Palácio e Quinta da Regaleira - Sintra |
Também designado como Palácio do Monteiro dos Milhões, denominação associada à alcunha do seu antigo proprietário António Augusto Carvalho Monteiro.
O palácio encontra-se situado na encosta da serra de Sintra e a escassa distância do Centro Histórico de Sintra.
O palácio foi mandado construir, nas primeiras décadas do séc. XX, por Carvalho Monteiro que encarregou o cenógrafo italiano Luigi Manini do seu projeto.
O Bolo da Noiva foi a denominação que os habitantes da vila de Sintra utilizaram para definir aquela estrutura irreal que se erguia não muito longe do palácio dos Reis. Cenograficamente, nunca nada se tinha visto que se pudesse comparar.
O resultado final da quinta apresentava várias estruturas decoradas num estilo revivalista a que absolutamente ninguém conseguia ficar indiferente.
Carvalho Monteiro era um homem de uma cultura significativa, sendo um amante incontestável da epopeia nacional, transpôs para a decoração do seu novo palácio os principais símbolos da nação portuguesa, relembrando assim os momentos áureos vividos pelos portugueses nos seus vários séculos de existência.
Para além do palácio, o arquiteto interveio ainda, nos quatro hectares da quinta, projetando intervenções para lagos, grutas, edifícios enigmáticos, jardins luxuriantes e outros locais carregados de simbologia alquimica, maçónica ou ainda relativa aos Templários e aos Rosa-Cruz que, com o habitual nevoeiro que é comum na serra, confere ao local uma densa aura de mistério.
A riqueza da simbologia que aqui encontramos nem sempre está acessível ao observador. Se, por um lado, as alusões ao manuelino são fáceis de identificar, outros elementos relativos ao inferno de Dante, ou até mesmo à egiptologia, são um pouco mais complicados e carecem de conhecimentos adicionais que, muitas vezes, requerem mesmo noções claras de conceitos ligados ao simbolismo. Este vasto espaço, carregado de misticismo e de percursos iniciáticos, foi, segundo alguns autores, feito propositadamente para os que pertencem à Maçonaria.
Apesar da sua aura mística, não sabemos ao certo se algum ritual ou algo que se lhe possa assemelhar alguma vez ali terá tido lugar. Em 1942, a já famosa Quinta da Regaleira, foi comprada pelo milionário Waldemar D`Orey. Imediatamente após a aquisição, contratou dois importantes arquitectos, Luís de Couto e António Lino, para remodelar o interior do palácio de forma a adaptá-lo à sua grande família e eliminar alguns elementos decorativos.
Mais tarde, no ano de 1988, os herdeiros de Waldemar D`Orey venderam a propriedade à empresa japonesa Aoki Corporation que a manteve encerrada apenas com um caseiro a guardá-la. Finalmente, em 1997, a Quinta da Regaleira foi adquirida pela Câmara Municipal de Sintra, passando a ser gerida pela Fundação Cultursintra. Em Maio de 1998, recebeu da Ford Portuguesa o primeiro Prémio Nacional do Património Histórico.
A visitar
Horário:
- 1 de abril a 30 de setembro: 09h30 às 20h00 - última entrada às 19h00
- 1 de outubro a 31 de março: 09h30 às 18h00 - última entrada às 17h00
- Todo o ano o Palácio, a Capela e eventuais espaços expositivos encerram meia-hora antes da Quinta
- Encerra dia 24 e 25 de dezembro
Preços:
- 6€
- 10€ para visitas guiadas, com marcação prévia
Mapa/Folheto: http://www.regaleira.pt/Docs/FolhetoPTpq.pdf
MZ
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