Enforcamento dos conspiradores do assassinato de Abraham Lincoln |
Enforcamento dos conspiradores da morte de Abraham Lincoln - 7 de julho de 1865
Abraham Lincoln |
O Presidente dos EUA Abraham Lincoln, foi assassinado durante a apresentação de uma peça no Teatro Ford, em Washington, pelo ator John Wilkes Booth.
John Wilkes Booth |
John Booth era um sulista não conformado com a derrota na guerra civil e fazia parte de uma conspiração que envolvia outras pessoas e outros alvos.
Após o assassinato de Lincoln, John Booth fugiu durante 14 dias, levando a uma grande caça ao homem para o apanhar a ele e aos companheiros de conspiração.
O grupo tentou assassina também o Secretário de Estado William H. Seward e o Vice-Presidente Andrew Johnson.
Secretário de Estado William H. Seward (Esquerda) e Vice-Presidente Andrew Johnson (Direita) |
A 7 de julho de 1865, os quatro presos foram levados para a forca. Naquela manhã, de bastante calor, os condenados Mary Surratt, Lewis Powell, David Herold e George Atzerodt, ouviam nervosamente os sons da forca ao ser testada.
A ordem para a execução chegou apenas um dia antes, a 6 de julho, com a notícia sendo dada aos prisioneiros em envelopes lacrados. Eles souberam assim que iriam morrer dentro de 24 horas.
Muitos esperavam que Mary Surratt tivesse a sua pena reduzida, os esforços da sua filha e de outros para garantir a clemência continuaram até ao último momento. Cinco dos nove juízes envolvidos recomendaram clemência a Mary, para o novo Presidente Andrew Johnson, mas a ordem nunca foi assinada.
Mary foi acusada de cumplicidade, bem como ocultar, abrigar e aconselhar os outros réus, sendo considerada culpada de conspiração, traição e por ter arquitetado o assassinato de Lincoln. Powel foi condenado pela sua tentativa fracassada de assassinar o Secretário de Estado, Herold por ajudar Powell e por ajudar Booth na sua fuga, e Atzerodt foi condenado por ter planeado assassinar o Vice-Presidente.
Os advogados de Maru alegaram que ela era inocente e não tinha sido ligada à conspiração de forma alguma. A defesa de Powell alegou insanidade, a de Herold argumentou que ele era fraco de espírito e insignificante e a defesa de Atzerodt tentou provar que era covarde para ter desempenhado um papel tão importante na conspiração - todos estes argumentos foram rejeitados.
Os acusados foram considerados culpados e condenados à morte.
Precisamente às 13h02 os presos foram levados para o pátio da Old Arsenal Penitentiary, onde foram detidos em frente dos caixões e das sepulturas recém-cavadas que os aguardavam.
As expressões nos rostos da multidão reunida naquele dia provavelmente variavam da satisfação à sombria e mórbida curiosidade. Mais de mil pessoas testemunharam a execução, incluindo funcionários do governo, militares, jornalistas, testemunhas, amigos e familiares dos condenados.
Uma vez que estavam amarrados de forma segura, foi-lhes dado um tempo para falar com os clérigos, depois, os condenados foram obrigados a ficar de pé novamente, para que os laços fossem presos em volta dos seus pescoços.
Então às 13h26, o carrasco bateu palmas, sinal para os soldados abrirem o cadafalso. Atzerodt gritou "Que todos se encontrem no outro mundo. Deus vai-me levar agora".
Mary Surratt pareceu ser a que morreu mais rápido, o seu corpo rígido, no final da corda ficou balançando. David Herold também estremeceu brevemente, antes do seu corpo ficar imóvel. George Atzerodt e Lewis Powell, no entanto, continuaram a se movimentar freneticamente como se eles fossem lentamente estrangulados pelas cordas, lutados por vários minutos ou mais.
A seguir à morte, os corpos foram colocados nas covas que já se encontravam feitas. Mais tarde Mary foi devolvida para a sua família e enterrada no cemitério de Mount Olive em Washington, DC. Os restos mortais de Gerold foram enterrados no cemitério Luterano de São Paulo, em Baltimore.
Misteriosamente, em 1992, o crânio de Powell apareceu no Departamento de Antropologia do Museu Smithsonian, sendo então enterrado no cemitério de Genebra, na Flórida.
MZ
Foi feita a justiça.
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