quarta-feira, 30 de agosto de 2017

A Visitar: Castelo de São Jorge

Castelo de S. Jorge em Lisboa
Localiza-se na freguesia de Santa Maria Maior, em Lisboa.

No contexto da Reconquista cristã da Península Ibérica, após a conquista de Santarém, as forças de D. Afonso Henriques, com o auxílio de cruzados normandos, flamengos, alemães e ingleses que se dirigiam à Terra Santa, investiu contra esta fortificação muçulmana, que capitulou após um duro cerco de três meses.
Rei D. Afonso Henriques de Portugal
Em forma de gratidão, o castelo, agora cristão, foi colocado sob a invocação do mártir São Jorge, a quem muitos cruzados dedicavam devoção.
São Jorge
Décadas mais tarde, entre 1179 e 1183, o castelo resistiu com sucesso às forças muçulmanas que assolaram a região entre Lisboa e Santarém.

A partir do século XIII, tornando-se Lisboa na capital do Reino, em 1255, o castelo conheceu o seu auge, quando foi, além de Paço Real, o chamado Paço da Alcáçova, palácio de bispos, albergue de nobres da Corte e fortificação militar.

O castelo sofreu danos com os terramotos que afetaram a cidade em 1290, 1344 e 1356.

No plano militar, mobilizou-se diante do cerco castelhano de fevereiro e março de 1373, quando os arrabaldes da capital chegaram a ser saqueados e incendiados. Nesse ano iniciou-se a muralha de D. Fernando, concluída dois anos mais tarde e que se prolonga até à Baixa.
Rei D. Fernando I de Portugal
Na 3.ª Guerra Fernandida os arrabaldes da cidade foram novamente alvo de investidas castelhanas, em março de 1382, e mais tarde, no decurso da crise de 1383-1385, Lisboa seria duramente assediada pelas forças de D. João I de Castela em 1384.
Rei D. João I de Castela
Como Paço Real, o castelo foi palco da receção a Vasco da Gama, após a descoberta do caminho marítimo para a Índia, no final do século XV, e da estreia, no século XVI, do Monólogo do Vaqueiro, de Gil Vicente, a primeira peça de teatro português, comemorativa do nascimento de D. João III.
Vasco da Gama (Esquerda), Gil Vicente (Centro) e Rei D. João III de Portugal (Direita)
Sofre novamente danos com os terramotos de 1531, 1551, 1597 e 1699. Como Paço Real deixa de cumprir esta função quando, ainda no século XVI, o Paço Real passa a ser na ribeira - Paço da Ribeira. A partir de então as suas dependências foram utilizadas como aquartelamento.

Na época da Dinastia Filipina foi novamente guarnecido, tendo sido utilizado como prisão.

A mudança do Paço Real, a instalação de aquartelamentos e, ainda, o terramoto de 1755 contribuíram para o declínio e a degradação do monumento.

Foi sede da Casa Pia de 1780 a 1807, quando foi utilizado como Quartel-General por Jean-Andoche Junot.

Foi classificado como Monumento Nacional por Decreto de 16 de junho de 1910. Sofreu importantes intervenções de restauro na década de 1940 e no final da década de 1990, que tiveram o mérito de reabilitar o monumento, recuperando-lhe o "desenho" medieval.

Atualmente é um dos locais mais visitados pelos turistas na cidade de Lisboa.

A visitar
Planta do Castelo de S. Jorge

Horário
:
  • 1 de março a 31 de outubro: 9h00 às 21h00
  • 1 de novembro a 28 de fevereiro: 9h00 às 18h00
  • Câmara Obscura - sujeito às condições meteorológicas: 10h00 às 17h00
  • Fechado a 24,25 e 31 de dezembro, 1 de janeiro e no 1.º de Maio. 
Preço:
  • Bilhete normal: 8,50€
  • Estudantes com menos de 25 anos, pessoas com deficiência e maiores de 65 anos: 5€
  • Bilhete família (2 adultos e 2 crianças menores de 18 anos): 20€
  • Grátis para crianças com menos de 10 anos, residentes do Concelho de Lisboa (necessário Cartão Cidadão e digitação do PIN da morada)

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

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