Hoje falarei do Estado Islâmico, de realçar que não é um Estado existente apenas na Síria, mas como vai no contexto do tema desta semana.
O Autoproclamado Estado Islâmico
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Bandeira do Estado Islâmico |
O Estado Islâmico, também conhecido como ISIS, é um califado proclamado, com Abu Bakr al-Baghdadi como califa, ainda que sem o reconhecimento pela comunidade internacional.
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Califa do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Bagdadi |
Este grupo ocupa de facto um território que abrange grande parte do Iraque e da Síria.
No Iraque a sua presença é particularmente forte em toda a parte ocidental do país, faltando apenas partes da Curdistão iraquiano, no nordeste.
Na Síria o grupo ocupa uma faixa que "corta" o país ao meio. A cidade de Raqqa funciona como capital do autoproclamado Estado.
Fora deste território, há grupos em vários países que juraram fidelidade ao Estado Islâmico.
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Objetivos de conquista do Estado Islâmico |
O Estado Islâmico afirma autoridade religiosa sobre todos os muçulmanos do mundo e aspira tomar o controlo de muitas outras regiões de maioria islâmica, a começar pelo território da região do Levante, que inclui a Jordânia, Israel, Palestina, Líbano, Chipre e Hatay, uma área no sul da Turquia.
O grupo, no seu formato original, era composto e apoiado por várias organizações terroristas sunitas, incluindo as suas organizações antecessoras, como a Al-Qaeda no Iraque, o Conselho Shura Mujahideen e o Estado Islâmico do Iraque, além de outros grupos.
O objetivo original era estabelecer um califado nas regiões de maioria sunita do Iraque. Após o seu envolvimento na guerra civil síria, este objetivo expandiu-se para incluir o controlo de áreas de maioria sunita da Síria.
Denúncias de discriminação económica e política contra árabes sunitas iraquianos desde a queda do regime de Saddam Hussein também ajudaram a dar impulso ao grupo.
No auge da Guerra do Iraque, os seus antecessores tinham uma presença significativa nas províncias iraquianas de Alambar, Ninaua, Quircuque, maior parte de Saladino e regiões de Babil, Diala e Bagdad, além de terem declarado Bacuba como a sua capital.
No decorrer da Guerra Civil Síria, o Estado Islâmico teve uma grande presença nas províncias de Raca, Idlibe, Alepo e Deir Zor. No entanto, a partir de 2016, o grupo começou a perder força considerável, cedendo grandes porções de territórios no leste da Síria e no norte e oeste do Iraque.
Em 2017, o Estado Islâmico sob o peso da intervenção estrangeira e ações mais organizadas de grupos opostos e governos locais, foi forçado a se reorganizar, enquanto perdia cidades chave como Ramadi, Faluja, Mossul e Raca, sofrendo também com privações e deserções nas suas fileiras.
O Estado Islâmico obriga as pessoas que vivem nas áreas que controla a converterem-se ao islamismo, além de viverem de acordo cm a interpretação sunita da religião e sob a lei islâmica.
Aqueles que se recusam podem sofrer torturas e mutilações, ou serem condenados a pena de morte. O grupo é particularmente violento contra muçulmanos xiitas, assírios, cristãos arménios, yazidis, drusos, shabaks e mandeanos.
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Mulheres da etnia yazidis são vendidas pelo Estado Islâmico |
Quando conquista as localidades, o Estado Islâmico pendura uma bandeira negra no topo do prédio mais alto, inicia uma campanha para conquistar corações e mentes, por meio da prestação de serviços sociais, em locais devastados pela guerra, distribui
pen-drives com cânticos e vídeos que mostram as operações militares do grupo e folhetos que pregam contra a democracia, sobre a necessidade de permanecer em silêncio e excomungar os alauitas. E começa a impor gradualmente a sua interpretação da lei islâmica.
O grupo segue uma interpretação antiocidental extrema do Islamismo, promove a violência religiosa e considera aqueles que não concordam com a sua interpretação como infiéis e apóstatas.
O principal meio de comunicação do grupo é a "I'tisaam Media Foundation", que foi formada em março de 2013 e distribui através do "Global Islamic Media Front". Em 2014, estabeleceu o "al-Hayat Media Center", que tem como alvo o público ocidental e produz materiais em inglês, alemão, russo e francês.
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"Global Islamic Media Front" |
Em 2014, a RAND Corporation realizou um estudo de cartas que tinham sido capturadas do Estado Islâmico do Iraque. Descobriram que, entre 2005 e 2010, doações externas responderam por apenas 5% do orçamento de financiamento do grupo, sendo que o restante era levantado dentro do próprio Iraque.
No período de tempo estudado, as células eram obrigadas a enviar até 20% da renda gerada a partir de sequestros, extorsões e outras atividades para o próximo nível de liderança do grupo
Depois do Estado Islâmico autoproclamar a captura de cidades no Iraque, divulgou orientações sobre como os civis dominados devem usar roupas e véus. Alertaram as mulheres na cidade de Mossul para usar o véu de rosto inteiro ou sofreriam punições severas.
O Estado Islâmico também proibiu manequins nus e ordenou que os rostos de manequins de ambos os sexos fossem cobertos. O grupo lançou 16 notas intituladas "Contrato da Cidade", sendo um conjunto de regras destinadas a civis em Ninaua. Uma regra estipulava que as mulheres devem ficar em casa e não sair, a menos que seja necessário. Outra regra diz que o rouba seria punido com a amputação.
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Amputação feita pelo Estado Islâmico |
Além da proibição da venda e uso de álcool, os militantes proibiram a venda e uso de cigarros e narguilés. Os cristãos que vivem nas áreas controladas pelo Estado Islâmico que queiram permanecer no território tem apenas três opções: converter-se ao islamismo, pagar um imposto religioso (o jizya) ou morrer.
Em meados de 2014, a inteligência iraquiana obteve informações de um agente do Estado Islâmico, que revelou que a organização tinha um património de 2 biliões de dólares, o que a tornaria o mais rico grupo jiadista do mundo.
A exportação de petróleo dos campos petrolíferos capturados já rendeu ao Estado Islâmico, dezenas de milhões de dólares. Grande parte do petróleo é vendido ilegalmente na Turquia.
De acordo com um relatório, a captura de cidades iraquianas pelo Estado Islâmico, em junho de 2014 foi acompanhada por um aumento nos crimes contra as mulheres, incluindo sequestro e violações.
No início de setembro de 2014, o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas concordou em enviar uma equipa ao Iraque e à Síria para investigar os abusos e assassinatos realizados pelo Estado Islâmico numa "escala inimaginável".
Os militantes do Estado Islâmico são na maioria árabes, das comunidades sunitas do Iraque e da Síria. Mas há muitos estrangeiros nas fileiras, incluindo cerca de três mil tunisinos. Estima-se que haja cerca de 180 cidadãos americanos, bem como 600 britânicos. Só europeus serão perto de 2500, sem incluir os cerca de mil turcos. Existem ainda um importante contingente de homens de expressão russa, de países como a Chechénia e Cazaquistão.
Há relato de cerca de uma dúzia de portugueses no grupo, incluindo algumas mulheres. Pelo menos quatro portugueses ou luso-descendentes já terão morrido ao serviço do Estado Islâmico. Sandro "Funa" e Mikael Batista foram alegadamente mortos durante a luta por Kobani e José Parente morreu num atentado suicida no Iraque. Em março de 2015 foi anunciada a morte de um português conhecido como Abu Jawayria Portughali.
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Os portugueses Sandro "Funa" (esquerda) e o Mikael Batista (direita) que se converteram em militantes do Estado Islâmico |
Irina Bokova, a diretora-geral da UNESCO, alertou que o Estado Islâmico estaria a destruir o património cultural do Iraque, no que ela chamou de "limpeza cultural". "Não temos tempo a perder, porque os extremistas estão a tentar apagar a identidade, porque eles sabem que, se não há identidade, não há memória, não há história", disse ela.
Para financiar as suas atividades o Estado Islâmico rouba artefactos históricos e culturais da Síria e do Iraque e envia-os para a Europa para serem vendidos. Estima-se que com este negócio sujo tenha arrecadado 200 milhões de dólares por ano.
A UNESCO pediu ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que controle a venda de antiguidades, semelhante ao que foi imposto após a guerra do Iraque em 2003.
A UNESCO trabalha também com a Interpol, as autoridades aduaneiras nacionais, museus e grandes casas de leilão, na tentativa de impedir que os objetos roubados sejam vendidos.
O Estado Islâmico ocupou o Museu de Mossul, o segundo mais importante museu do Iraque, quando o local estava prestes a ser reaberto depois de anos de reconstrução dos danos causados após a guerra do Iraque. O grupo então destruiu todo o acervo da instituição cultural alegando que as estátuas da antiguidade eram contra o islamismo.
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Militantes do Estado Islâmico a destruir o Museu de Mossul, no Iraque |
O grupo usou escavadoras para esmagar edifícios e sítios arqueológicos. Em março de 2015, o grupo destruiu a cidade antiga assíria de Nimrud, datada do séc. XIII a.C.
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Militante do Estado Islâmico a destruir a cidade antiga assíria de Nimrud |
A 7 de março de 2015, destruíram as ruínas de Hatra, um Património da Humanidade localizado em Ninaua, região dominada pelos terroristas. "A destruição de Hatra marca um momento decisivo na lamentável estratégia de limpeza cultural no Iraque", afirmou Bokova.
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Militante do Estado Islâmico a destruir as ruínas de Hatra |
Todos os crimes do Estado Islâmico são regularmente filmados e divulgados nas redes sociais. Num caso que mereceu bastante atenção, foi a execução de dois alegados espiões que é levada a cabo por uma criança que aparenta não ter mais de 12 anos de idade.
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Imagem de um video do Estado Islâmico de prisioneiros a serem executados por crianças |
Houveram vários massacres de cristãos, mas os yazidis poderão mesmo ter sofrido mais. Cercados numa montanha, houve relatos de crianças a morrer de fome e de sede. As mulheres capturadas foram transformadas em escravas e violadas, por vezes dezenas de vezes por dia. Quem conseguiu escapar procurou refúgio na capital do Curdistão iraquiano.
Em fevereiro de 2015 a filial líbia do Estado Islâmico divulgou a execução, por decapitação, de 21 cristãos egípcios que tinham sido raptados no final de 2014.
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Decapitação de 21 pescadores egípcios cristãos raptados em 2014, pelo Estado Islâmico, em fevereiro de 2015 |
Mas os crimes deste grupo terrorista não são apenas contra pessoas e populações. O património arqueológico do Iraque e da Síria tem sofrido muito com a intolerância dos jihadistas, que destruíram irremediavelmente as antigas cidades de Nimrud, no Iraque e de Palmira, na Síria, considerando heréticas as imagens.
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Imagem de um video do Estado Islâmico onde mostra a destruição de um templo em Palmira, na Síria |
Mais de 60 países ou Estados uniram-se numa coligação para combater o Estado Islâmico. A maioria, incluindo Portugal, pouco mais fornecem do que apoio moral ou logístico.
Os EUA fornecem a maioria do material e do pessoal bélico, juntamente com a França e a Holanda, mas vários países árabes também participam, incluindo o Bahrein, Jordânia, Qatar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
O Reino Unido e a França intensificaram a sua participação após os atentados de Paris.
Em fevereiro de 2015, o Egito iniciou bombardeamentos contra alvos do Estado Islâmico, sobretudo da sua filial na Líbia, após o martírio de 21 cristãos egípcios, que tinham sido raptados no final de 2014.
Em outubro de 2015, a Rússia anunciou que iria começar a intervir mais diretamente no conflito sírio, bombardeando posições rebeldes. Mas os russos não fazem parte da coligação internacional, uma vez que apoiam abertamente o regime de Bashar al-Assad e atacam não só o Estado Islâmico como outros grupos rebeldes.
O Irão é outra força regional que está envolvida no conflito sírio. A grande potência xiita do Médio Oriente apoia o regime e por isso combate também o Estado Islâmico e outros grupos rebeldes na Síria.
Ataques Terroristas do Estado Islâmico na Europa
2010
- 11 de dezembro - duas bombas explodiram numa área comercial bastante movimentada da capital da Suécia, Estocolmo. Duas pessoas ficaram feridas. O autor do atentado, um iraquiano de 28 anos, matou-se. Durante muito tempo ele foi considerado o único responsável pelo crime, no entanto, há informações de que mais pessoas teriam sido cúmplices.
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Local da segunda explosão - dezembro de 2010 - Estocolmo |
2011
- Novembro - Um
coquetel molotov foi arremessado para dentro da redação do semanário
Charlie Hebdo, que já tinha sido alvo de ataques há quase quatro anos, neste atentado ninguém ficou ferido. A pessoa que cometeu o atentado nunca foi identificada. O motivo do ataque, supostamente, foram as publicações críticas ao Islamismo. O periódico está há bastante tempo sob proteção policial.
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Edição, do Charlie Hebdo, que causou controvérsia com entidades Islâmicas, por entre outros desenhos, na capa está uma representação de Maomé a dizer "100 chibatadas se não morrer a rir!" - 2011 |
2012
- 11 a 19 de março - Mohamed Merah, de 23 anos, simpatizante do Estado Islâmico e da Al-Qaeda, matou três militares a tiro em Toulouse e Montauban, no sul da França, e dias depois, matou três crianças e um professor numa escola judaica de Toulouse. Merah foi morto pela polícia a 22 de março, quando as forças de segurança lançaram um assalto ao apartamento onde estava refugiado há 32 horas.
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Mohamed Merah |
2013
- 22 de maio - dois britânicos, Michael Adebolajo e Michael Adebowale, de ascendência nigeriana convertidos ao islamismo assassinaram o soldado Lee Rigby, de 25 anos, num ataque inspirado na Al-Qaeda numa rua do sul de Londres, na Inglaterra. Os dois suspeitos, que se apresentaram como "soldados de Alá", foram detidos e condenados a prisão perpétua.
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Michael Adebolajo (esquerda) e Michael Adebowale (direita) |
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Soldado Lee Rigby |
2014
- 24 de maio - um homem disparou na entrada do museu judeu de Bruxelas, na Bélgica, matando quatro pessoas. O atacante, franco-argelino Mehdi Nemmouche, foi detido no sul da França e extraditado para a Bélgica. Mehdi teria combatido pelo Estado Islâmico na Síria e terá sido o primeiro jihadista a regressar à Europa para cometer um atentado terrorista.
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Mehdi Nemmouche |
- Setembro - foi evitado um ataque ao prédio da Comissão Europeia, em Bruxelas, na Bélgica.
2015
- 7 a 9 de janeiro - uma série de ataques foi perpetrada em França contra o semanário satírico
Charlie Hebdo, onde houve 12 mortos, um supermercado de produtos "kosher", onde ocorreram quatro mortes e uma agente da polícia municipal foi morta. Três jihadistas, abatidos pelas forças de segurança pertenciam à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico.
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Situação no local após ataque à sede do Charlie Hebdo, em Paris, em 2015 |
- 14 de fevereiro - um dinamarquês de origem palestiniana abriu fogo num centro cultural de Copenhaga durante uma conferência sobre "Arte, blasfémia e liberdade", matando o cineasta Finn Norgaard e ferindo três polícias.
Horas depois, o mesmo homem matou um judeu em frente a uma sinagoga e feriu outros dois polícias. O suspeito, que os serviços de informações consideravam "extremamente religioso", acabou por ser morto horas depois num tiroteio com a polícia.
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Cineasta Finn Norgaard - vítima no ataque terrorista, em fevereiro de 2015, em Copenhaga |
- 13 de novembro - atentados na sala de concertos Bataclan, em vários bares e restaurantes no centro de Paris e perto do Estádio de França, em Saint-Denis, causaram 130 mortos e mais de 350 feridos. O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou os ataques.
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Imagem após o massacre na sala de espetáculos Bataclan, em Paria, novembro de 2015 |
2016
- 13 de março - um carro-bomba matou 37 pessoas e deixou 125 feridos em Ancara, na Turquia. A Turquia tem sofrido atentados desde junho de 2015, Istambul e Ancara são as cidades mais afetadas.
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Situação após a explosão do carro-bomba, em Ancara, em março de 2016 |
- 22 de março - três atentados coordenados foram cometidos no aeroporto internacional e numa estação de metro de Bruxelas, na Bélgica, fazendo 33 mortos e mais de 300 feridos. Os autores do ataque, reivindicado pelo Estado Islâmico, pertenciam a uma célula terrorista envolvida nos ataques de novembro de 2015 em França.
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Duas pessoas feridas após o atentado em Bruxelas, em março de 2016 |
- 28 de junho - três homens-bomba atacaram o Aeroporto Atatürk de Istambul, na Turquia, o terceiro maior da Europa. Mais de 40 pessoas morreram e mais de 230 ficaram feridas. Chama a atenção o facto de o ataque ter ocorrido dois dias antes do segundo aniversário da proclamação do califado do Estado Islâmico, o que sugere uma nova fase do grupo na sua estratégia na Turquia.
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Situação após o atentado no aeroporto de Istambul, junho de 2016 |
- 14 de julho - um camião entrou em alta velocidade na marginal de Nice, no sul da França, após as comemorações do Dia da Bastilha, matou 86 pessoas e feriu 434. O autor do ataque, reivindicado pelo Estado Islâmico, um tunisino residente em França, foi morto a tiro num tiroteio com a polícia.
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Camião utilizado para atropelar e matar em Nice, em julho de 2016 |
- 18 de julho - um jovem de 17 anos atacou passageiros de um comboio em Würzburg, no sul da Alemanha. Com um machado e uma faca, deixou cinco feridos. O agressor entrou na Alemanha, em junho de 2015, como um refugiado afegão, e foi morto pela polícia durante a fuga. O Estado Islâmico reivindicou o ataque.
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Situação após o atentado num comboio de Würzburg, em julho de 2016 |
- 26 de julho - dois jovens armados degolaram um padre e sequestraram várias pessoas numa igreja em Saint-Etienne-du-Rouvray, na Normandia, norte da França. Os autores eram dois rapazes de 19 anos, um dos quais tinha estado na Síria a combater ao lado dos jihadistas, que tinham jurado lealdade ao Estado Islâmico. Ambos foram mortos pela polícia.
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Padre Jacques Hamel assassinado durante o atentado em Saint-Etienne-du-Rouvray, em julho de 2016 |
- 19 de dezembro - 12 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas num mercado de Natal em Berlim, na Alemanha, ao serem atropeladas por um camião, conduzido deliberadamente a alta velocidade contra a multidão. O condutor, um tunisino cujo pedido de asilo tinha sido recusado, recebeu instruções do Estado Islâmico, que divulgou um video em que o atacante jurava lealdade ao grupo.
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Situação após o atentado durante o mercado de Natal em Berlim, em dezembro de 2016, onde é visível o camião utilizado para atropelar as pessoas |
2017
- 3 de fevereiro - um egípcio de 29 anos armado com facas atacou quatro soldados que patrulhavam o Museu do Louvre, em Paris, na França, aos gritos de "Allahu Akbar" (PT: "Alá é grande"). O atacante foi ferido e detido.
- 18 de março - um homem de 29 anos foi morto no aeroporto de Orly, Paris, na França, depois de tentar tirar a arma a um soldado enquanto dizia "preparado para morrer por Alá".
- 22 de março - cinco pessoas morreram e 31 ficaram feridas num ataque terrorista junto ao Parlamento britânico, em Londres, na Inglaterra, quando um homem ao volante de uma viatura atropelou várias pessoas na ponte de Westminster e, depois de sair da viatura, apunhalou um polícia no Palácio de Westminster. O atacante, abatido a tiro pela polícia no local, foi identificado pelas autoridades como simpatizante do jihadismo.
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Situação após o atentado em Londres, em março de 2017 |
- 7 de abril - cinco pessoas foram mortas e várias ficaram feridas quando um camião entrou a alta velocidade pela principal rua pedonal de Estocolmo, na Suécia, Drottninggatan. O condutor, um cidadão uzbeque com ligações jihadistas, foi detido e aguarda julgamento.
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Situação após o atentado em Estocolmo, em abril de 2017, onde é visível o camião utilizado para atropelar e matar as pessoas |
- 20 de abril - um polícia foi morto a tiro na Avenida dos Campos Elísios, em Paris, por um homem posteriormente abatido pela polícia. O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou o ataque.
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Situação após o atentado em Paris, em abril de 2017 |
- 22 de maio - 22 pessoas, além do atacante, morreram e 59 ficaram feridas, em Manchester, no noroeste de Inglaterra, no final de um concerto de Ariana Grande. O ataque foi cometido por um homem identificado como Salman ABedi, que se fez explodir junto de uma das saídas do Manchester Arena, onde terminava o concerto ao qual assistiam muitas crianças e jovens. O atentado foi reivindicado pelo Estado Islâmico.
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Salman ABedi (esquerda) o autor do atentado durante o concerto de Ariana Grande em Manchester, maio de 2017 - Imagens do atentado e o após (lado direito) |
- 3 de junho - três homens numa carrinha avançou contra os pedestres na Ponte de Londres, na região central da capital britânica, atropelando dezenas de pessoas antes de se dirigir ao Borough Market, um local cheio de bares e restaurantes e esfaquearem diversas vítimas. O ataque deixou sete mortos e 48 feridos. Os suspeitos, que vestiam coletes com explosivos falsos, foram mortos pela policia.
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Situação após o atentado em Londres, em junho de 2017 |
- 19 de junho - uma carrinha avançou contra fiéis que saíam da mesquita de Finsbury Park, em Londres, na Inglaterra, deixando um morto e dez feridos. O motorista, um homem de 48 anos, foi detido pelas pessoas que estavam no local antes de ser preso pela polícia. Relatos de testemunhas indicam que o atropelamento foi propositado.
- 17 de agosto - uma camionete atropelou pedestres nas Las Ramblas, no centro da capital catalã, Barcelona, em Espanha, 13 pessoas morreram e mais de cem ficaram feridas. O ataque foi reivindicado pelo Estado Islâmico e três pessoas foram detidas. Horas mais tarde, um atentado semelhante ocorreu na cidade costeira de Cambrils, deixando um morto, mas os cinco envolvidos foram mortos a tiros pela polícia.
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Situação após o atentado em Barcelona, em agosto de 2017 |
- 18 de agosto - duas pessoas morreram e outras oito ficaram feridas no atentado no centro de Turku, na Finlândia. O autor do ataque, um marroquino de 18 anos e requerente de asilo, foi baleado na perna e preso pela polícia.
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Situação após o atentado em Turku, em agosto de 2017 |
- 1 de outubro - Ahmed H. esfaqueou e matou duas mulheres na estação de comboios de Marselha, na França, antes de ser morto a tiro pela polícia. O Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque, referindo-se a Ahmed H. como um dos seus "soldados". Dois funcionários do Ministério do Interior renunciaram após a revelação de que Ahmed H. era um imigrante ilegal que lhes escapou das mãos.
2018
- 23 de março - um homem armado roubou um carro em Carcassonne, no sul da França, e seguiu para a terra vizinha Trèbes, onde fez diversas pessoas reféns dentro de um supermercado. Lá, o atirador, marroquino, teria gritado "Deus é grande" em árabe e dito ser um soldado do "Estado Islâmico". Após horas de impasse, ele foi morto, deixou três mortos e um polícia faleceu no dia seguinte.
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Situação após o atentado em Trèbes, em março de 2018 |
A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.
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