Rei Luís XIV da França Fonte: Wikipédia |
O rei Luís XIV da França tinha hábitos incomuns e nada higiénicos que o levaram a ter uma infeção numa zona improvável, mudando a história da medicina.
Em fevereiro de 1686, enquanto andava a cavalo, Luís XIV sentiu um desconforto nas suas nádegas, que nunca tinha sentido antes.
Os seus péssimos hábitos alimentares e a sua falta de banho, o levaram a ter uma fístula anal, ou seja, uma infeção no ânus.
Além de ter um cheiro desagradável, a cama de Luís XIV era repleta de pulgas, o que facilitou a proliferação de doenças na sua pele.
Por um determinado tempo, os médicos reais conseguiram conter os sangramentos e o pus no ânus do rei, mas quando perceberam que a saúde do rei só piorava, chamaram Félix, o primeiro cirurgião da corte.
Segundo o cirurgião e professor Jean-Noël Fabiani, no séc. XVII cirurgiões não eram bem vistos entre os médicos. De acordo com Jean, Félix aceitou curar Luís XVI, mas antes, treinou em pacientes de hospícios e militares que sofriam do mesmo problema.
Para esterilizar a ferida, Félix utilizou vinho da Borgonha e em pouco tempo fez o procedimento. A boa recuperação de Luís XIV garantiu ao cirurgião uma grande recompensa financeira, terras e espaço na nobreza.
Segundo Jean, Félix pediu, ainda, que a profissão de cirurgião fosse regulamentada. No entanto, para não desagradar os médicos, o rei decretou que barbeiros que apenas cortavam cabelos não poderiam fazer procedimentos cirúrgicos.
Décadas mais tarde, a profissão foi regularizada e originou a primeira Academia Real de Cirurgia. O seu fundador foi Mareschal, o cirurgião de Charité, que inspirado nos ensinamentos de Félix e instruído pelo colega La Peyronie, inaugurou o local, a 18 de dezembro de 1731.
Fonte: Aventuras na História
MZ
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