segunda-feira, 23 de abril de 2018

A Síria - A Intervenção de Outros Países

Nos últimos anos temos ouvido falar em terrorismo, guerra, Síria, refugiados, ataques, ataques químicos, bombas, mortes, mortes de inocentes e nestes últimos dias falou-se que civis sofreram um ataque químico ao qual EUA, França e Reino Unido reagiram atacando a Síria, esta apoiada pela Rússia.

Como a História também é feita de atualidade nos próximos post's falarei apenas da questão da Síria, seja local, seja depois de maneira que afeta os outros países, nomeadamente Portugal.

De relembrar que não só a Síria sofre com problemas de cariz bélico mas tendo em conta que é assunto sistematicamente, falarei também aqui.

Hoje falarei de como os outros países, reagem à situação vivida na Síria.

A Intervenção de Outros Países


O governo da Turquia é o que fornece maior apoio aos refugiados sírios, sendo uma grande percentagem dos mais de dois milhões de refugiados a encontrarem-se em território turco.
Refugiados Sírios a fugir para a Turquia
Muitos opositores sírios usaram a cidade de Istambul (capital da Turquia) como centro para comandar a luta pela mudança de regime no seu país, e a Turquia também refugiou o líder do Exército Livre da Síria, o Coronel Riad al-Asaad.
Coronel Riad al-Asaad, Líder do Exército Livre da Síria
O principal apoio material e financeiro dispensado à oposição vem de Estados sunitas no Médio Oriente, principalmente o Qatar, Turquia e Arábia Saudita, que enviavam enormes quantidades de armas, munições e outros mantimentos aos rebeldes.

No ocidente, boa parte do apoio à oposição vem, principalmente, dos EUA, da França e do Reino Unido.

A 11 de novembro de 2012, em Doha, o chamado Conselho Nacional e outros grupos de oposição juntaram-se para formar a “Coalizão Nacional Síria da Oposição e das Forças Revolucionárias”, unificando assim a maioria dos grupos anti-Assad (Presidente Bashar al-Assad da Síria). Nos dias seguintes, muitos Estados árabes do golfo e várias potências ocidentais reconheceram a nova coalizão como legítimos representantes do povo sírio.

Entre os delegados que compõem este novo conselho, estão mulheres e representantes de minorias étnicas e religiosas, como os alauitas.

No fim de 2013, alguns países ocidentais, como EUA e Inglaterra, anunciaram cortes na ajuda à oposição síria. Acontecia que os grupos moderados tinham vindo a perder espaço no cenário político e militar no conflito, enquanto os extremistas e fundamentalistas crescem em poder e influência.

No entanto, em julho de 2015, os EUA começaram um projeto para armar e treinar membros de fações consideradas moderadas da oposição síria. O objetivo deste programa de apoio era preparar os rebeldes para enfrentar o avanço do autoproclamado Estado Islâmico em território sírio. A eficácia deste plano foi muito questionada.

A 19 de julho de 2017, foi reportado que o então presidente dos EUA, Donald Trump, tinham decidido interromper todos os programas de treino e apoio em termos de armas a grupos rebeldes anti governo na Síria, algo muito requisitado pela Rússia, uma importante aliada do regime Assad.
Donald Trump, Presidente dos EUA
O governo do presidente Bashar al-Assad recebe um vasto apoio vindo de países e organizações xiitas, como o Irão e o Hezbollah, respetivamente.

O líder supremo iraniano, Ali Khamenei, anunciou apoio ao governo sírio, abertamente. O jornal britânico The Guardian reportou que o Irão apoiava Assad com equipamentos, informações e treino.
Ali Khamenei, Líder Supremo Iraniano
A 25 de maio de 2013, num discurso, o líder da milícia Hezbollah, Hassan Nasrallah, afirmou que a organização estava “comprometida em ajudar Assad a se manter no poder”. Segundo fontes ocidentais, mais de cinco mil combatentes do grupo estão atualmente na Síria a lutar ao lado das forças do governo.
Hassan Nasrallah, Líder da Milícia Hezbollah
A Rússia é a maior aliada do regime sírio no conflito. Em janeiro de 2012, a Human Rights Watch (é uma ONG que defende e realiza pesquisas sobre os direitos humanos) criticou o governo russo por “repetir os mesmos erros dos países ocidentais” ao apoiar “disfarçadamente” o lado que simpatiza.

Um dos principais interesses da Rússia no conflito é a manutenção da base naval no porto de Tartus, que Moscovo considera essencial para a manutenção da influência do país no Mediterrâneo.
Presidente da Síria, Bashar al-Assad e o Presidente Russo, Vladimir Putin
Em apoio ao regime sírio, o governo russo teria enviado enormes quantidades de armas pequenas e pesadas e até helicópteros de combate para reforçar as forças de Bashar al-Assad. Os russos também dariam apoio técnico, logístico e financeiro ao regime.

Em setembro de 2015, foi anunciado que as forças armadas russas estavam a montar uma base militar na Síria, com pessoal e equipamento, com o propósito de apoiar melhor e até lutar ao lado das forças do presidente Assad.

Esta foi a primeira vez que tinha sido confirmado a presença de militares da Rússia na frente de combate sírio. O objetivo desta tropa seria apoiar o governo sírio na luta contra os militantes do autoproclamado Estado Islâmico e da oposição, que tinham ganhado terreno até aquele momento. Apenas nos primeiros seis meses da campanha aérea e naval, mais de 4500 pessoas morreram, a maioria combatentes islamitas.

A Liga Árabe, a União Europeia, as Nações Unidas e vários governos ocidentais condenaram a violência no país e a repressão do regime sírio, apoiando o direito de liberdade de expressão do povo.

Vários governos ocidentais, em especial os EUA e membros da União Europeia, impuseram pesadas sanções económicas unilaterais contra a Síria num esforço para enfraquecer o governo da Síria. O efeito deste obstáculo financeiro das potências é inconclusivo, com países como o Irão a doar bilhões de dólares ao governo sírio.

A China e a Rússia também demonstram apoio financeiro ao governo de Assad e se posicionam oficialmente contra qualquer tipo de imposição de sanções internacionais ao país.

Em meados de agosto de 2016, o governo da Turquia anunciou que, em resposta, a uma série de atentados contra o seu território, lançaria operações militares para livrar a região de fronteira síria-turca da presença de militantes do Estado Islâmico.

A 24 de agosto, apoiados por aviões dos EUA e rebeldes sírios, as forças armadas turcas lançaram uma grande operação na área da cidade de Jarablos, no norte da província de Alepo. Dezenas de veículos blindados e meios aéreos atacaram posições de terroristas islâmicos na região, segundo autoridades da Turquia. Vários militandes do Estado Islâmico foram mortos. Isto marcou a primeira ação militar turca direta na Síria desde novembro de 2015.

No começo de 2017, os EUA intensificaram os seus bombardeamentos na Síria. Foi reportado também um aumento do número de civis mortos. O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou uma mudança de estratégia e disse ter pedido ao Pentágono que apresentasse, em 30 dias, um novo plano de batalha para derrotar o Estado Islâmico mais rápido.

A 4 de abril de 2017, um grande ataque com armas químicas aconteceu na cidade de Khan Shaykhun, no sul da província de Idlib. Entre 70 a 100 pessoas terão morrido, e outras 500 ficaram feridas. Uma investigação feita sugeriu que, provavelmente, o gás Sarin tenha sido utilizado, principalmente devido aos sintomas apresentados pelas vítimas. A Comunidade Internacional e a oposição síria culparam o regime de Bashar al-Assad pelo incidente.

O governo sírio, por sua vez, apoiado pela Rússia, acusou a oposição pelo mesmo crime. Três dias depois, seguindo ordens do presidente dos EUA, dois navios da marinha dos EUA, estacionados na costa do Mediterrâneo, dispararam entre 50 a 60 mísseis BGM-190 Tomahawl contra uma base da força aérea síria na cidade de Shayrat, na província de Homs.

O objetivo do bombardeamento teria sido atingir alvos de importância militar do regime sírio, principalmente plataformas de defesa aérea, hangares e depósitos de combustível. Este foi o primeiro ataque intencional na guerra lançado pelos EUA contra o governo sírio.

A França e os EUA estão em sintonia quanto ao envolvimento militar na Síria, que só terminará “no dia em que a guerra contra o Daesh for concluída”, declarou o presidente francês, Emmanuel Macron.
Emmanuel Macron, Presidente da França
“Temos um único objetivo militar: a guerra contra o ISIS (Estado Islâmico)”, afirmou Macron.

“Tenho motivos para dizr que os EUA, porque decidiram connosco essa intervenção, perceberam inteiramente que a nossa responsabilidade ia além da luta contra o Daesh e que também era uma responsabilidade humanitária e uma responsabilidade de longo prazo para construir a paz”, acrescentou Macron.

A Casa Branca anunciou, em abril de 2018, num comunicado, que as tropas norte-americanas na Síria deveriam regressar o “mais rápido possível”, algumas horas depois do presidente francês afirmar que tinha convencido o homólogo dos EUA “a permanecer” na Síria, na sequência dos ataques dos EUA, da França e do Reino Unido na madrugada de sábado (14 de abril).

Em comunicado, a Casa Branca disse estar “determinada a esmagar completamente” o grupo extremista Estado Islâmico e a criar condições que “impeçam o seu regresso”.

Os EUA, a França e o Reino Unido, realizaram a 14 de abril de 2018, uma série de ataques com mísseis contra alvos associados à produção de armamento químico na Síria, em resposta a um alegado ataque com armas químicas na cidade de Douma, Ghouta Oriental, por parte do governo sírio.

A ofensiva consistiu em três ataques, com uma centena de mísseis, contra instalações utilizadas para produzir e armazenar armas químicas, informou o Pentágono.


O presidente dos EUA justificou o ataque como uma resposta à “ação monstruosa” realizada pelo regime de Damasco contra a oposição, numa referência ao alegado ataque com armas químicas contra a cidade rebelde de Douma, ocorrido no dia 7 de abril e que terá provocado 40 mortos e afetado outras 500 pessoas.


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MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

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