terça-feira, 24 de agosto de 2021

Rainhas que Morreram durante/pós Parto

 

Isabel de Aragão, Rainha de Portugal

Isabel de Aragão, Rainha de Portugal
Fonte: Wikipédia

Nasceu em Dueñas, a 2 de outubro de 1470, era a filha mais velha dos Reis Católicos, Fernando de Aragão e Isabel de Castela.

Casou-se com o Príncipe D. Afonso de Portugal, que morreu de uma queda de cavalo durante um passeio. Viúva, casou-se novamente, agora com o primo direito do sogro, o Rei Manuel I de Portugal, em 1496.

Com poucos meses de casa, engravidou, com a proximidade do parto a Rainha sentia-se cada vez mais indisposta e com medo de morrer.

A 24 de agosto de 1498, dá à luz um Infante de Portugal, Castela e Aragão, Miguel da Paz. Mas Isabel contraiu uma hemorragia. Morreu "à força de sangue que lhe soltara sem lho poderem estancar".

Segundo o historiador Renato Tapioca: "Isabel faleceu nos braços do seu pai, o Rei Fernando. Esta morte abalou profundamente a Rainha de Castela. Por quase oito anos, Isabel foi a sua única filha, recebeu mais atenção dos pais do que qualquer uma das suas irmãs, sendo possivelmente a sua preferida. Especialmente pelo seu carácter, gosto e personalidade. A população chorou bastante a morte de Isabel ao mesmo tempo em que celebravam o nacimento do seu filho."


Isabel de Portugal, Imperatriz Romano-Germânica

Isabel de Portugal, Imperatriz Romano-Germânica
Fonte: Wikipédia

Isabel nasceu a 24 de outubro de 1503 em Lisboa, filha de D. Manuel I de Portugal e de Maria de Aragão e Castela.

Casou-se com o seu primo direito, Carlos V do Sacro Império Romano-Germânico, em março de 1526, depois de um casamento por procuração a 1 de novembro de 1525.

Apesar do casamento ter-se realizado por questões políticas, com o tempo, viveram um grande amor. Tiveram sete filhos, sendo que quatro ou nasceram mortos ou viveram muito pouco tempo.

Em 1539, entra no seu 6º trabalho de parto, prematuro a 21 de abril, mas o menino nasceu morto. Isabel encontrava-se debilitada e teve uma forte hemorragia, seguida de uma febre puerperal.

Percebendo que a morte estava próxima, confessou-se e recebeu a extrema unção, despedindo-se do marido e dos filhos. O Imperador manteve-se sempre ao lado da sua mulher, até à sua morte no dia 1 de maio de 1539, com a mesma idade e nas mesmas circunstâncias trágicas que vitimaram a sua mãe, aos 35 anos. Após 14 anos de casamento.


Jane Seymour, Rainha de Inglaterra

Jane Seymour, Rainha de Inglaterra
Fonte: Wikipédia

Filha de John Seymour e de Margaret Wentworth, nasceu em 1508/9.

Foi levada para a Corte cedo, foi aia das Rainhas Catarina de Aragão e Ana Bolena até atrair as atenções do Rei. A sua ascensão coincidiu com a queda de Ana Bolena e foi a vontade de Henry VIII em casar com Jane que levou à execução da sua segunda mulher, Ana Bolena.

Jane e Henry VIII casaram-se a 30 de maio de 1536, menos de duas semanas depois da morte de Ana Bolena. O Rei era absolutamente fascinado por ela e concedia-lhe todos os seus desejos, inclusivo a satisfação dos apetites exóticos resultantes da gravidez.

Em outubro de 1537, a Rainha Jane recolheu-se para os seus aposentos, e na tarde de 9 de outubro entrou em trabalho de parto.

Foi organizada uma procissão solene para passar pela cidade de Londres com o objetivo de rezar pela Rainha que estava em trabalho de parto há dois dias.

Às 2 horas da manhã, do dia 12 de outubro, o bebé nasce, era um menino, filho tão desejado por Henry VIII. Apesar da demora no tempo de parto, o bebé não nasceu de cesariana, na época ainda não havia possibilidades de uma mulher sobreviver a esse procedimento cirúrgico.

Semanas depois do parto, a Rainha ficou doente, com febre puerperal, a febre decorrente do parto que resultou em septicemia. Morrendo a 24 de outubro de 1537, aos 29 anos de idade, 12 dias após o parto.


Mumtaz Mahal

Mumtaz Mahal
Fonte: Wikipédia

Nascida Arjumand Bano Begum, em 1593, era uma Princesa persa muçulmana que ao se casar com o 5º Imperador Mongol, o Shah Jahan, passou a ser conhecida como Mumtaz Mahal. Na tradição mongol, as senhoras importantes da Família Real recebiam outro nome ao casarem-se.

Embora não fosse o primeiro casamento de Jahan, o casamento foi feito com paixão e amor verdadeiro, amor este que os fez praticamente inseparáveis. O casamento aconteceu a 10 de maio de 1612. Mumtaz acompanhava o seu marido nas suas viagens e expedições militares.

Em 19 anos de casamento, tiveram 14 filhos, sete dos quais morreram no nascimento ou ainda novos.

No parto do seu 14º filho, a Rainha faleceu, quando acompanhava o seu marido numa campanha militar em Burhanpur.

A morte da Rainha abalou muito o seu marido. Jahan mandou construir um palácio sobre o túmulo da sua amada como uma homenagem póstuma. Chamado "Taj Mahal", é feito de mármore branco, rodeado de grandes jardins e com belas decorações. É considerado, por alguns, a maior prova de amor já feita pelo homem.


Maria Isabel de Bragança, Rainha de Espanha

Maria Isabel de Bragança, Rainha de Espanha
Fonte: Estórias da História - blogger

Filha do Rei português João VI e de Carlota Joaquina de Espanha, nasceu em Queluz, a 19 de maio de 1797.

Casou-se com o Rei Fernando VII de Espanha, seu tio, a 29 de setembro de 1816, em Madrid. Tiveram duas filhas. Logo após a morte da sua primeira filha, engravidou de novo, mas o parto foi difícil.

Durante o parto, o bebé estava sentado e os médicos descobriram que a criança tinha morrido. Maria Isabel parou de respirar o que levou a que os médicos achassem que ela estava morte.

Então começaram a cortar o ventre da Rainha para extrair o feto morto, quando Maria de repente começa a gritar de dor e cai da cama, sangrando fortemente.

Os cortes feitos pelos médicos levaram Maria Isabel à morte, a 26 de dezembro de 1818, aos 21 anos de idade.

Esta cesariana deixou a Corte Espanhola em choque, pois perderam dois membros, a Rainha e a sua filha. É ainda hoje recordada como "a rainha que morreu duas vezes".


Maria II, Rainha de Portugal

Rainha D. Maria II de Portugal
Fonte: Wikipédia

Nasceu no Rio de Janeiro, Brasil, a 4 de abril de 1819, Filha de D. Pedro IV de Portugal e I do Brasil e de Maria Leopoldina da Áustria.

Com dispensa papal, por procuração, a 29 de outubro de 1826, casou-se com o seu tio, o Infante Miguel. O casamento acabou por ser dissolvido ou declarado nulo a 1 de dezembro de 1834.

Casou-se novamente por procuração a 1 de dezembro de 1834, em Munique, e em pessoa, em Lisboa a 26 de janeiro de 1835, com o Príncipe Augusto de Beauharnais (1810-1835). Augusto morreria a 28 de março de 1835 de difteria, no Palácio Real das Necessidades, em Lisboa.

Havia então a necessidade de outro marido para Maria. Maria casou-se com o Príncipe Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha (1816-1885). Tiveram 11 filhos.

Maria II engravidou 12 vezes e teve 11 partos, durante 16 anos. Desde a sua primeira gravidez aos 18 anos de idade, Maria II enfrentou problemas para dar à luz, com trabalhos de parto longos e extremamente difíceis. Por exemplo na sua 3ª gravidez, cujo trabalho de parto duro 32 horas, em que a menina foi retirada com fórceps, em 1840, a bebé nasceu morta.

Aos 25 anos, com a sua 5ª gravidez, tornou-se obesa e os seus partos tornaram-se ainda mais complicados. Em 1847 o sofrimento foi tal que levou ao nascimento do seu 8º filho, o Infante D. Augusto, trouxe ao mundo uma criança "bastante arroxada e com pouca respiração".

A perigosa rotina de gestações sucessivas, somada à obesidade e à frequência de partos distócitos, levaram os médicos a alertarem sobre os sérios riscos que corria.

Indiferente aos avisos, Maria limitava-se a responder: "Se morrer, morro no meu posto".

A 15 de novembro de 1853, 13 horas depois do início do trabalho de parto de mais um bebé morto, o seu 11º filho. Maria morre aos 34 anos de idade.



Fonte: Wikipédia | Canal História e Tu


MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

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