Grace Halsell Fonte: Timeline |
Trabalhou em vários jornais entre 1942 e 1965. Cobriu as guerras da Coreia e do Vietname como repórter e foi redatora de discursos da Casa Branca para o Presidente Lyndon B. Johnson de 1965 a 1968. Escreveu, ainda, dez livros.
Após a morte de Martin Luther King Jr., Grace quis sentir na pele as dificuldades vividas pela população afroamericana, nos EUA, dos anos 1960.
No dia do assassinato de Martin Luther King Jr., a 4 de abril de 1968, Grace, que trabalhava em Washington no gabinete do Presidente, estava no Texas, quando soube da morte de Martin.
Grace via o jornalismo como uma forma de se aventurar pelo mundo. Além de cobrir as guerras, viajou por Hong Kong, Grécia, Turquia e Peru.
Após a notícia da morte de Martin, Grace encarou o desafio mais difícil da sua carreira, tornar-se-ia numa negra durante um ano para sentir na pela as dificuldades da população afroamericana.
No seu livro "Soul Sister" escreveu: "A minha primeira reação foi: 'não há esperança. Nós vamos falhar como povo e nação'", publicado em 1969. Neste livro descreveu a sua experiência como uma mulher negra.
Livro "Soul Sister", de Grace Halsell, de 1969 Fonte: Amazon.com |
Grace disse: "Para ter a certeza, coloquei o meu braço ao lado do dele [de um dos seus médicos]. Ele é negro, mas eu estava mais escura".
Depois de conseguir escurecer a sua pele, mudou-se para Harlem, bairro de Nova Iorque com uma grande concentração de negros.
Usando apenas um vestido simples de algodão e com um lenço amarrado no cabelo, além de lentes de contacto pretas, Grace tinha cerca de 20 dólares no bolso quando entrou no autocarro.
Um dos seus maiores medos, revela, era que descobrissem que não era negra e que a castigassem por isso. Além disso, devido à visão estereotipada da população branca, tinha medo de ser violada ou roubada por homens negros a qualquer momento.
No entanto, nada disto aconteceu, muito pelo contrário. O bairro era totalmente diferente daquilo que Grace estava à espera. Por isso, acabou por decidir mudar-se para Mississippi, para trabalhar como empregada doméstica na casa de uma família branca.
Foi na casa de uma família branca que viveu o que tanto temia. O chefe da família, um homem branco, tentou violá-la, mas Grace conseguiu livrar-se após partir uma moldura na cabeça do seu agressor.
Por isto, acabou por desistir do seu projeto, faltavam apenas alguns meses de terminá-lo. Mais tarde, no seu livro, escreveu: "o problema é maior que branco ou preto. É a desumanidade do homem com o homem (e mulher) sempre e por toda a parte".
Fonte: Wikipédia | Aventuras na História
MZ
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