quinta-feira, 23 de julho de 2020

Crimes não resolvidos: Menino da Caixa

Caixa onde o menino foi encontrado no interior
Fonte: Megacurioso

Este caso aconteceu na tarde de 25 de fevereiro de 1957, quando um estudante que passava na estrada Susquehanna, na Filadélfia, reparou numa caixa com letras vermelhas que diziam "Frágil, não abra com a faca".

A caixa originalmente era de um berço, mas, ao abrir, o homem deparou-se com o que ele pensou inicialmente ser uma boneca, mas ele acabou por perceber que se tratava de um corpo de uma criança.

O menino estava sem roupas e encontrava-se enrolado num cobertor. Tinha pouco mais de 1 metro e pesava menos de 14 kg, o que é muito pouco para uma criança da sua altura.

Aparentava ter menos de seis anos, as suas unhas estavam cuidadosamente cortadas e os seus cabelos também aparentavam terem sido cortados recentemente.

Apresentava cicatrizes no seu corpo que pareciam ser de procedimentos cirúrgicos e os seus olhos azuis mostravam sinais de que recebia tratamento para alguma condição crónica.

A pele das suas mãos e pés estava enrugada, o que sugeria que a criança teria tido algum contacto mais longo com a água.

Foi encontrada uma substância escura no seu esófago e devido às contusões, o médico legista determinou que a morte foi causada por golpes na cabeça.

A polícia quando iniciou o caso havia muitas pistas a seguir: primeiro, a polícia tentou descobrir a identidade da criança, mas nenhum menino do seu tamanho estava na lista de desaparecidos.

O frio dificultou as investigações da polícia, que tentou identificar exatamente quando a morte do menino ocorreu. Apesar de tudo, acabaram concluindo que o menino tinha morrido num intervalo de dois dias a duas semanas, a partir do dia em que foi encontrado.

Depois decidiram procurar as impressões digitais em hospitais, mas nenhuma correspondia com as da criança, milhares de cartazes e panfletos foram distribuídos, mas ninguém entrou em contacto com as autoridades.

Sem ter muitas opções, a polícia chegou a fotografar o menino com diferentes tipos de roupas que ele poderia ter usado, na esperança de que alguém se lembrasse dele. Mas nada aconteceu.
Panfleto distribuído pela polícia
Fonte: Megacurioso 
A polícia também rastreou a caixa, mas a investigação chegou a outro beco sem saída, quem comprou o berço pagou em dinheiro, não deixando assim qualquer identificação. Também não foram encontradas quaisquer impressões digitais na caixa.

O cobertor utilizado para enrolar o menino teria sido lavado e também não apresentavam nenhuma pista que pudesse identificar a criança ou quem a teria deixado lá.

A única pista encontrada pela polícia foi um boné colorido de algodão. Nas investigações, a polícia conseguiu encontrar o local onde este tinha sido vendido, mas as informações que receberam não levaram a lado nenhum.

Depois apareceu uma testemunha que relatou que, um dia antes do aparecimento do corpo, ela terá visto uma mulher e uma criança na estrada e perguntou-lhes se precisavam de ajuda. A mulher terá apenas acenou negativamente.

As autoridades investigaram as famílias da região, principalmente as que tinham mais filhos do que poderiam sustentar. Alguns rumores levaram a uma mulher que tinha nove filhos e que já tinha respondido a uma acusação por ter despejado o cadáver de uma das filhas no lixo depois que esta morreu de causas naturais.

Em julho de 1957, os polícias responsáveis pelo caso resolveram pagar um funeral ao menino. O epitáfio simples, gravado em pedra, dizia "Pai Celestial, abençoe este menino desconhecido".
Sepultura do menino da caixa
Fonte: Megacurioso
O caso foi, gradualmente, esquecido pela população e pelas autoridades, com a exceção do investigador legista Remington Bristow.

Durante o seu tempo livre e com o seu próprio dinheiro, Bristow procurou por pistas e chegou a consultar médius, procurando alguma informação sobre a identidade do menino. Bristow acreditava que o menino morava num lar adotivo. Bristow morreu em 1993, sem saber a verdade.

Cinco anos mais tarde, o corpo do menino foi exumado e o seu ADN foi levado para testes. Mesmo com os avanços neste campo, o exame não resultou em nada de novo.

Em 2002, um psiquiatra de Ohio contratou a polícia da Filadélfia e contou que um dos seus pacientes lhe disse que sabia como o "menino da caixa" tinha morrido. Numa das sessões, a mulher revelou que os seus pais, ambos educadores, tinham comprado a criança para usar como um brinquedo sexual.

Num dia quando a sua mãe estaria a dar banho no menino, a quem deram o nome de Jonathan, ele começou a lutar e ela o golpeou com força o suficiente para o matar. A paciente, que tinha na época do assassinato 10 anos, disse que era ela quem estava na estrada ao lado da sua mãe quando um homem parou para perguntar se precisavam de ajuda.

Tudo parecia fazer sentido e esta pessoa sabia de detalhes importantes. Ela até teria esclarecido o que era a substância castanha encontrada no esófago do menino - ele teria vomitado feijões cozidos que comeu no dia em que morreu.

Mesmo com todos estes relatos, ninguém conseguiu provar se a história era verdadeira ou não.

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

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