Buraco deixado pela colisão de um avião B-25 no Empire State Building - Nova Iorque 1945 Fonte: Airway |
Foi um acidente aéreo que aconteceu a 28 de julho de 1945.
Um B-25 Mitchell da Força Aérea do Exército dos Estados Unidos, pilotado pelo tenente coronel William Franklin Smith, Jr. e realizava um voo de rotina de transporte militar entre Bedford e Nova Iorque, onde deveria pousar no aeroporto de Newark.
William Franklin Smith, Jr Fonte: Find A Grave |
Durante a aproximação da área de Nova Iorque, o B-25 encontrou um nevoeiro denso, o que diminuiu a visibilidade, tornando difícil a localização do aeroporto. Para facilitar a tarefa de aterragem, Smith tentou voar abaixo do nevoeiro, no entanto, acabaria por voar baixo demais sobre a área urbana de Nova Iorque, correndo o risco de colidir com os prédios.
E de facto o B-25 acabou por colidir na face norte do Empire State Building, às 9h40, entre o 78º e 80º andares, abrindo um buraco na parede, com cerca de cinco metros de largura por seis metros de altura.
Com o impacto, os tanques de combustível do avião romperam-se, o que causou um grande incêndio, matando, além do piloto, o copiloto sargento Christopher Domitrovich e o aviador da Marinha, Albert Perna.
Mais onze pessoas que trabalhavam no 78º andar, nos escritórios da National Catholic Welfare Council, entre elas, seis mulheres que morreram queimadas sem que pudessem ter qualquer reação, assim como um homem que trabalhava no mesmo andar e, frente ao horror acabaria por lançar-se pela janela.
As asas do avião foram arrancadas da fuselagem e acabaram por atingir imóveis vizinhos, e um dos seus motores atravessou sete paredes e caiu sobre o atelier do escultor Henry Hering, causando um incêndio e prejuízos de 137 mil dólares, além da destruição do local. O outro motor foi encontrado dentro de um posso do elevador do edifício duas semanas após o acidente.
Após 40 minutos de combate ao incêndio, os bombeiros de Nova Iorque conseguiram resgatar a operadora de elevador Betty Lou Oliver. Após esta sofrer graves queimaduras, Betty foi resgatada por empregadas de uma empresa sediada no 75º andar, os quais resolveram utilizar um elevador para acelerar o resgate. No entanto, com o acidente, os cabos dos elevadores tinham sido seriamente danificados e, após entrarem no elevador, os cabos partiram-se, fazendo o elevador cair 75 andares até que os travões de emergência atuarem impedindo a morte dos seus ocupantes.
Betty Lou Oliver Fonte: CNN.com |
Após ser resgatada do elevador pelos bombeiros, Betty ficou quatro meses internada no hospital Bellevue e posteriormente entraria para o Livro do Guinness, como a sobrevivente da mais longa queda de elevador.
O acidente de avião causou um prejuízo de 500 mil dólares na época, no entanto, o prédio voltou a funcionar dois dias depois.
Com base nos prejuízos, o exército dos Estados Unidos pagaria parte dos mesmos, gerando ações na justiça que culminariam na criação do Federal Tort Claims Act, que permitiu aos cidadãos processarem o governo dos EUA.
Alguns meses depois, a 20 de maio de 1946, um C-45 Beechcraft da Força Aérea do Exército dos Estados Unidos atingiria o 58º andar do Bank of Manhattan Trust Building (atual The Trump Building). Este acidente causaria a morte dos cinco ocupantes do avião e obrigaria a administração do Empire State e dos restantes prédios de Manhattan, a instalar um sistema anticolisão composto por um radiofarol e luzes de balizamento sobre a torre de observação do edifício.
Fonte: Wikipédia
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