Medicamento envenenado Tylenol Fonte: piro a besta apocalíptica |
A 29 de setembro de 1982, uma menina de 12 anos doente, que morava em Elk Grove Village, Illinois, tomou um comprimido de Tylenol Extra Forte que estava envenenado com cianeto e acabou por morrer horas depois, no mesmo dia.
Esta menina foi uma das sete pessoas que morreram repentinamente após ingerir o popular medicamento, vendido sem ser preciso receita médica.
As vítimas, todas da área de Chicago, variavam entre os 12 e os 35 anos de idade e incluiriam três membros da mesma família.
A fabricante do Tylenol, Johnson & Johnson, lançou de imediato um maciço "retirar" do produto e ofereceu 100 mil dólares de recompensa por alguma informação que levasse à prisão da pessoa ou pessoas responsáveis.
Os investigadores logo determinaram que as cápsulas envenenadas de Tylenol não tinham sido alteradas nas fábricas onde eram produzidas, isso significava que alguém retirava as caixas das estantes dos distribuidores, substituía os comprimidos por outros envenenados, e voltava a colocar no sítio para que fossem distribuídos em farmácias e supermercados, onde as vítimas os compravam.
Com o pedido da Johnson & Johnson da retirada do produto, foram devolvidas 264 mil caixas, a marca então ofereceu uma substituição grátis do produto de uma forma mais segura.
Antes deste problema, o Tylenol era o medicamento mais vendido entre as que não necessitam de receita médica.
Alguns acreditaram que o medicamento Tylenol jamais seria capaz de se recuperar. No entanto, no espaço de meses, Tylenol voltou às estantes das farmácias com uma nova embalagem, mais segura. Esta substituição custou à Johnson & Johnson mais de 100 milhões de dólares, mas no final a empresa foi elogiada por ter sabido conduzir a situação de crise.
Os "assassinos Tylenol", que inspiraram crimes semelhantes envolvendo outros produtos, nunca foram identificados, embora diversas pessoas tenham sido investigadas.
Algo positivo desta crise foi que levou a indústria farmacêutica a desenvolver embalagens à prova de adulteração, que antes deste caso simplesmente não existia.
MZ
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