O genocídio é o assassinato de várias pessoas, geralmente motivados por diferenças étnicas, nacionais, religiosas ou sociopolíticas. O objetivo do genocídio é exterminar todos os indivíduos de determinado grupo.
Genocídio por Mao Tsé-Tung
Mao Tsé-Tung |
A Era de Mao Tsé-Tung ou Era Maoísta durou desde a fundação da República Popular da China a 1 de outubro de 1949 até à subida de Deng Xiaoping ao poder em 1976.
No período entre 1949 e 1976 o governo da China teve como chefe Mao Tsé-Tung, que defendia uma visão revolucionária do comunismo, em que todos os aspetos da sociedade, cultura, economia e política deveriam estar a serviço de causas ideológicas.
Uma das principais políticas desde o início foi a reforma agrária, que envolveu a redistribuição de terras confiscadas dos maiores latifundiários. Também aconteceram reformas sociais como a nova lei do casamento, o que deu mais direitos para as mulheres. Também foram realizados planos para acabar com a prostituição e com a dependência do ópio.
Mao liderou a Revolução Cultural, que fez a China tornar-se num país comunista. A execução sistemática de inimigos foi uma das consequências da "limpeza" pela qual a China passou naquele período.
Apenas cinco anos depois de subir ao poder, quando sentiu que o fervor revolucionário na China, estava a diminuir, Mao proclamou a Revolução Cultural. Gangues de Guardas Vermelhos - homens e mulheres jovens entre os 14 e os 21 anos, percorriam as cidades perseguindo os inimigos do Estado, especialmente os professores.
Nos professores eram colocados chapéus de burro e tinham os seus rostos manchados com tinta. Eram forçados a gatinhar e a ladrar como cães. Alguns foram espancados até à morte.
Imagem de um dos campos de trabalhos forçados |
A mando de Mao Tsé-Tung, terão morrido mais de 77 milhões de pessoas - através de execuções, assassinatos e políticas económicas desastradas que mataram à fome parte da população.
Imagem da Grande Fome Chinesa, que aconteceu entre 1958 e 1961 |
Holodomor
Imagens do Holodomor |
Também conhecido como "Holocausto Ucraniano". A palavra "Holodomor" é de origem ucraniana que significa "deixar morrer à fome".
Este genocídio foi causado por Josef Stalin, no comando da União Soviética, que devastou principalmente o território da República Socialista Soviética da Ucrânia, durante 1931 e 1933.
Josef Stalin |
A atrocidade de Holodomor remonta às políticas económicas que Stalin passou a empregar assim que assumiu o poder, em 1928. Uma das medidas consistia em controlar a produção de cereais dos países da União Soviética por meio da "requisição compulsória", ou seja, era uma lei que obrigava os camponeses a fornecerem grande parte da sua produção para o Estado a baixos custos.
Nos anos seguintes, seguiu-se a política de coletivização forçada das propriedades agrícolas, cuja administração passou a ser completamente racionalizada pelo Estado soviético.
A Ucrânia foi o país da URSS que mais demonstrou resistência a tais medidas. A autonomia cultural ucraniana e a sua forte identidade nacional tornavam-se intolerável aos objetivos dos soviéticos russos.
A recusa dos camponeses ucranianos de respeitar as medidas de coletivização forçada e requisição compulsória de cereais obrigou Stalin a impingir medidas ainda mais drásticas do que aquelas que foram executadas noutras regiões.
Stalin passou a fazer uma campanha antiucraniana com o objetivo de demonstrar o quão "nociva" era a postura desse país em relação aos objetivos comunistas.
Inicialmente, deu-se início a uma sistemática humilhação de intelectuais ucranianos, que foram submetidos a julgamentos e ridicularizações diversas.
A partir de 1929, deu-se início a uma ferrenha estipulação de metas de produção de cereais, destinados ao poder central soviético, que passaram a ser exigidas dos camponeses da Ucrânia.
A rigidez era tão grande que esses camponeses só conseguiram atender à procura se deixassem de consumir a sua parte do que era produzido, isto é, só se passassem fome, de facto. Tudo passou a ser propriedade do governo.
Muitas pessoas foram presas e condenadas a trabalhos forçados simplesmente por comerem batatas ou colherem espigas de milho para consumo.
Progressivamente, a morte foi se acentuando na Ucrânia. Entre 1931 e 1933, o número de mortos era tão grande que os cadáveres se espalharam pelas ruas e pelos campos.
Estima-se que o número de mortos nesses três anos tenha sido de cinco milhões. No entanto, se tivermos em conta os efeitos prolongados dessa política económica perversa e os ucranianos que foram levados para trabalhos forçados e morreram, esse número pode ser superior a 14 milhões.
Genocídio de Genghis Khan
Genghis Khan |
Na época do nascimento Genghis os mongóis estavam divididos em diversas tribos e clãs, cada uma governada por um clã ou "Senhor" que se impunha mais pela força do que pela ascendência nobre.
O seu pai terá sido morto por envenenamento por uma tribo rival quando ele tinha apenas nove anos. Então herdou a liderança de uma tribo pequena e vulnerável. Mesmo muito novo, soube usar a estratégia e procurou aliar-se a outros clãs, foi então que conheceu a sua mulher, Borte.
Os merkits, antigos inimigos do seu pai, invadiram e roubaram a sua tribo e raptaram a sua mulher. O líder mongol convocou os aliados e preparou a vingança. Massacrou a tribo Merkit e esta desapareceu por completo do mapa, recuperou a sua mulher e ganhou o respeito dos mongóis.
Genghis abandonou as tradições hierárquicas e adotou a meritocracia na distribuição de cargos, ou seja, era promovido quem ele achava merecedor, independentemente das origens da pessoa.
Em 1204, o desrespeito à tradição levou Genghis a enfrentar no campo de batalha um amigo de infância, Jamuka. Jamuka saiu derrotado e foi executado. Com o caminho livre, adotou o seu título "Genghis Khan" que significa "Senhor do Universo".
Então invadiu a China, o império mais poderoso da altura. Conforme avançava rumo à capital, Chongdu, deixava um rasto de chacina e violações. A cidade encontrava-se protegida por muralhas, mas não estava totalmente protegida. Os mongóis então intercetaram a entrada de alimentos, levando à morte de milhares de pessoas de fome. Depois usaram civis como escudos humanos. Quando finalmente invadiram a cidade, atearam fogo, roubaram e destruíram tudo e todos num mês.
Inicialmente Gengis queria conquistar o mundo pelo comércio e não pela guerra. Enviou embaixadores ao império Corásmio, potência da Ásia Central, mas os corásmios não queriam negociações e enviaram de volta a cabeça de um dos representantes, em 1218.
Então Genghis cavalgou com 200 mil homens para enfrentar o império Corásmio. Foi tanta confusão, tanto sangue, que para evitar que os vivos se escondessem nas pilhas de mortos, os mongóis decapitavam o corpo e fincavam a cabeça em estacas. No final o império Corásmio acabou incorporado no mongol.
Voltou à China, onde queria conquistar novos reinos. Nessa viagem, em 1227, Genghis faleceu, possivelmente de queda de cavalo, malária ou uma flecha no joelho.
Foi sucedido pelo seu filho Ogodei que chegou à Europa e conquistou regiões onde é hoje a Rússia, Polónia, Hungria e Ucrânia.
Inicialmente Gengis queria conquistar o mundo pelo comércio e não pela guerra. Enviou embaixadores ao império Corásmio, potência da Ásia Central, mas os corásmios não queriam negociações e enviaram de volta a cabeça de um dos representantes, em 1218.
Então Genghis cavalgou com 200 mil homens para enfrentar o império Corásmio. Foi tanta confusão, tanto sangue, que para evitar que os vivos se escondessem nas pilhas de mortos, os mongóis decapitavam o corpo e fincavam a cabeça em estacas. No final o império Corásmio acabou incorporado no mongol.
Voltou à China, onde queria conquistar novos reinos. Nessa viagem, em 1227, Genghis faleceu, possivelmente de queda de cavalo, malária ou uma flecha no joelho.
Império Mongol |
Foi sucedido pelo seu filho Ogodei que chegou à Europa e conquistou regiões onde é hoje a Rússia, Polónia, Hungria e Ucrânia.
Parte 1: https://imagenschistoria.blogspot.com/2018/08/os-maiores-genocidios-da-historia-parte.html
Parte 2: https://imagenschistoria.blogspot.com/2018/08/os-maiores-genocidios-da-historia-parte_30.html
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MZ
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