Pelve da mulher do Antigo Egito Fonte: Aventuras na História |
Em 2017, arqueólogos descobriram em Qubbet el-Hawa, no Egito, um poço vertical que levava a uma tumba que tinha dez esqueletos.
Após anos de análise, pesquisadores investigaram o corpo de uma mulher que pertenceu à classe alta no Egito Antigo que apresentava um grave trauma na sua pelve.
"As múmias tinham objetos fúnebres, em alguns casos, os seus rostos estavam cobertos com máscaras de cartonagem, e foram preservados dentro de dois sarcófagos retangulares, um dentro do outro. Apresentavam inscrições hieroglíficas e costumavam ser bastante danificadas devido à infestação de cupins", disse Miguel Botella, antropólogo forense responsável pelo exame.
Analisando o esqueleto da mulher, perceberam que esta provavelmente passou por um tratamento médico, que foi escrito em papiros egípcios antigos que descreviam a medicina da época. Cientistas da Universidade de Jaén, explicaram que o trauma pode ter sido causado por uma queda.
A mulher estava com as suas pernas enfaixadas e apresentava envoltórios de linhos e uma tigela de cerâmica perto da sua pelve, que continha restos orgânicos carbonizados. Acredita-se, portanto, que ela tenha sido tratada por fumigações encontradas em papiros.
"O mais interessante da descoberta feita pelos pesquisadores da Universidade de Jaén não é apenas a documentação de um tratamento ginecológico paliativo, algo único na arqueologia egípcia, mas também o facto de este tipo de tratamento por fumigação ter sido descrito em papiros médicos contemporâneos", explicou Alejandro Jimenez, da Universidade de Jaén.
Fonte: Aventuras na História
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