Ilustração de Kasper Hauser quando apareceu Fonte: Wikipédia |
Kaspar Hauser terá nascido a 30 de abril de 1812, foi uma criança abandonada, envolta em mistério, encontrada na praça Unschlittplatz em Nuremberga, na Alemanha no séc. XIX, com alegadas ligações com a Família Real de Baden.
Kaspar ficou conhecida na Alemanha ao afirmar que tinha passado toda a sua vida numa masmorra, sem contacto humano, sendo alimentado apenas com pão e água.
O jovem, supostamente com 15 anos de idade, apareceu na praça de Nuremberga, a 26 de maio de 1828, com apenas uma carta endereçada a um capitão da cidade, explicando parte da sua história, um pequeno livro de orações, entre outros objetos que indicavam que ele provavelmente pertencia a uma família da nobreza.
Tornou-se o centro das atenções de Nuremberga e, em pouco tempo, surgiram rumores de que deveria ser o Príncipe herdeiro da Família Real de Baden, no sudoeste da Alemanha, que tinha sido roubado do berço em 1812.
Como tinha passado quase toda a sua vida aprisionado, sem contacto verbal, não conseguia expressar-se em nenhum idioma. No entanto, foram-lhe ensinadas as primeiras palavras e, com o seu posterior contacto com a sociedade, ele pôde pausadamente aprender a falar, da mesma maneira que uma criança.
Kasper odiava comer carne e beber álcool, já que aparentemente tinha sido alimentado basicamente por pão e água. Aprendeu a falar, a ler e a comportar-se, e a sua fama correu a Europa, tendo ficado conhecido, na época, como o "filho da Europa".
Viveu com alguns tutores até ser assassinado com uma facada no peito, a 17 de dezembro de 1833, nos jardins do palácio de Ansbach.
Kasper Hauser, em 1830 Fonte: Wikipédia |
As circunstâncias e motivações ou a autoria do crime nunca foram esclarecidas, apesar da recompensa de 10 mil Gulden oferecida pelo Rei Luís I da Baviera para quem apanhasse o seu assassino.
Estudos posteriores, para alguns historiadores, indicam que a história da masmorra não faz sentido, uma vez que o jovem teve um bom desenvolvimento físico e mental, algo que não aconteceria vivendo numa prisão pequena e escura, sendo alimentado apenas por pão e água durante esses anos todos.
Em relação à sua procedência real, em 1996, a revista alemã "Der Spiegel" patrocinou um exame de ADN para comprovar a história. Uma mancha de sangue na roupa de Kaspar Hauser, guardada num museu alemão, foi comparada com o ADN da realeza de Baden, e o resultado foi negativo.
De acordo com historiadores mais recentes, é provável que Kaspar Hauser tenha sido filho ilegítimo de alguma família responsável, criado em alguma fazenda isolada e abandonado na cidade quando os familiares não o quiseram sustentar mais.
Contar uma história fantástica sobre como tinha sido maltratado teria sido uma estratégia para comover as pessoas e conseguir dinheiro, amigos e fama.
Fonte: Wikipédia
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