Este é o 10º e último post desta segunda série de Mulheres Assassinas. Mas certamente, haverá uma terceira "temporada".
Para hoje temos a assassina Constance Kent.
Constance Kent Fonte: Murderpedia |
Constance Emily Kent nasceu a 6 de fevereiro de 1844, em Sidmouth, na Inglaterra.
Em algum momento da noite de 29 de junho e na manhã de 30 de junho de 1860, Francis Kent, meio-irmão de Constance, de quatro anos, desapareceu do seu quarto na casa do seu pai, Samuel Kent.
O corpo do menino foi encontrado no cofre de uma casinha (utilizada como casa de banho) na propriedade. A criança, ainda vestida com a camisa de dormir e enrolada num cobertor, tinha ferimentos de faca no peito e nas mãos, e a sua garganta tinha sido cortada profundamente que quase foi decapitado.
Inicialmente a babysitter do menino, Elizabeth Gough, foi presa.
Elizabeth foi libertada quando as suspeitas do detetive Jack Whicher, da Scotland Yard, se mudaram para a meia-irmã de 16 anos do menino, Constance.
Constance então foi presa a 16 de julho, mas libertada sem julgamento devido à opinião pública contra as acusações de um detetive da classe trabalhadora contra uma jovem dama de companhia.
Após o colapso da investigação, a família Kent mudou-se para Wrexham, no norte do País de Gales e enviou Constance para uma escola em Dinan, na França.
Em 1865, Constane foi processada pelo assassinato, cinco anos depois. Constance fez uma declaração a confessar a sua culpa a um clérigo anglo-católico, o Rev. Arthur Wagner, e expressou a sua vontade de se entregar à justiça.
Na sua confissão disse que esperou que a família e os empregados estivessem a dormir, desceu até à sala de estar e abriu as persianas e a janela, depois tirou a criança do seu quarto embrulhada num cobertor que ele tinha na cama, saiu da casa e o matou com uma navalha que roubou ao pai.
O assassinato não foi um ato espontâneo, ao que parece, mas de vingança, e até foi sugerido que Constane, em certos momentos, estava mentalmente desequilibrada.
Havia muita especulação na época de que a sua confissão era falsa. Muitos supunham que o seu pai, Samuel, um conhecido adúltero, estava a ter um caso com a babysitter da criança e, num acesso de raiva, matou a criança após o ter interrompido num encontro sexual. A teoria encaixava-se no padrão de Samuel, que já tinha tido um caso com uma babysitter da família enquanto a sua primeira mulher estava a morrer.
Constance nunca desmentiu a sua confissão, mesmo depois da morte do seu pai. Ela também manteve o silêncio sobre o motivo do assassinato. Em todas as suas declarações, insistiu que não tinha ódio nem ciúmes em relação ao seu meio-irmão.
Constance foi condenada à morte, mas a sentença foi alterada para prisão perpétua devido à sua juventude na época da sua confissão. Esteve presa 20 anos em várias prisões. Durante o tempo que esteve presa, fez mosaicos para várias igrejas.
Foi libertada em 1885, aos 41 anos. Emigrou para a Austrália no início de 1886 e juntou-se ao seu irmão William, na Tasmânia. Mudou o seu nome para Ruth Emily Kaye e formou-se em enfermagem.
Morreu a 10 de abril de 1944, aos 100 anos, num hospital particular no subúrbio de Sydney, em Strathfield.
MZ
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