Anna McGowan, sobrevivente do Titanic Fonte: Encyclopedia Titanica |
Era a filha mais velha dos imigrantes irlandeses John e Maria. Os seus pais mudaram-se para os EUA, onde Ann nasceu e seu irmão Anthony, mas a estadia foi curta e voltaram a Co Mayo por volta de 1896, onde nasceram os outros cinco irmãos de Anna.
Com o desejo de voltar à América, Anna escreveu à sua tia paterna Catherine McGowan, irmã mais nova e solteira do seu pai, que tinha uma pensão em Chicago, a mostrar o seu interesse de voltar para os EUA.
Catherine voltou à Irlanda, com a intenção de acompanhar a sobrinha na volta para os EUA.
Anna e a sua tia embarcaram no Titanic em Queenstown, a 11 de abril de 1912 - bilhete nº 330923.
Numa entrevista em 1984, Anna lembrou que na noite de domingo, 14 de abril, ela e a sua tia estavam a participar numa festa na terceira classe, o número de bêbados deixou a sua tia desconfortável e ela tentou afastá-la do local.
Anna não conseguiu lembrar-se de nenhum acidente ou mesmo o menor dos solavancos, mas o que se lembrou foi do súbito aparecimento de membros da tripulação a correr e contou que um tripulante lhe disse que o navio não tinha hipótese.
Anna sobreviveu ao naufrágio, possivelmente no bote salva-vidas nº13, sendo levada sem cerimónia para um bote salva-vidas usando apenas um vestido e sapatos. Nos anos seguintes, Anna recordou o frio intenso do Atlântico enquanto estava no bote, dos gritos daqueles que foram deixados para trás e de como o navio "rebentou ao meio" enquanto afundava.
Anna nunca mais viu a sua tia Catherine, separaram-se durante a confusão.
Quando chegou a Nova Iorque, Anna foi descrita como uma jovem de 17 anos solteira, sem profissão declarada e o seu endereço de destino era Chicago, a morada da casa da sua tia.
Anna foi hospitalizada em Nova Iorque e após se recuperar foi para Chicago ter com outra tia sua que a esperava.
A Cruz Vermelha Americana ajudou na sua educação, enviando-a para uma escola de negócios, na qual trabalhou para se sustentar.
Em 1919 o seu irmão Anthony juntou-se a ela nos EUA.
Anna casou-se em 1920 com Raymond Albert Straube. O casal teve três filhas.
Após a descoberta do Titanic em 1985, Anna criticou qualquer ideia de que os objetos devesse ser recuperados dos destroços, e defendeu que o Titanic não deveria ser mexido e deveria ser deixado em paz.
Anna ficou viúva a 2 de julho de 1965 e continuou a morar em Chicago, perto dos filhos e netos. Anna morreu a 30 de janeiro de 1990, aos 95 anos.
MZ
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