sábado, 21 de abril de 2018

A Síria - A Guerra Civil

(Contem imagens podem ser chocantes para algumas pessoas)

Nos últimos anos temos ouvido falar em terrorismo, guerra, Síria, refugiados, ataques, ataques químicos, bombas, mortes, mortes de inocentes e nestes últimos dias falou-se que civis sofreram um ataque químico ao qual EUA, França e Reino Unido reagiram atacando a Síria, esta apoiada pela Rússia.

Como a História também é feita de atualidade nos próximos post's falarei apenas da questão da Síria, seja local, seja depois de maneira que afeta os outros países, nomeadamente Portugal.

De relembrar que não só a Síria sofre com problemas de cariz bélico mas tendo em conta que é assunto sistematicamente, falarei também aqui.

Hoje falarei da Guerra Civil que acontece ainda hoje, desde 2011.

A Guerra Civil

Protestos Sírios
Antes do início do conflito, muitos sírios queixavam-se de um alto nível de desemprego, corrupção em larga escala, falta de liberdade política e repressão por parte do governo de Bashar al-Assad.
Bashar al-Assad, atual presidente da Síria
Em março de 2011, adolescentes pintaram mensagens revolucionárias no muro de uma escola na cidade de Deraa, no sul do país, foram presos e torturados pelas forças de segurança. Este acontecimento provocou protestos por mais liberdade no país, inspirados na Primavera Árabe.

A Guerra Civil Síria é um conflito interno que acontece atualmente na Síria, que começou com uma série de grandes protestos populares a 26 de janeiro de 2011 e progrediu para uma violenta revolta armada a 15 de março do mesmo ano, influenciados por outros protestos simultâneos no mundo árabe.

Enquanto a oposição alega estar a lutar para destituir o presidente Bashar al-Assad do poder para posteriormente instalar uma nova liderança mais democrática no país, o governo sírio diz estar apenas a combater “terroristas armados que visam desestabilizar o país”.

Com o tempo, a guerra deixou de ser uma simples “luta pelo poder” e passou a abranger aspetos de natureza sectária e religiosa, com diversas fações que formam a oposição combatendo tanto o governo quanto umas com as outras.

Foi, então, iniciada uma mobilização social e mediática, exigindo maior liberdade de imprensa, direitos humanos e uma nova legislação – A Síria tem estado em estado de emergência desde 1962, o que suspendeu as proteções constitucionais para a maioria dos cidadãos.

Na época o presidente era Hafez al-Assad, que esteve no poder durante 30 anos, e é o pai do atual presidente que tem mantido o poder com mão firme desde 2000.
Hafez al-Assad
Quando começaram haver os protestos, o governo sírio enviou as suas tropas para as cidades em que aconteciam as revoltas com o objetivo de terminar com a rebelião. O resultado deste confronto foi centenas de mortes, a grande maioria de civis.

No final de 2011, soldados desertores e civis armados da oposição formaram o chamado Exército Livre Sírio para iniciar uma luta convencional contra o Estado.

A 15 de julho de 2012, com grandes combates acontecendo por todo o país, a Cruz Vermelha Internacional decidiu classificar o conflito como guerra civil, abrindo caminho para a aplicação do Direito Humanitário Internacional ao abrigo das convenções de Genebra e à investigação de crimes de guerra.
Estado de uma cidade Síria em consequência da Guerra Civil Síria
A partir de 2013, aproveitando-se do caos da guerra civil na Síria e no Iraque, um grupo autoproclamado Estado Islâmico começou a reivindicar territórios na região. Lutando inicialmente ao lado da oposição síria, as forças desta organização passaram a atacar qualquer uma das fações envolvidas no conflito.
Imagem referente ao Estado Islâmico
Em junho de 2014, militantes do Estado Islâmico proclamaram um Califado na região, com o seu líder, Abu Bakr al-Baghdadi, como califa. Rapidamente iniciaram uma grande expansão militar, subjugando rivais e impondo a sharia (lei islâmica), nos territórios que controlavam.
Abu Bakr al-Baghdali, Califa do Autoproclamado Estado Islâmico
Nações ocidentais, como EUA, as nações da OTAN na Europa e países do mundo árabe começaram a temer o fortalecimento do Estado Islâmico e que este representasse uma ameaça à sua própria segurança e estabilidade da região, iniciaram uma intervenção armada contra os extremistas.

Outras nações, como a Rússia e o Irão, também intervêm militarmente no conflito, mas ao lado do regime de Assad.

Segundo informações de ativistas de direitos humanos dentro e fora da Síria, o número de mortos no conflito passa das 450 mil pessoas, sendo mais de metade civis. Outras 130 mil pessoas teriam sido detidas pelas forças de segurança do governo.

Feridos em consequência da Guerra Civil Síria

Mais de cinco milhões de sírios procuraram refúgio no exterior para fugir dos combates, com a maioria destes a procurar abrigo no país vizinho Líbano.
Refugiados em consequência da Guerra Civil Síria
O conflito também gerou uma enorme onda migratória de sírios e árabes em direção à Europa, sem antecedentes desde a Segunda Guerra Mundial.
Refugiados em consequência da Guerra Civil Síria
Cerca de 70% da população não tem acesso a água potável, uma em cada três pessoas não conseguem suprir as necessidades alimentares básicas, mais de dois milhões de crianças não vão à escola e um e cada cinco indivíduos vive na pobreza.
Refugiados em consequência da Guerra Civil Síria
As partes do conflito têm complicado ainda mais a situação ao recusar o acesso das agências humanitárias aos necessitados


Segundo a ONU e outras organizações internacionais, tem acontecido crimes de guerra e contra a humanidade por todo o país e por todos os lados.
Feridos em consequência da Guerra Civil Síria

Na fase inicial da guerra, as forças leais ao governo foram os principais alvos das denúncias, sendo condenadas internacionalmente por incontáveis massacres de civis. Milícias leais ao presidente Assad e integrantes do exército sírio foram acusadas de vários assassinatos e cometerem inúmeros abusos contra a população.

Feridos em consequência da Guerra Civil Síria

No entanto, no decorrer da guerra, as forças opositoras também passaram a ser acusadas, por organizações de direitos humanos, de crimes de guerra.
Estado de uma cidade Síria em consequência da Guerra Civil Síria

O Estado Islâmico, desde 2013, passou então a chamar a atenção pelos requintes de violência e crueldade nas inúmeras atrocidades que cometiam pelo país.

Autoproclamado Estado Islâmico na Síria


O fim desta terrível guerra parece estar longe porque um dos grandes fatores é intervenção de potências regionais e internacionais (falarei num próximo post). O apoio militar, financeiro e político tanto para o governo quanto para a oposição tem contribuído diretamente para a continuidade e intensificação dos confrontos, e transformou a Síria num campo para uma guerra indireta.
Imagens da Guerra Civil Síria

Outros post's relacionados com a Síria:
- A Síria - Enquanto País: https://imagenschistoria.blogspot.pt/2018/04/a-siria-enquanto-pais.html
- A Síria - O Presidente: https://imagenschistoria.blogspot.pt/2018/04/a-siria-o-presidente.html
- A Síria - A Primeira-Dama: https://imagenschistoria.blogspot.pt/2018/04/a-siria-primeira-dama.html
- A Síria - Os Refugiados: http://imagenschistoria.blogspot.pt/2018/04/siria-os-refugiados.html
- A Síria - A Intervenção de Outros Países: http://imagenschistoria.blogspot.pt/2018/04/a-siria-intervencao-de-outros-paises.html

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

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