O genocídio é o assassinato de várias pessoas, geralmente motivados por diferenças étnicas, nacionais, religiosas ou sociopolíticas. O objetivo do genocídio é exterminar todos os indivíduos de determinado grupo.
A Operação Anfal foi uma campanha de genocídio contra o povo curdo no Curdistão Iraquiano, liderado pelo regime iraquiano de Saddam Hussein e dirigido por Ali Hassan al-Majid (primo de Saddam).
A campanha leva o nome de Sura al-Anfal, no Alcorão, que foi usado como um nome de código pelo ex-regime iraquiano de Baath para uma série de ataques contra os rebeldes peshmerga e a população civil maioritariamente curda das cozas rurais do norte do Iraque, realizada entre 1986 e 1989.
Esta perseguição também foi feita aos shabaks e yazidis, assírios e os turcomanos iraquianos e muitas aldeias pertencentes a estes grupos étnicos foram destruídas.
Famílias curdas e assírias ficaram sem casas depois de terem sido expulsas à força por soldados de Saddam e devido a isso tiveram que migrar para campos de refugiados.
As casas destas famílias foram entregues aos trabalhadores árabes dos campos de petróleo, bem como a outras pessoas não-curdas que Saddam deslocou do sul do Iraque para a cidade.
Genocídio Anfal
Imagens do Genocídio Anfal |
Saddam Hussein (esquerda) e Ali Hassan al-Majid (direita) |
A campanha leva o nome de Sura al-Anfal, no Alcorão, que foi usado como um nome de código pelo ex-regime iraquiano de Baath para uma série de ataques contra os rebeldes peshmerga e a população civil maioritariamente curda das cozas rurais do norte do Iraque, realizada entre 1986 e 1989.
Esta perseguição também foi feita aos shabaks e yazidis, assírios e os turcomanos iraquianos e muitas aldeias pertencentes a estes grupos étnicos foram destruídas.
Famílias curdas e assírias ficaram sem casas depois de terem sido expulsas à força por soldados de Saddam e devido a isso tiveram que migrar para campos de refugiados.
As casas destas famílias foram entregues aos trabalhadores árabes dos campos de petróleo, bem como a outras pessoas não-curdas que Saddam deslocou do sul do Iraque para a cidade.
A campanha de Anfal incluiu o uso de ofensivas terrestres, bombardeamentos, destruição sistemática de povoados, deportações em massa, pelotões de fuzilamento e, guerra química, o que valeu o apelido de al-Majid, de "Ali Químico".
Milhares de civis foram mortos durante as campanhas. Fontes independentes estimam de 100 mil para mais de 150 mil mortes e cerca de 100 mil viúvas e um número ainda maior de órfãos.
A Amnistia Internacional recolheu os nomes de mais de 17 mil pessoas que tinham "desaparecido" durante 1988.
Massacre de Srebrenica
Massacre de Srebrenica |
Foi o assassinato de 11 a 25 de julho de 1995 de até 8373 bósnios muçulmanos, na região de Srebrenica, pelo Exército Bósnio da Sérvia, sob o comando do General Ratko Mladic e com a participação de uma unidade paramilitar sérvia conhecida como "Escorpiões".
General Ratko Mladic |
Este é um acontecimento mais terríveis da história recente, é o maior genocídio da Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
As tropas sérvias invadiram Srebrenica e a população local procurou abrigo num complexo da ONU. No entanto, dois dias depois, as forças neerlandesas da missão da paz da ONU, que estavam em menor número e não tiveram resposta quando pediram reforço a ONU, em Genebra, cederam às pressões das tropas de Mladic e forçaram milhares de famílias muçulmanas a deixar o local.
Os invasores sérvios, então, organizaram os muçulmanos por género e enviaram os homens para a execução. Cerca de 8 mil homens e meninos muçulmanos foram mortos.
Houve denúncias de violações, seguidos de assassinatos, de mulheres e crianças.
Os homens executados foram enterrados em valas comuns, centenas de homens foram enterrados vivos, homens e mulheres foram mutilados e massacrados, crianças foram mortas diante das mães.
As forças sérvias pretendiam o extermínio dos 40 mil bósnios que viviam em Srebrenica, um grupo emblemático dos bósnios em geral. Os sérvios não aceitam a acusação de genocídio e afirmam que, no mesmo período, houve também, na região de Srebrenica, milhares de vítimas sérvias que são sistematicamente ignoradas pela comunidade internacional.
Genocídio em Timor-Leste
Imagens do Massacre de Santa Cruz, um dos atos terríveis cometidos pela força indonésia sobre os timorenses |
A Indonésia ocupou o atual território do Estado de Timor-Leste de dezembro de 1975 a outubro de 1999.
Após séculos de domínio colonial português na parte oriental da ilha de Timor, um golpe de Estado em Portugal, em 1975, levou à descolonização entre as suas ex-colónias, criando instabilidade no território e deixou o seu futuro incerto.
Depois de uma guerra civil, a FRETILIN, pró-independência, reclama a vitória na capital Díli e declara Timor-Leste independente, a 28 de novembro de 1975.
As forças militares indonésias, do regime de Suharto, invadiram a parte oriental da ilha a 7 de dezembro de 1975, sob a alegação de que a FRETILIN reprimia os comunistas locais e atendendo ao pedido do povo de integração à Indonésia.
Suharto, Presidente da Indonésia de 1967 a 1998 |
No ano seguinte, Timor Leste é declarada a 27.ª província da Indonésia, um estatuto que nunca foi reconhecido pelas Nações Unidas.
Desde o início, as forças indonésias mostraram-se extremamente violentas na sua relação com a população local, procurando dominá-la através do terror.
Logo na ocupação os militares exterminaram boa parte dos timorenses.
Com o tempo e com a impotência de Portugal dos seus fracos protestos às Nações Unidas, a ocupação persistiu, e com ela, uma resistência, que mesmo violentamente reprimida, insistiu em continuar. Cada investida ou protesto de natureza separatista seria seguida de violenta repressão.
Muitos timorenses sentiam-se oprimidos e foram mortos por questões políticas. Desde então, a resistência timorense combateu o exército indonésio.
Em outubro de 1991 uma delegação com membros do Parlamento Português e 12 jornalistas planearam visitar o território durante a visita do Representante Especial das Nações Unidas para os Direitos Humanos e Tortura, Pieter Kooijmans.
Mas o governo indonésio não deixou que uma jornalista australiana, Jill Jolliffe, que apoiava o movimento independentista FRETILIN fosse lá, então Portugal, consequentemente, cancelou a ida da delegação.
O cancelamento desmoralizou os ativistas independentistas em Timor Leste, que esperavam usar esta visita para melhorar a visibilidade internacional para a sua causa.
As tensões aumentaram entre as autoridades indonésias e a juventude timorense após o cancelamento da visita dos deputados de Portugal.
Então o confronto deu-se entre os ativistas pró-integração e os ativistas independentistas que estavam na Igreja, quando este acabou, um homem de cada lado estava morto.
Sebastião Gomes, um apoiante da independência de Timor Leste, foi retirado da Igreja e abatido pela tropa indonésia e o integracionista Afonso Henriques foi atingido e morto durante a luta.
A 12 de novembro de 1991, mais de duas mil pessoas marcharam desde a igreja onde se celebrou uma missa em memória de Sebastião Gomes até ao cemitério de Santa Cruz, onde foi enterrado.
Deu-se, então, o Massacre de Santa Cruz, que foi quando o exército indonésio abriu fogo sobre a população, matando 271 pessoas no local e com 127 a morreram, dos ferimentos, nos dias seguintes.
Manifestantes foram presos e só libertados em 1999, na altura do referendo pela independência.
Este massacre foi filmado pelo repórter de imagem Max Stahl, que deu assim uma grande ajuda a dar a conhecer ao mundo que se tinha passado em Díli. Os acontecimentos foram condenados internacionalmente e chamaram atenção para a causa dos timorenses.
Depois deste massacre, quase todos os países passaram a apoiar Timor-Leste e reconheceram o direito da sua população determinar se Timor-Leste deveria ser ou não independente, o que veio acontecer com o referendo oito anos depois, a 30 de agosto de 1999.
Estima-se que o controlo indonésio tenha feito no mínimo de 90 mil a 220 mil mortes, entre 1975 e 1999, resultado das ações militares em combates diretos, tortura, além da fome e doenças causadas pelos explosivos e agentes químicos utilizados pelos indonésios.
Após a renúncia de Suharto em 1998, o governo indonésio cederia o controlo de Timor Leste no ano seguinte, após um referendo para a independência, onde 80% dos timorenses confirmaram o desejo de se separar da Indonésia.
Parte 1: https://imagenschistoria.blogspot.com/2018/08/os-maiores-genocidios-da-historia-parte.html
Parte 2: https://imagenschistoria.blogspot.com/2018/08/os-maiores-genocidios-da-historia-parte_30.html
Parte 3: https://imagenschistoria.blogspot.com/2018/08/os-maiores-genocidios-da-historia-parte_8.html
Estes quatro posts foram só alguns dos genocídios que aconteceram na história, por isso é normal que faça um ou mais posts sobre este tema.
Parte 2: https://imagenschistoria.blogspot.com/2018/08/os-maiores-genocidios-da-historia-parte_30.html
Parte 3: https://imagenschistoria.blogspot.com/2018/08/os-maiores-genocidios-da-historia-parte_8.html
Estes quatro posts foram só alguns dos genocídios que aconteceram na história, por isso é normal que faça um ou mais posts sobre este tema.
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