Nos últimos anos temos ouvido falar em terrorismo, guerra, Síria, refugiados, ataques, ataques químicos, bombas, mortes, mortes de inocentes e nestes últimos dias falou-se que civis sofreram um ataque químico ao qual EUA, França e Reino Unido reagiram atacando a Síria, esta apoiada pela Rússia.
Como a História também é feita de atualidade nos próximos post's falarei apenas da questão da Síria, seja local, seja depois de maneira que afeta os outros países, nomeadamente Portugal.
De relembrar que não só a Síria sofre com problemas de cariz bélico mas tendo em conta que é assunto sistematicamente, falarei também aqui.
Hoje, falarei da Primeira-Dama da Síria.
O pai de Asma, Fawaz Akhras é cardiologista e a sua mãe, Sahar Otri al-Akhras, é uma diplomata reformada.
Asma frequentou uma escola da Igreja Anglicana, em Acton. Terminou os seus estudos no Queen's College, em Londres. O seu ensino superior foi concluído no King's College de Londres e formou-se em 1996 com uma licenciatura em Ciência da Informática e um diploma em literatura francesa.
Depois da faculdade, começou a trabalhar para a Deutsche Bank na divisão de gestão de fundos com clientes na Europa e no Extremo Oriente.
Em 1998, juntou-se à divisão do banco de investimentos da J. P. Morgan, especializada em fusões e aquisições de empresas farmacêuticas e de biotecnologia. Durante o tempo que trabalhou na J. P. Morgan, trabalhou principalmente no escritório de Nova Iorque, onde realizou quatro grandes fusões para clientes americanos e europeus.
Asma regressou à Síria em novembro de 2000 e no mês seguinte casou-se com o presidente, Bashar al-Assad. Estes conheceram-se na faculdade, em Londres.
O casal tem três filhos, Hafez, Karim e Zein.
Na época do seu casamento, havia esperança de que o jovem casal trouxesse uma maior abertura, após quase 30 anos de ditadura do pai de Bashar.
A imagem sofisticada de Asma transformou-se no cartão-de-visita do país. O seu elegante corte de cabelo e looks perfeitos - compostos por roupas de alta-costura, sapatos Louboutin e carteiras Chanel ou Dior -, eram elogiados pela imprensa internacional. Asma inaugurava exposições em Damasco, ia à ópera e jantava com o marido nos restaurantes exclusivos da capital.
Os sírios alinhados com o regime tinham orgulho numa primeira-dama que personificava a mulher perfeita, que falava de democracia e tinha uma ONG de apoio aos necessitados.
Em 2008, a revista Elle elegeu Asma como "a primeira-dama mais bem vestida do mundo".
Também em 2008, Asma ganhou a Medalha da Presidência da República Italiana pelo seu trabalho humanitário e um doutorado honorário em arqueologia na Universidade de Roma "La Sapienza".
No início da Guerra Civil da Síria, em 2011, em que as forças da oposição lutavam para tentar derrubar o seu marido do poder, a sua popularidade caiu vertiginosamente, com denúncias de que, alheia ao que acontecia no país, Asma mantinha o seu estilo de vida "extravagante", com enormes despesas pessoais.
As suas aparições públicas durante o conflito tornaram-se raras, o que levou a imprensa a especular que Asma teria deixado a Síria, o que era negado pelo governo. Então, em março de 2013, fez uma aparição pública, a primeira em quase um ano, na Casa de Ópera de Damasco, num evento chamado "Encontro de Mães".
Fez outra aparição em outubro de 2013, num encontro com cidadãos que perderam familiares na guerra. No evento, ela negou que tivesse intenções de deixar a Síria.
Após anos de silêncio, em 2017 Asma, mostrou-se numa entrevista a uma estação de televisão russa. Apareceu como a face humana de um regime condenado pelas suas práticas brutais, a falar da "dor e tristeza" causadas pela sangrenta guerra civil. Na verdade, ninguém acredita que ela seja alheia à ditadura do marido.
Asma diz: "Ofereceram-me a oportunidade de deixar a Síria, ou melhor, de fugir da Síria. Essas ofertas davam-me garantias de segurança e de proteção para os meus filhos, e até de segurança financeira". Durante a entrevista de 30 minutos, Asma não revelou de quem partiram essas ofertas e assegurou que jamais lhe passou pela cabeça sair de Damasco.
Na entrevista, Asma apresentou-se vestida de preto, com uma maquilhagem sóbria e o cabelo cuidadosamente descuidado, apresentou-se como mais uma mulher síria que resiste aos grupos armados da oposição e ao isolamento internacional, lamentando a grave crise humanitária.
As acusações de que a entrevista não passou de mais uma manobra de propaganda do regime não tardaram. Até porque Asma, com então 41 anos, sempre foi utilizada para esse fim. Já em fevereiro de 2011, dias antes de rebentar o conflito, a Vogue fez-lhe um perfil bajulador com o poético título "Uma rosa no deserto".
O artigo da Vogue a descrevia como uma "primeira-dama fascinante, elegante e magnética" e elogiava a família Assad, como um casal "democrático" e focado na família. Quando o The New York Times revelou que tinha sido uma encomenda do governo sírio, através de uma agência de comunicação, o texto foi retirado.
A popularidade de Asma caiu em 2012, com a revelação de e-mails que denunciavam o seu estilo de vida extravagante. Gastava fortunas em roupas de marca em Paris, e em móveis e lustres importados de Londres e de Praga.
Outros post's relacionados com a Síria:
- A Síria - Enquanto País: https://imagenschistoria.blogspot.pt/2018/04/a-siria-enquanto-pais.html
- A Síria - O Presidente: https://imagenschistoria.blogspot.pt/2018/04/a-siria-o-presidente.html
- A Síria - A Guerra Civil: http://imagenschistoria.blogspot.pt/2018/04/a-siria-guerra-civil.html
- A Síria - Os Refugiados: http://imagenschistoria.blogspot.pt/2018/04/siria-os-refugiados.html
- A Síria - A Intervenção de Outros Países: http://imagenschistoria.blogspot.pt/2018/04/a-siria-intervencao-de-outros-paises.html
Primeira-Dama da Síria
Asma al-Assad nasceu em Londres, na Inglaterra, a 11 de agosto de 1975. A sua família vinha de Homs, na Síria, que tinha imigrado para o Reino Unido.Asma al-Assad, a Primeira-Dama da Síria |
Fawaz Akhras, pai de Asma al-Assad |
Depois da faculdade, começou a trabalhar para a Deutsche Bank na divisão de gestão de fundos com clientes na Europa e no Extremo Oriente.
Em 1998, juntou-se à divisão do banco de investimentos da J. P. Morgan, especializada em fusões e aquisições de empresas farmacêuticas e de biotecnologia. Durante o tempo que trabalhou na J. P. Morgan, trabalhou principalmente no escritório de Nova Iorque, onde realizou quatro grandes fusões para clientes americanos e europeus.
Asma regressou à Síria em novembro de 2000 e no mês seguinte casou-se com o presidente, Bashar al-Assad. Estes conheceram-se na faculdade, em Londres.
Asma e o marido Bashar al-Assad |
Asma e o marido com os filhos na neve |
A imagem sofisticada de Asma transformou-se no cartão-de-visita do país. O seu elegante corte de cabelo e looks perfeitos - compostos por roupas de alta-costura, sapatos Louboutin e carteiras Chanel ou Dior -, eram elogiados pela imprensa internacional. Asma inaugurava exposições em Damasco, ia à ópera e jantava com o marido nos restaurantes exclusivos da capital.
Alguns dos looks de Asma al-Assad |
Em 2008, a revista Elle elegeu Asma como "a primeira-dama mais bem vestida do mundo".
Também em 2008, Asma ganhou a Medalha da Presidência da República Italiana pelo seu trabalho humanitário e um doutorado honorário em arqueologia na Universidade de Roma "La Sapienza".
No início da Guerra Civil da Síria, em 2011, em que as forças da oposição lutavam para tentar derrubar o seu marido do poder, a sua popularidade caiu vertiginosamente, com denúncias de que, alheia ao que acontecia no país, Asma mantinha o seu estilo de vida "extravagante", com enormes despesas pessoais.
As suas aparições públicas durante o conflito tornaram-se raras, o que levou a imprensa a especular que Asma teria deixado a Síria, o que era negado pelo governo. Então, em março de 2013, fez uma aparição pública, a primeira em quase um ano, na Casa de Ópera de Damasco, num evento chamado "Encontro de Mães".
Fez outra aparição em outubro de 2013, num encontro com cidadãos que perderam familiares na guerra. No evento, ela negou que tivesse intenções de deixar a Síria.
Após anos de silêncio, em 2017 Asma, mostrou-se numa entrevista a uma estação de televisão russa. Apareceu como a face humana de um regime condenado pelas suas práticas brutais, a falar da "dor e tristeza" causadas pela sangrenta guerra civil. Na verdade, ninguém acredita que ela seja alheia à ditadura do marido.
Asma al-Assad durante a sua entrevista na TV russa, em 2017 |
Na entrevista, Asma apresentou-se vestida de preto, com uma maquilhagem sóbria e o cabelo cuidadosamente descuidado, apresentou-se como mais uma mulher síria que resiste aos grupos armados da oposição e ao isolamento internacional, lamentando a grave crise humanitária.
Asma al-Assad durante a sua entrevista na TV russa, em 2017 |
Asma al-Assad na produção da revista Vogue |
A popularidade de Asma caiu em 2012, com a revelação de e-mails que denunciavam o seu estilo de vida extravagante. Gastava fortunas em roupas de marca em Paris, e em móveis e lustres importados de Londres e de Praga.
Outros post's relacionados com a Síria:
- A Síria - Enquanto País: https://imagenschistoria.blogspot.pt/2018/04/a-siria-enquanto-pais.html
- A Síria - O Presidente: https://imagenschistoria.blogspot.pt/2018/04/a-siria-o-presidente.html
- A Síria - A Guerra Civil: http://imagenschistoria.blogspot.pt/2018/04/a-siria-guerra-civil.html
- A Síria - Os Refugiados: http://imagenschistoria.blogspot.pt/2018/04/siria-os-refugiados.html
- A Síria - A Intervenção de Outros Países: http://imagenschistoria.blogspot.pt/2018/04/a-siria-intervencao-de-outros-paises.html
MZ
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