarová, Amante de Joseph Goebbels
Fonte: Pinterest

Lida Baarová nasceu a 7 de setembro de 1914, em Praga, no então Reino da Boémia.

Estudou teatro no Conservatória da cidade de Praga e recebeu o seu primeiro papel no cinema na Checoslováquia no filme "Kariera Pavia Čamrdy", tinha 17 anos.

Em Berlim, fez uma aparição bem-sucedida no filme "Barcarole" (1935), juntamente com o ator alemão Gustav Fröhlich. Estes tornaram-se amantes.
Filme "Barcarole", de 1935
Fonte: www.virtual-history.com

Lida recebeu várias ofertas de trabalho dos estúdios de Hollywood, mas esta rejeitou-os devido à pressão das autoridades nazis, mas depois arrependeu-se, algo que afirmou ao seu biógrafo Josef Škvorecký: "Eu poderia ter sido tão famosa quanto Marlene Dietrich".
Lida Baarvá e Gustav Fröhlich
Fonte: Aventuras na História - Uol

Após o seu noivado com o ator Fröhlich, o casal mudou-se para a ilha de Schwanenwerder, nos arredores de Berlim, onde a sua casa ficava perto da casa de Joseph Goebbels, um dos principais membros do governo nazi de Adolf Hitler.
Joseph Goebbels
Fonte: UOL Notícias

Lida, enquanto ainda trabalhava nos estúdios da Ufa, conheceu-o quando Goebbels visitou a sua casa de 1936.

Gradualmente, eles se aproximaram e, sob a insistência de Goebbels, começaram um relacionamento que durou mais de dois anos.

Este caso de amor causou sérias complicações no casamento de Goebbels com Magda. Quando o ministro começou a aparecer em público com a sua amante, Magda, por sua vez, iniciou um caso com o secretário de Estado de Goebbels, Karl Hanke, e acabou por pedir a Hitler permissão para se divorciar.

Hitler interveio a 16 de agosto de 1938 e repreendeu o seu ministro, afirmando que, tendo em visto o seu "casamento perfeito", bem como a anexação futura de Sudetenland, o seu caso com uma atriz checa era impossível.

O chefe da polícia de Berlim, Wolf-Heinrich von Helldorff, disse a Lida que esta tinha que deixar o seu relacionamento com Goebbels imediatamente.

O seu filme, recentemente concluindo, "A Prussian Love Story", que descrevia o caso de amor entre Wilhelm I e a princesa polaca Elisa Radziwill, e era uma referência para Goebbels e Lida foi proibido, e não foi exibido nos cinemas até 1950

Lida tentou entrar em contacto com amigos em Hollywood, com esperança de se mudar para lá, mas Hitler a proibiu de deixar o país. Era seguida pela Gestapo por onde quer que fosse, foi proibida de fazer aparições públicas e pressionada pelas suas amigas a fugir para Praga. Lá, ela foi temporariamente autorizada a se apresentar durante a ocupação alemã e, em 1942, mudou-se para a Itália, onde atuou em filmes como "Grazia" (1943), "La Fornarina" (1944), "Vivere Ancora" (1945) entre outros.

Depois das tropas alemãs ocuparem a Itália, Lida teve que voltar a Praga. Em abril de 1945, no entanto, Lida deixou Praga e voltou para a Alemanha. No caminho, foi presa pela polícia militar americana, em Munique e depois foi extraditada para a Checoslováquia.

Depois da guerra casou-se novamente, mas divorciou-se pouco tempo depois. Decidiu recomeçar a sua vida na Áustria, onde não foi bem recebida.

Então, mudou-se para a Argentina. Na América do Sul viveu em condições miseráveis, até que voltou a Itália. Lá conseguiu voltar atuar.  Ficou casada durante três anos, até à morte do marido, Kurt Lundwall.

Lançou a sua biografia em 1995 "Bittersweet Memories de Lída Baarová".

Lida nunca mostrou amargura ou arrependimento por ter amado Goebbels: "um homem charmoso e inteligente e um contador de histórias muito bom. Poderia garantir que ele continuaria a divertir uma festa com os seus pequenos elogios e piadas".

Viveu na Áustria até à sua morte a 27 de outubro de 2000, em Salzburgo, com Parkinson.

MZ

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