domingo, 30 de dezembro de 2018

O Bolo-Rei

Ainda no contexto das festas de final de ano, em todas as mesas portuguesas, ou pelo menos em todas as que já tive o prazer de me sentar, está sempre presente esta iguaria.

É se calhar o bolo/doce de Natal mais típico em Portugal.

Bolo-Rei
Diz a lenda que o bolo representa os presentes que os três Reis Magos deram ao Menino Jesus aquando do seu nascimento: a côdea simboliza o ouro, as frutas cristalizadas e secas representam a mirra e o aroma do bolo simboliza o incenso.
Ilustração Reis Magos
Fonte: InfoEscola
Tradicionalmente, no interior do bolo havia uma fava seca e um pequeno brinde, normalmente feito de metal ou cerâmica, e a quem lhe saísse a fava tinha o dever de pagar o próximo bolo rei, já o brinde dava sorte a quem o encontrasse.
Brindes do Bolo-Rei de cerâmica
Fonte: História com História
Por motivos de segurança, a União Europeia, proibiu que o bolo fosse comercializado com a fava e com o brinde.

Mas este bolo não foi criado em Portugal, mas sim na França, no tempo do rei Luís XIV, para as festas do Ano Novo e do Dia de Reis. No entanto, com a Revolução Francesa, em 1789, a iguaria foi proibida por causa do seu nome (Bolo-Rei).
Luís XIV, Rei da França
Mas os pasteleiros continuaram a confecioná-lo mas com o nome de "Gâteau des sancullotes".

Em Portugal, a primeira pastelaria a vender e a fazer o Bolo-Rei foi a Confeitaria Nacional, em Lisboa, cerca de 1870, bolo feito através de uma receita trazida de Paris.
Confeitaria Nacional, em meados dos anos 1930
Com a proclamação da República, em 1910, o Bolo-Rei ficou em risco de deixar de ser fabricado, novamente devido ao seu nome, a palavra "rei" era símbolo do poder suprem que tinha sido derrubado.

Então os pasteleiros continuaram a fabricá-lo mas mudaram-lhe o nome, mas atualmente, com o passar do tempo, voltou ao seu nome original.

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

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