Traudl Junge, a última secretária pessoal de Hitler Fonte: WW2 Gravestone |
TTraudl Junge, nascida Gertraud Humps, nasceu em Munique, na Alemanha a 16 de março de 1920.
Tinha uma visão completamente oposta daquele que foi o responsável pelos maiores crimes contra a humanidade em toda a História.
Traudl tinha apenas 22 anos quando Hitler a selecionou entre um grupo de centenas de jovens que se candidataram para se tornarem suas secretárias, em dezembro de 1942. Hitler a escolheu sobretudo por ela ser de Munique, a sua cidade alemã preferida e em certa forma o seu "lar".
Durante as suas funções vivenciou os momentos mais íntimos e particulares do ditador e também os mais difíceis.
No dia 28 de abril de 1945, quando o bunker onde se encontravam escondidos das tropas soviéticas, começou a estremecer com cada explosão do lado de fora, Traudl datilografava o que seria o documento final do Terceiro Reich: o testamento e o último desejo de Hitler. Dois dias depois, Hitler e a sua recém-esposa, Eva Braun, cometem suicídio.
Ao longo dos seus últimos anos de vida, a secretária foi abordada frequentemente por historiadores que procuravam relatos de testemunhas desta parte sombria da história da humanidade.
Traudl Junge escreveu o livro "Até a Última Hora", onde ela encontrou uma maneira de "encontrar a reconciliação consigo mesma", mas enfatiza que não sabia sobre o extermínio planeado de milhões de pessoas.
Traudl disse numa entrevista à BBC: "Estávamos nos bastidores, no entanto, não sabíamos nada do que estava a acontecer no palco. Era apenas o diretor que estava familiarizado com a peça." Traudl diz sobre Hitler: "Admito, fiquei fascinada por Adolf Hitler. Ele era um chefe agradável e um amigo paternal. Ignorei deliberadamente todas as vozes de advertência dentro de mim e aproveitei o tempo ao lado dele, até o amargo fim."
Hitler preferia comer vegetais e evitava ao máximo carne, Traudl diz que o cozinheiro austríaco, Kruemel, acreditava que a vida sem carne não valia a pena ser vivida, e costumava tentar colocar um pouco de caldo ou gordura animal na refeição de Hitler. "O Führer notava as demasiadas tentativas de Kruemel em enganá-lo e ficava muito irritado, e depois ficava com dor de barriga. No final, ele só deixava que lhe preparassem uma copa clara e puré de batata."
Hitler preferia comer vegetais e evitava ao máximo carne, Traudl diz que o cozinheiro austríaco, Kruemel, acreditava que a vida sem carne não valia a pena ser vivida, e costumava tentar colocar um pouco de caldo ou gordura animal na refeição de Hitler. "O Führer notava as demasiadas tentativas de Kruemel em enganá-lo e ficava muito irritado, e depois ficava com dor de barriga. No final, ele só deixava que lhe preparassem uma copa clara e puré de batata."
Depois de um café da manhã leve, uma das atividades favoritas de Hitler era passear com a sua cadela Blondie - "O maior prazer de Hitler era quando Blondie pulava alguns centímetros mais alto que na última vez. Ele dizia que sair com ela era a coisa mais relaxante que poderia fazer."
Nos últimos dias de abril, Hitler aparentemente tinha aceitado que a derrota alemã era inevitável e que as suas opções eram poucas. Foi então que ele chamou Traudl Junge e disse: "Está descansada? Eu tenho algo para ditar para si."
Foi nesse momento em que ela descobriu que Hitler iria cometer suicídio. Traudl disse "Escrevi o mais rápido que pude. Os meus dedos funcionaram mecanicamente e fiquei surpresa por não ter cometido nenhum erro."
Horas após este acontecimento, Hitler e Eva casaram às pressas. Dias depois, a 30 de abril, Eva vestiu um vestido preto e tomou o veneno. Enquanto isso, Adolf deu um tiro na sua cabeça enquanto mordia uma cápsula de cianeto.
Após o fim da guerra, em 1945, foi detida pelos soviéticos e depois pelos americanos, antes de se mudar para a Alemanha Ocidental, onde passaria o resto da sua vida.
No pós-guerra foi secretária do pai do chefe do governo municipal de Munique Christian Ude.
Traudl Junge morreu no dia 10 de fevereiro de 2002, aos 81 anos, em Munique, na Alemanha.
Numa das suas últimas entrevistas para o documentarista Othmar Schmiderer, disse: "Agora que deixei a minha história para trás, posso abandonar a minha vida".
MZ
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